Dólar cai mais de 1% ante real pela 3ª sessão seguida, de olho em Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de mais de 1 por cento pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira e voltou abaixo de 3,85 reais, ainda refletindo apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros no ano que vem, em um movimento exacerbado pelo baixo volume de negócios.
O dólar recuou 1,48 por cento, a 3,8429 reais na venda, acumulando queda de 3,99 por cento em três sessões.
"O mercado se valeu do dólar mais fraco no mercado externo para vender divisas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
A perspectiva de que os juros norte-americanos continuem quase zerados até o ano que vem, sustentando a atratividade de ativos brasileiros, vem reduzindo as cotações do dólar nos últimos dias.
Nesta sessão, essa perspectiva foi reforçada por dados mostrando que as exportações de agosto dos EUA foram atingidas pela economia global enfraquecida e as importações da China cresceram, alimentando a maior expansão do déficit comercial norte-americano em cinco meses. A moeda norte-americana caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
No entanto, a cautela limitou o volume de negócios, antes de importantes eventos políticos. O Congresso adiou por falta de quórum nesta terça-feira a votação dos vetos presidenciais com potencial de impacto sobre as contas públicas, mas investidores ainda esperam que os vetos sejam mantidos.
Os investidores também estão de olho no Tribunal de Contas da União (TCU), que manteve o julgamento das contas do Executivo de 2014 para quarta-feira mesmo após o governo ter pedido o afastamento do relator do caso, ministro Augusto Nardes. A reprovação do balanço poderia abrir espaço para eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Internamente, o dia inspira cautela", escreveu mais cedo o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Jefferson Luiz Rugik.
O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 2,046 bilhões de dólares, ou cerca de 20 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.
(Por Bruno Federowski)
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