Milho: Em Chicago, mercado reverte perdas e volta a operar em campo positivo nesta 2ª feira

Publicado em 24/08/2015 13:10

Ao longo das negociações na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho reduziram as quedas e voltaram a trabalhar do lado azul da tabela. As principais posições do cereal exibiam ligeiros ganhos entre 2,50 e 2,75 pontos, por volta das 13h02 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,68 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,60 por bushel.

Os participantes do mercado permanecem atentos às informações vindas do financeiro, especialmente em relação à China. De acordo com dados reportados pela agência Reuters, a bolsa de valores da China recuou mais de 8% nesta segunda-feira, a maior queda diária desde o ápice da crise financeira mundial em 2007. O movimento reflete a frustração dos investidores após Pequim não divulgar novos estímulos no final de semana depois da queda de mais de 11% registrada na semana anterior.

Na última sexta-feira, o mercado do cereal foi também pressionado pelos dados da economia chinesa. As informações refletiram nos preços do petróleo que recuaram, enquanto que o dólar registrou alta e ambos os fatores contribuíram para a queda nas cotações do milho no mercado internacional, conforme as informações das agências internacionais.

Contudo, as incertezas sobre o real tamanho da safra norte-americana ainda pairam no ar, conforme informações reportadas pelo site internacional Farm Futures. Diante desse cenário, os investidores ainda aguardam o boletim de acompanhamento de safras que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde de hoje. Na semana anterior, o índice de plantações em boas ou excelentes condições recuou de 70% para 69%, fator que acabou dando suporte aos preços do milho.

Em relação ao clima, as projeções do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indicam tempo mais seco no Meio-Oeste do país nos próximos dias, conforme apontado nos mapas. Por outro lado, as temperaturas ficarão mais elevadas na região no período de 29 de agosto e 2 de setembro.

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 24 a 31 de agosto - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 24 a 31 de agosto - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro - Fonte: NOAA

Já os embarques semanais de milho totalizaram 883,987 mil toneladas até a semana encerrada no dia 20 de agosto. O volume ficou abaixo do reportado na última semana, de 901,408 mil toneladas do cereal.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 recuou R$ 0,50 nesta segunda-feira e era cotada a R$ 31,00. Mesmo com a forte valorização do câmbio, as quedas expressivas registradas ao longo da manhã no mercado internacional acabaram pesando sobre os valores. O câmbio era negociado a R$ 3,5448, com alta de 1,39% frente ao real.

Na máxima da sessão, o dólar chegou a R$ 3,5809, com ganho de 2,43%, e o maior nível intradia desde 27 de fevereiro de 2003, segundo dados do site G1. A moeda norte-americana é impulsionada pela aversão ao risco nos mercados mundiais depois que as bolsas chinesas recuaram expressivamente.

No mercado interno, as cotações ainda permanecem sustentadas pelas exportações crescentes, de acordo com dados divulgados pelo Cepea nesta segunda-feira. Em Cascavel (PR), a cotação segue estável a R$ 20,80 a saca do milho.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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