Milho: Mercado opera em queda na manhã desta 4ª feira e set/15 recua para US$ 4,00 por bushel

Publicado em 22/07/2015 08:33

Na sessão desta quarta-feira (22), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Por volta das 8h20 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas de mais de 6 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 4,00 por bushel, depois de fechar o pregão anterior a US$ 4,06 por bushel.

As cotações voltaram a cair após testar uma reação na sessão desta terça-feira. O comportamento do dólar, assim como, os novos mapas climáticos têm sido as principais variáveis observadas pelos participantes do mercado. De acordo com as últimas informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, entre o intervalo dos dias 26 a 30 de julho, o Meio-Oeste dos EUA deverá receber chuvas acima da média. No mesmo período, as temperaturas também deverão ficar acima da média.

Contudo, a grande questão nesse momento é dimensionar o impacto do clima nas lavouras de milho e, consequentemente, na produção norte-americana. E a preocupação é maior no mês de julho, uma vez que, esse é o período mais importante no desenvolvimento da cultura. Cerca de 55% das plantações estão em fase de espigamento, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Entretanto, apesar das especulações em relação ao clima, o departamento manteve em 69% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Do mesmo modo, o percentual de lavouras em situação regular ou condições ruins ou muito ruins também foi mantido em 22% e 9%, respectivamente.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Com manutenção no índice das lavouras nos EUA e recuo no dólar, mercado encerra pregão com ligeiros ganhos

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta terça-feira (21) com leves ganhos, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal fecharam o dia com altas de mais de 1,50 pontos. O contrato setembro/15 era negociado a US$ 4,06 por bushel, após iniciar a sessão a US$ 4,05 por bushel.

Segundo dados do noticiário internacional, o mercado acabou encontrando suporte na queda registrada no dólar, assim como na estabilidade nas condições das lavouras. Ainda de acordo com dados do site Farm Futures, o dólar caiu, em um movimento aparente de realização de lucros depois de tocar no nível mais alto dos últimos três meses na segunda-feira.

Já em relação às lavouras, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve os números de plantações em boas ou excelentes condições, situação regular e condições ruins ou muito ruins, em 69%, 22% e 9%, respectivamente. No mesmo período do ano anterior, o índice de plantações em boas ou excelentes condições estava em 76%. Os dados foram coletados até o último domingo e reportados no final desta segunda-feira.

O órgão também apontou que 55% das lavouras estão em fase de espigamento, contra os 27% observados na semana anterior. "Havia especulações no mercado de que o departamento iria revisar para cima o número de lavouras em boas ou excelentes condições, o que não foi confirmado", disse Bob Burgdorfer, editor do site Farm Futures.

Paralelamente, o clima continua sendo a principal variável do mercado nesse momento. Novos mapas, reportados nesta terça-feira, indicam novas chuvas para o Meio-Oeste dos EUA. De acordo com as informações divulgadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia dos EUA -, as chuvas ainda deverão continuar no Corn Belt, incluindo o estado de Iowa. No intervalo dos dias 26 a 30 de julho, a região deverá receber precipitações acima da média, conforme indicado no mapa abaixo.

Chuvas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA

Chuvas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA

Em contrapartida, as temperaturas deverão permanecer acima da média no mesmo período. Diante desse cenário, os investidores acompanham as previsões, uma vez que, boa parte das lavouras do cereal está em fase de polinização e o mês de julho é determinante para o desenvolvimento da cultura. "O tempo mais quente previsto na próxima semana pode ser uma problema, uma vez que as lavouras estão em fase de polinização", completa Burgdorfer.

Temperaturas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA

Ainda conforme dados do noticiário internacional, o volume de contratos de milho negociados em Chicago ficou em 365.261 mil, contra os 358.453 mil contratos registrados no dia anterior. Os fundos de investidores adquiriram 5 mil contratos depois de vender mais de 17 mil na segunda-feira.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em agosto/15 terminou o dia a R$ 29,80. Já na região de São Gabriel do Oeste (MS), o preço subiu 5,13% e terminou o dia a R$ 20,50. Em Tangará da Serra (MT), o dia também foi de valorização, com a saca do cereal cotada a R$ 16,00, com ganho de 3,23%. O mesmo ocorreu em Campo Novo do Parecis (MT), que registrou alta de 3,45% e a saca do milho era cotada a R$ 15,00.

Nas demais praças pesquisadas a terça-feira foi de estabilidade, segundo dados levantados pela equipe do Notícias Agrícolas. Apesar da ligeira alta observada no mercado internacional, o dólar fechou a terça-feira em queda de 0,94%, negociado a R$ 3,17.

No mercado interno, as cotações permanecem firmes, de acordo com o boletim da Scot Consultoria. Os preços encontram suporte nas especulações sobre uma possível redução na safra norte-americana e as chuvas no Brasil, que tem atrasado a colheita da segunda safra em muitas localidades.

Esse tem sido um dos focos dos participantes do mercado. No Paraná, segundo maior produtor de milho na safrinha, a colheita atingiu pouco mais de 25% da área semeada, segundo dados divulgados pelo Deral (Departamento de Economia Rural). No estado de Mato Grosso do Sul, a colheita da safrinha chegou a 12,4%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o número representa um atraso de 7%.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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