Milho: Na CBOT, mercado esboça reação e opera em campo positivo na manhã desta 3ª feira
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta terça-feira (25) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 4,75 e 6,00 pontos, por volta das 8h01 (horário de Brasília). O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,74 por bushel, depois de encerrar o pregão anterior a US$ 3,68 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento de recuperação iniciado no dia anterior. Após quedas expressivas, devido às informações do mercado financeiro, as cotações da commodity exibiram uma reação e encerraram a segunda-feira com ganhos entre 3,00 e 3,50 pontos. Os analistas destacam que a perspectiva dos investidores é de uma safra menor do que a apontada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de 347,64 milhões de toneladas.
Consequentemente, os estoques também deverão ser menores, conforme sinaliza o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. "A tendência é que o mercado se firme um pouco mais, não se sabe como ainda pode caminhar, pois tudo irá depender da demanda", completa.
Além disso, nesta segunda-feira, o USDA indicou que 69% das lavouras do milho estão em boas ou excelentes condições, mesmo índice reportado na semana anterior. O número veio em linha com o esperado pelo mercado. Cerca de 85% das plantações do cereal estão em fase de enchimento de grãos e 39% em fase de milho dentado.
Confira como fechou o mercado na última segunda-feira:
Milho: Preço sobe 1,59% e chega a R$ 32,00/sc em Paranaguá com o suporte do dólar
A forte alta registrada no câmbio nesta segunda-feira (24) e a recuperação nos preços do milho no mercado internacional contribuíram para as cotações do cereal no Brasil. No Porto de Paranaguá, a saca do grão para entrega em outubro/15 fechou o dia a R$ 32,00, um ganho de R$ 0,50, e de 1,59%, frente ao valor de fechamento observado na última sexta-feira.
No mercado interno, as praças de Ubiratã e Londrina, ambas no estado do Paraná, a alta foi de 0,96%, com a saca do cereal a R$ 21,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade. Já a moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,55, com valorização de 1,62%. O patamar é o maior registrado em 12 anos e meio, conforme informou a agência Reuters.
O câmbio encontrou suporte na aversão ao risco registrado nos mercados globais depois que as bolsas chinesas recuaram expressivamente nesta segunda-feira. No acumulado de 2015 até agora, o dólar já registra uma elevação de 33,62%.
Ainda no mercado interno, as cotações do milho têm se mantido firmes, conforme dados divulgados pelo Cepea. Os preços têm encontrado suporte nas exportações crescentes, que até a terceira semana de agosto ficaram em 1.405,2 milhão de toneladas do grão. A média diária ficou em 93,7 mil toneladas do grão. Em comparação com o mês anterior, o número representa um ganho de 68,3%. Contudo, em relação ao mesmo período do ano passado, o volume é equivalente a uma queda de 29,9%, já que o acumulado de agosto de 2014, o número negociado foi de 2.457,8 milhões de toneladas e média diária de 117 mil toneladas.
Os embarques resultaram em uma receita ao Brasil de US$ 237,7 milhões, com média de US$ 15,8 milhões no mesmo período. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira. Para essa temporada, os analistas e consultorias estimam os embarques de milho entre 28 milhões a 30 milhões de toneladas. Dessa forma, o país poderá superar o recorde de 2013, de 26 milhões de toneladas exportadas.
BM&F Bovespa
A sessão desta segunda-feira também foi de alta aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. Os principais contratos do cereal terminaram o dia com valorizações entre 1,42% e 2,63%. O contrato setembro/15 era negociado a R$ 28,89 a saca. Com a recente valorização do dólar, os analistas já têm alertado os produtores que boas oportunidades para o travamento da safrinha de 2016 têm aparecido.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (24) em campo positivo, com ligeiros ganhos. As principais posições do cereal finalizaram o pregão com altas entre 3,00 e 3,50 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,68 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,60 por bushel.
Durante a sessão, as cotações do cereal chegaram a registrar quedas expressivas devido às informações do mercado financeiro, principalmente em relação à China. Porém, ao longo do dia o mercado reverteu as perdas e voltou a trabalhar com leves ganhos. Na visão do economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, no mercado internacional, o milho tem uma situação inversa a da soja.
“Temos o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicando a produção em 347,64 milhões de toneladas, entretanto, os números do Crop Tour Pro Farmer apontaram para uma produção de 338,42 milhões de toneladas do cereal. Então, temos uma produção mais comedida e estoques em queda. Com isso, a tendência é que o mercado se firme um pouco mais, não se sabe ainda como pode caminhar, tudo irá depender da demanda”, explica Motter.
Em relação ao clima, as projeções do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indicam tempo mais seco no Meio-Oeste do país nos próximos dias, conforme apontado nos mapas. Por outro lado, as temperaturas ficarão mais elevadas na região no período de 29 de agosto e 2 de setembro. Paralelamente, os investidores ainda aguardam o boletim de acompanhamento de safras do USDA.
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 24 a 31 de agosto - Fonte: NOAA
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA
Na semana anterior, o índice de plantações em boas ou excelentes condições recuou de 70% para 69%, fator que acabou dando suporte aos preços do milho. “A perspectiva é que o departamento mantenha o número de condições em boas ou excelentes condições em 69%”, disse Bob Burgdorfer, editor e analista do site Farm Futures.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho totalizaram 883,987 mil toneladas até a semana encerrada no dia 20 de agosto. O volume ficou abaixo do reportado na última semana, de 901,408 mil toneladas do cereal.
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