Temperaturas amenas tranquilizam produtores de pêssego do RS
Na região de Caxias do Sul (RS), os pomares de pêssego já floriram e a expectativa é de uma safra normal nesta temporada. A produtividade média deverá ficar entre 18 toneladas a 20 toneladas da fruta por hectare. Ao todo, a área plantada na localidade é de 400 hectares. Os pomares de variedades precoces e superprecoces devem iniciar a colheita nos próximos 15 dias.
De acordo com o técnico em agropecuária da Emater/RS, Juarez Boniatti, as temperaturas amenas registradas nesse momento tranquilizam os produtores. “Isso porque a antecipação da florada poderia expor as plantas a riscos de perdas caso ocorram geadas em setembro, mas, ainda assim, seriam problemas pontuais”, afirma.
Nos últimos anos, as temperaturas mais baixas não queimaram todas as frutas e, consequentemente não deve afetar muito a produção, conforme destaca o técnico. Em contrapartida, os produtores estão atentos à configuração do El Niño para 2015, o que resultaria em mais chuvas para o Sul do país.
“A questão do excesso de chuvas pode atrapalhar, já que implica em maior aplicação de defensivos para a manutenção da safra. As precipitações excessivas e calor podem provocar fundos na parte aérea das plantas e, posteriormente, as frutas e ocasionar as podridões. Entretanto, os agricultores têm conseguido fazer o controle das doenças”, explica Boniatti.
Em relação às pragas, o técnico ainda sinaliza que os produtores devem estar atentos ao aparecimento da mosca da fruta. “Principalmente nos pomares colhidos mais tarde. A mosca pica a fruta e depois sai uma larva e estrada o pêssego, perdendo o valor comercial. Existe um controle feito através de armadilhas e contagem das moscas, dependendo do número de insetos, os produtores realizam as aplicações”, orienta.
Preços
As frutas colhidas primeiramente deverão ser negociadas entre R$ 3,50 a R$ 4,00 por quilo, ao produtor. “O que é um bom valor, mas temos que ressaltar o preço mais alto é decorrente da menor oferta, uma vez que o a área com precoces é menor”, diz Boniatti.
Ainda segundo o técnico, cerca de 95% da produção local é destinada ao consumo in natura, principalmente dentro do estado gaúcho.
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