Em Pato Branco (PR), produtores finalizam plantio do trigo e lavouras apresentam boas condições
Devido aos preços mais baixos, os produtores rurais de Pato Branco (PR) reduziram em 30% a área destinada ao trigo. Até o momento, as lavouras apresentam boas condições e, caso o clima continue favorável, a perspectiva é de uma boa produção. Contudo, algumas localidades do Sudoeste paranaense, já apresentam problemas com o aparecimento de doenças, especialmente a giberala e o brusone em decorrência das chuvas recentes.
Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Oradi Caldato, muitas plantações, que estão prontas para a colheita, foram danificadas pelo excesso e chuvas no momento da florada, principalmente as semeadas em abril. “Nessas áreas não dá trigo, teremos triguilho. Já as lavouras plantadas mais tarde estão emitindo cacho nesse momento e o desempenho da cultura irá depender do comportamento do clima, para que o trigo tenha qualidade”, afirma o presidente.
Paralelamente, os preços da saca do trigo giram em torno de R$ 33,00 a R$ 34,00 na região. Ainda na visão do presidente, os valores não cobrem os custos de produção e os agricultores trabalham no vermelho. “Nós cultivamos o trigo apostando que com a valorização do dólar, as importações também chegarão mais caras no país”, explica.
A perspectiva é que os valores se aproximem dos R$ 40,00 até R$ 45,00 a saca, patamares que, de acordo com o presidente, cobrem os custos de produção e sobra uma margem aos produtores. “Há dois anos, vendemos a saca do trigo na nossa região a R$ 50,00. Nesse patamar conseguimos ganhar dinheiro, atualmente, não há como trabalhar, temos custos mais altos”, ressalta Caldato.
Enquanto isso, na área que deixou de ser cultivada com o trigo, os produtores investiram na aveia, que tem sido uma opção aos agricultores em outras localidades do país também. “O produtor precisa manter a terra coberta e temos que pensar na soja que começa a ser cultivada a partir de setembro”, relata o presidente.
Confira as imagens enviadas pelo presidente do Sindicato Rural:
0 comentário
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio