Milho: Em Chicago, mercado reduz ganhos, mas ainda opera próximo da estabilidade na sessão desta 4ª feira
Durante as negociações desta quarta-feira (9), os futuros do milho reduziram os ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity operavam na estabilidade, por volta das 12h42 (horário de Brasília). Apenas o vencimento setembro/15 exibia alta de 1,00 ponto, cotado a US$ 3,56 por bushel, mesmo patamar registrado no início do pregão.
Em uma semana mais curta, devido o feriado da última segunda-feira (7) nos EUA, os investidores ainda tentam se posicionar para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O relatório será divulgado na próxima sexta-feira (11) e apresentar as novas projeções para a safra e estoques do país e também mundial.
Até o momento, ainda há muitas especulações e incertezas em relação ao real tamanho da safra de milho norte-americana. O USDA acredita em uma produção ao redor de 347,64 milhões de toneladas, no entanto, as consultorias privadas apostam em uma safra abaixo dos 340 milhões de toneladas do cereal. Inclusive ainda não dá dados oficiais sobre o andamento da colheita do milho no país, que já teve início em algumas localidades.
Contudo, há especulações no mercado de que os rendimentos das lavouras do cereal têm ficado entre 10% e 30% abaixo dos resultados registrados no mesmo período de 2014, conforme informações de agências internacionais.
Ainda nesta terça-feira, o departamento também indicou que cerca de 68% das plantações estão em boas ou excelentes condições. Mesmo percentual indicado na semana anterior. Em torno de 96% das lavouras do milho estão em fase de enchimento de grãos, 76% delas estão com milho dentado e 20% em estágio de maturação.
Mercado interno
Enquanto isso, no Porto de Paranaguá, os preços da saca do milho para entrega em outubro/15 permanecem sustentados no nível dos R$ 32,50 a saca. Mesmo com a queda observada no dólar, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,87 e queda de 0,79%, e o movimento pouco expressivo em Chicago, os investidores já começam a olhar as projeções para o plantio da próxima safra de verão no país.
Nesta quarta-feira, a Consultoria Céleres informou que a área cultivada com o milho na safra de verão deverá somar 5,89 milhões de hectares, uma redução de 2% em relação à safra passada. A produtividade média deverá ficar próxima de 5,24 t/ha, com isso, a produção deverá totalizar 30,8 milhões de toneladas, queda de 0,3% em comparação com safra 2014/15.
Para a INTL FCStone, a área semeada com o grão na safra de verão deverá ficar em 5,8 milhões de hectares, uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior. De acordo com a analista de milho da consultoria, Ana Luiza Lodi, muitos estados estão aumentando a produção da soja, concentrando o cultivo do grão no inverno. “Minas Gerais, por exemplo, que foi líder na produção do cereal no verão, deve plantar mais soja na primeira safra e tem a intenção de aumentar a área de milho na ‘safrinha’”, explica.
0 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago