Agronegócio brasileiro, na contramão da crise, cresce 46,5%

Publicado em 20/09/2015 20:37
Economia (por LAURO JARDIM, DE VEJA.COM)

Agronegócio brasileiro, na contramão da crise

Agronegócio

Agronegócio: importância na balança comercial

agronegócio continua descolado da maré vazante da economia brasileira.

De janeiro a agosto, representou 46,5% do total das exportações do Brasil. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 43%.

Por Lauro Jardim

CNA: Quem segurou a soja, se deu bem

Ao segurar a venda da supersafra de soja, diante da disparada diária do dólar após a colheita, os produtores gaúchos fizeram as exportações do grão aumentar 41% em agosto, na comparação com igual período em 2014. Os embarques da oleaginosa somaram 1,25 milhão de toneladas no período, contra 839 mil toneladas no mesmo mês no ano anterior.
 
A concentração maior das vendas externas em agosto fez o Rio Grande do Sul alcançar o maior crescimento em volume (16,4%) entre os principais Estados exportadores, conforme dados divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
 
A soja respondeu por mais de 30% de todo o volume exportado em agosto, compensando boa parte da queda na indústria destaca Tomás Torezani, pesquisador em Economia da FEE.
 
Um dos fatores que explica o volume maior embarcado em agosto deste ano é a colheita recorde de soja, que superou a marca histórica de 15 milhões de toneladas. Mas a supersafra gaúcha não é o único motivo, explica o consultor em agronegócio Carlos Cogo.
 
Quando o produtor viu que o dólar não parava de subir começou a reter o grão para tentar vender melhor, já que a alta é transferida 100% para o preço da soja  explica Cogo, acrescentando que em abril e maio ainda se esperava uma redução na safra americana, o que acabou não se confirmando mais tarde.
 
A estratégia, mesmo que intuitiva, deu certo. Em abril, quando a safra foi colhida, a saca de 60 quilos de soja era vendida no Estado a R$ 65, enquanto o bushel (equivalente a 27,2 quilos) estava cotado a US$ 9,81 no mercado internacional. Em agosto, a mesma saca foi vendida a R$ 76,73, mesmo com o bushel a US$ 8,88.
 
A valorização do dólar compensou até mesmo a baixa na cotação da commodity. Quem retardou a venda, se deu bem completa Cogo.
 
Outro fator que ajudou a valorizar o preço foi o prêmio pago no porto de Rio Grande, 40% maior em agosto, na comparação com abril.

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cna + VEJA

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1 comentário

  • Gelvaz alves da silva Vazante - MG

    Essas são as noticias que deveriam ser amplamente divulgadas..., estudos indicam que existe um fator que coordena o que acontece de bom e de ruim, essa lei é chamada de "lei da atração", no entanto em períodos de crises, quem acredita que vai perder perde, enquanto quem acredita que vai ganhar, as vezes ganha até mais do que em períodos de estabilidade. obrigado.

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