Arroz: Conjuntura positiva vem mantendo preços firmes em busca de maiores cotações

Publicado em 15/09/2015 08:55

Um conjunto de notícias favoráveis ao setor, como o superávit nas exportações de arroz na temporada 2015/16, cujos embarques já superam 600 mil toneladas, o baixíssimo ingresso de arroz do Mercosul, o início da safra, a liberação gradual dos custeios pela rede financeira oficial ­ e os financiadores privados e empresas de insumos ­, a redução dos estoques das indústrias que estão voltando ao mercado e a baixa disponibilidade do grão por parte do governo brasileiro, fazem com que as cotações do arroz em casca venham evoluindo significativamente na primeira quinzena de setembro.

Segundo o indicador dos preços do arroz em casca Cepea/Esalq ­ Senar/RS, nesta quinta­feira o preço referencial da saca de 50 quilos (58x10) depositado na indústria, à vista, foi de R$ 36,82. Nos primeiros 10 dias de setembro, os preços avançam em velocidade maior do que a de agosto, quando acumularam 5,69% de valorização, e já alcançam 2,79% no acumulado.

Nesta quinta-feira (10/9) a cotação alcançou equivalência de US$ 9,53 por saca de 50kg, ainda muito abaixo do custo de produção médio dos vizinhos do Mercosul para viabilizar a importação, estimado em U$ 12,00 no Uruguai e Argentina. O Paraguai, a partir de US$ 10,00 já consegue enviar algum volume de arroz em casca, mas precisaria de um referencial de US$ 11,00 para alcançar volume remunerador.

Assim, a indústria nacional vem priorizando a aquisição e beneficiamento do arroz nacional para comercializar no mercado doméstico, exceto em alguns mercados que conseguem lotes muito competitivos do Mercosul ou pequenos volumes de variedades muito específicas para alta culinária ou "gourmet", ou seja grãos arbóreos, selvagens, cateto ou oriental, aromáticos, entre outros.

No mercado livre gaúcho, a indústria ainda busca comprar arroz na faixa de R$ 35,00 a R$ 36,00 nas principais praças, mas com imensa dificuldade, uma vez que os produtores já cobram de R$ 37,00 a R$ 38,00 ­ especialmente para fazer frente às parcelas do custeio que estão vencendo.

Santa Catarina vem acompanhando este movimento, trabalhando entre 50 centavos e R$ 1,00 abaixo dos valores referenciais gaúchos, pois tem um mercado mais ajustado e já formou bons estoques na safra. No mercado externo o Brasil vai fortalecer suas ações, com a renovação de contrato entre a ApexBrasil e a Associação Brasileira das Indústrias do Arroz (Abiarroz). 

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Planeta Arroz

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