Vice-presidente admite que Dilma não tem condições de se sustentar no cargo com baixa popularidade
O ministro da Fazenda ganhou algum fôlego extra no cargo, após especulações crescentes de que sua saída era iminente por conta das divergências com a equipe econômica de Dilma. Enquanto Levy balança, mas não vai, foi a vez do vice-presidente Michel Temer mandar um recado, que coloca a própria presidente como a bola da vez. Temer disse que é muito difícil a presidente aguentar até o fim do mandato com essa baixa popularidade.
Para o vice-presidente, “ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”. “Se continuar assim, com 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil”, disse a empresários, em palestra promovida em São Paulo pela socialite Rosangela Lyra, do movimento “Acorda Brasil”, de oposição a Dilma. Ao mesmo tempo, o peemedebista garantiu que não move “uma palha” para tomar o lugar da petista e, irritado, respondeu que não é um oportunista.
Ou seja, o recado está claro: sem recuperação econômica e, por tabela, dos índices de apoio ao governo, dificilmente Dilma chegará a 2018 com o pescoço intacto. Quando todos olhavam para Levy para ver se ele caía ou ficava, era Dilma que via o gato subir no telhado. Se sua permanência depende mesmo da recuperação econômica, então a coisa está feia – para ela!
Pois é música para os ouvidos dos brasileiros um possível e provável afastamento da incompetente e arrogante presidente, ainda que o preço a ser pago seja a demora na recuperação econômica, que não deve ocorrer tão cedo mesmo. Quando algumas pessoas me perguntavam qual era a probabilidade de Dilma terminar seu segundo mandato, costumava responder meio a meio. Depois da fala de Temer, diria que caiu para uns 35% a probabilidade de ela ir até o final.
Até porque ela não ajuda! Dilma insiste na “tese” de que precisa aumentar a fonte de receita, em vez de cortar mais os gastos públicos. Disse que o governo não quer ficar com déficit no orçamento e vai trabalhar nesse sentido. “Temos de discutir novas fontes de receita. Não queremos ficar com o déficit, queremos discutir as receitas necessárias para não ter déficit”, disse na entrevista.
“Vamos discutir com o Congresso e sociedade, mas não vamos transferir a responsabilidade para ninguém, vamos indicar de onde virá a receita”, acrescentou. Ora, um governo que já arrecada quase 40% do PIB e gasta tão mal não precisa de mais fontes de receita, e sim de menos ralos e desperdícios na gastança! Ao seguir nessa rota de aumento de impostos, Dilma demonstra que não compreendeu nada de nada, e vai afundar ainda mais nossa economia.
Juntando lé com cré e aceitando a valor de face o recado de Temer, só posso concluir que não é Levy quem está correndo mais risco de cair, e sim a própria presidente. Façam o bolão de apostas, caros leitores! Quem cai primeiro: Levy ou Dilma?
Rodrigo Constantino
Dólar rumo aos R$ 4,00? Mais uma prova de que nossa crise é “made in Brazil” mesmo
Pois é, fica difícil até se concentrar para trabalhar, pois quem tem custos em dólar e receita em reais está só fazendo cálculos de como fará para pagar as contas e sobreviver. Sabe aquela viagem com os filhos para a Disney? Esquece! Sabe aquele vinho chileno importado? Esquece! E o iPhone novo? Esquece! Mas não pense que vai ficar “só” nisso: o dólar está em vários insumos, como o trigo, e os preços vão subir, ainda mais, enquanto ficamos cada vez mais pobres em relação ao resto do mundo.
Parabéns, eleitores do PT, vocês conseguiram! À grave crise econômica que vocês fingiram não existir, acrescenta-se agora a crise política, já que Dilma é arrogante e insistente em seus erros como um asno tapado que só vai numa única direção, mesmo que seja o abismo. Joaquim Levy, como cheguei a preveraqui com ironia, corre o risco de sair, aquilo que os petistas clamam. Cuidado com o que desejam, senhores!
É por conta dessas incertezas e do risco crescente de Dilma “voltar” a ser ela mesma, o que nunca deixou de fato de ser, que o dólar disparou, chegando a ultrapassar a barreira dos R$ 3,80. Rumo aos R$ 4,00? Tudo é possível. O tamanho do buraco é enorme, e todos sabem que Dilma não tem a menor condição de reverter a trajetória de encontro ao abismo. O PT quebrou o país, e só sem o PT no governo há alguma chance de sairmos do buraco.
Estamos ficando mais pobres a cada dia. A inflação come 10% ao ano do nosso salário por um lado, e a desvalorização da moeda já corroeu quase 30% do valor de compra dos brasileiros no mundo. Será que os petistas ainda vão insistir na “tese” de crise internacional? Então vejamos como estão se comportando as demais moedas emergentes:
Mas a divide com seus companheiros de partido. E claro, de certa forma com milhões de brasileiros, que votaram, pasmem!, para reeleger uma figura dessas, incompetente ao extremo, que já havia dado todos os sinais de que não tinha a menor condição de governar o país. O que vocês tinham na cabeça na hora de apertar aquele maldito 13 nas urnas eletrônicas? Estão contentes? Viram o que fizeram com o Brasil?
Que ao menos sirva de lição. Se o preço a se pagar pelo aprendizado for essa enorme crise, então ela não seria totalmente em vão. Mas confesso não ser tão otimista. Admito certo desencanto com a capacidade do povo brasileiro de aprender com os próprios erros, de ligar lé com cré e compreender as origens dos problemas.
Será que vão, por exemplo, enterrar de vez os populistas que pregam distribuição de riqueza com uma retórica que ataca os mais ricos? Será que vão rejeitar de vez o “desenvolvimentismo”, na verdade a prática inflacionista dos irresponsáveis, todos filhotes da escola da Unicamp? Será que vão continuar dando ouvidos para o que “pensam” economistas como Bresser-Pereira, Belluzzo, Delfim Netto, Maria de Conceição Tavares, Marcio Pochmann, Marcelo Neri, Guido Mantega, Nelson Barbosa, Aloizio Mercante e companhia?
Gostaria muito de crer que houve um aprendizado duradouro, que o Brasil estará livre dessa praga demagoga por muitos anos. Mas tenho minhas dúvidas. Acho que a memória do brasileiro é curta, assim como seu entendimento das causas econômicas do estrago que vivemos hoje. Não sou político, não quero ser político, e não estou atrás de votos. Logo, posso ser sincero e dizer o que penso, sem me preocupar em “ofender” potenciais eleitores. Isso é mais um desabafo mesmo: vocês, eleitores do PT, ajudaram a ferrar com o país, são cúmplices dessa quadrilha que destruiu nossa economia e empobreceu os brasileiros. Não foi por falta de aviso…
Rodrigo Constantino
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