Milho: Em Chicago, preços ampliam perdas ao longo da sessão desta 5ª feira
Ao longo da sessão desta quinta-feira (3), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 4,75 e 5,50 pontos, por volta das 13h43 (horário de Brasília).
O mercado caminha para consolidar o 3º pregão consecutivo de queda. Nesta quarta-feira, os preços foram pressionados pelas informações do mercado financeiro, especialmente às preocupações com a economia da China. Além disso, a consolidação da safra norte-americana também foi um fator importante de pressão sobre as cotações.
Enquanto isso, as previsões climáticas permanecem favoráveis nos EUA. A previsão de chuvas no Meio-Oeste alivia os receios com o possível estresse hídrico, conforme reporte das agências internacionais. Outra variável que também contribuiu para a formação do cenário negativo foi a queda na produção de etanol no país. Até a semana encerrada no dia 28 de agosto, a produção ficou em 948 mil barris diários, contra os 952 mil barris diários indicados na semana anterior.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação. Até a semana encerrada no dia 27 de agosto, as vendas ficaram em 441 mil toneladas do milho, contra os 854,8 mil toneladas indicadas na semana passada.
O volume indicado ficou abaixo das estimativas dos participantes do mercado, que variavam entre 500 mil e 900 mil toneladas. Do total, cerca de 112,7 mil toneladas da safra velha e mais 328,3 mil toneladas da nova temporada. O Japão e destinos desconhecidos foram os principais compradores do produto norte-americano.
Mercado interno
Apesar da forte alta observada no dólar nesta quinta-feira (3), os preços do milho permanecem estáveis nos portos brasileiros. No terminal de Paranaguá, a saca para entrega outubro/15 permanece em R$ 32,50. Em Rio Grande, o valor é mantido em R$ 33,00, a saca para entrega em janeiro/16.
Durante a sessão de hoje, a moeda norte-americana já ultrapassou o patamar de R$ 3,80 frente à apreensão com a deterioração das contas públicas e com a continuidade do ajuste fiscal no Brasil, segundo informou o site G1. Na máxima do pregão, o câmbio chegou a R$ 3,8175, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002, quando chegou a R$ 3,82.
Além de contribuir para a competitividade do milho no cenário internacional, o câmbio valorizado também tem gerado oportunidades de negócios para a safrinha de 2016, conforme destacam os analistas. Paralelamente, o dólar também tem contribuído para a firmeza nos preços do cereal na BM&F Bovespa.
Por volta das 13h50 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam ganhos entre 0,13% e 0,32%. O contrato setembro/15 era cotado a R$ 30,49 a saca.
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