Rebaixamento de nota de risco e câmbio devem diminuir mapa agrícola do Brasil

Publicado em 17/09/2015 07:49

O rebaixamento da nota de risco do Brasil, que perdeu na semana o chamado "grau de investimento" por parte da agência de qualificação Standard & Poor's, e a forte desvalorização do real frente ao dólar deverão diminuir o mapa agrícola do país, afirmaram nesta terça-feira (15/9) fontes do setor.

"Temos um problema muito sério de liberação de créditos e de juros 37% mais altos do que no ano passado. Não interessa se está acima ou abaixo da Selic", lamentou o diretor-executivo da Associação Brasileira da Agroindústria (Abag), Luiz Cornachioni, citando a taxa oficial de juros que está em 14,25% por ano.

Antes mesmo do rebaixamento, Cornachioni tinha alertado em entrevista sobre a preocupação do setor para a safra de 2016 e a incerteza sobre a saúde financeira dos produtores.

A presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de medidas de redução do gasto público para tentar endireitar as debilitadas contas do governo e reverter o duro golpe sofrido pela economia do país após o rebaixamento da nota de risco para o nível BB+, chamada de "bônus lixo".

Entre os cortes está prevista uma redução de R$ 1,1 bilhão do orçamento destinado pelo governo para comprar produtos e permitir que o setor agrícola compense a queda de preços diante de um cenário de alta de oferta, o que dificulta o acesso ao crédito para o setor.

Além disso, o país enfrenta uma inflação que neste ano superará 9%, o dobro da meta oficial e acima do teto máximo de 6,5%; previsões de contração do próprio governo para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 1,49%; e uma crise política que dificulta as propostas de ajuste fiscal no Congresso.

"O agricultor brasileiro é relativamente descapitalizado, sem capital de giro e sem liquidez", explicou o professor do Núcleo de Economia Agrícola da Unicamp, Antonio Marcio Buainain.

"A combinação de ajuste fiscal, que reduz a transferência de recursos, com a perda do grau de investimento se traduz em crédito mais escasso e mais caro", afirmou o economista.

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Fonte:
Agência EFE

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