Nota de repúdio da Scot Consultoria à invasão da Fazenda Figueira pelo MST

Publicado em 19/08/2015 10:41

A Scot Consultoria vem, através desta nota, expressar a sua solidariedade aos pesquisadores e trabalhadores da Fazenda Figueira, invadida recentemente.

A invasão foi perpetrada por um grupo de pessoas autodenominadas Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

Esse grupo, que age tal e qual uma milícia, é célebre pelo rastro de destruição que deixa, pela truculência de métodos e pela intimidação. Uma negação aos direitos do homem e ao desenvolvimento humano.

A Fazenda Figueira (Estação Experimental Agro zootécnica Hildegard Georgina Von Pritzelvitz - Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz) é uma instituição de pesquisa e fomento que, ao longo desses anos, tem ensinado a agricultores e pecuaristas as normas corretas de produção. Além disso, é organizada de tal forma e gerida com tal carinho e competência que os resultados são extraordinariamente positivos. Uma fazenda de pesquisa e ensino, rentável e livre. Um modelo de exploração atrelado à realidade brasileira.

Um pouco da história da Fazenda Figueira:

Ao falecer, em janeiro de 2000, o engenheiro agrônomo Alexandre Von Pritzelwitz deixou, em testamento, para a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz - FEALQ, uma propriedade agrícola denominada Fazenda Figueira, localizada no município de Londrina, Paraná, com as determinações de que fosse administrada pela Fundação, promovendo parcerias para a realização de pesquisa com o Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP e outras instituições; que mantivesse a pecuária de corte como atividade principal e se criasse uma estação agro zootécnica com o nome de sua progenitora, Hildegard Georgina Von Pritzelwitz. Uma Comissão Técnica, indicada pelo Departamento de Zootecnia, foi encarregada do desenvolvimento da fazenda com o objetivo de torna-la produtiva e autossustentável. Uma Comissão Científica, indicada pela FEALQ, analisa e aprova os projetos de pesquisa desenvolvidos na Estação Experimental.

Um sonho e um ideal que agora estão sendo ameaçados por um punhado de vândalos que, queremos crer, não sabem o que fazem. Se sabem, são criminosamente responsáveis pelos seus atos de esbulho. Estão ameaçando destruir um bem cujo objetivo é a agregação de conhecimento no meio rural nacional. Na Fazenda Figueira está a maior reserva florestal de Londrina, agora em risco.

Conclamamos à sociedade rural, em particular, e à sociedade brasileira como um todo, que repudiem essa violência de maneira incisiva. Rogamos que as autoridades restabeleçam prontamente o estado de direito e de ordem, protegendo a pesquisa, o ensino e o fomento do conhecimento agrário.

Chega de violência e de violadores.

INCRA vem a Londrina na quinta discutir invasão de fazenda pelo MST

Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) vêm a Londrina na próxima quinta-feira (20) para negociar a ocupação da fazenda Figueira, no distrito de Paiquerê, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

O acampamento começou a ser montado no local na tarde de segunda (17) com cerca de 1.390 famílias. A propriedade pertence à Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), ligada a diversas universidades. 

Na próxima quinta, um ouvidor agrário do Incra deve se reunir com a assessoria de assuntos fundiários do governo do Estado para discutir a ocupação. Segundo Angela Pascoal, coordenadora estadual do MST no Paraná, o movimento defende que é possível instalar um assentamento no local e manter o setor de pesquisas funcionando normalmente. 

Leia a notícia na íntegra no site da BondNews

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Fonte:
Scot Consultoria + BondNews

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1 comentário

  • Aloísio Brito Unaí - MG

    Não é possível! As esperanças de um país socialmente adequado estão se tornando o fim das possibilidades. A ignorância está dominando a nossa sociedade. O fim esta mais próximo do que imaginamos.

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    • Antonio Carlos Thomazini Pires do Rio - GO

      Aloísio, concordo que o fim está próximo, veja bem na nossa classe produtora onde já se viu quando colhemos a soja onde estava o dólar, e onde está hoje que temos que comprar nossos insumos. A diferença é muito grande, e agora corremos o risco de quando formos vender nossa próxima safra o dólar estar lá em baixo. Por isso acho que os produtores estão com a corda no pescoço (como se diz o ditado popular).

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Aloísio, compartilho com sua indignação, embora nem todos tenham a compreensão, mas a diversidade é uma das verdades naturais, inclusive a diversidade de pensamentos, às vezes por convicções e, muitas por falta de compreensão.

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