Milho: Na CBOT, mercado esboça reação e volta a operar em campo positivo na sessão desta 3ª feira
Ao longo dos negócios desta terça-feira (21), os futuros do milho voltaram a operar em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 12h22 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 2,50 e 3,25 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,08 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 4,05 por bushel.
O mercado testa uma recuperação após as perdas expressivas observadas no pregão anterior. Nesta segunda-feira, as cotações recuaram mais de 15 pontos, pressionados pela valorização do dólar no mercado internacional, o que acaba tirando a competitividade dos produtos nas bolsas americanas. Paralelamente, os mapas climáticos apontando um clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA também contribuíram para pressionar as cotações.
Segundo as últimas informações reportadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as chuvas ainda deverão continuar no Corn Belt, incluindo o estado de Iowa. No intervalo dos dias 26 a 30 de julho, a região deverá receber precipitações acima da média, conforme indicado no mapa abaixo.
Chuvas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA
Por outro lado, as temperaturas deverão permanecer acima da média no mesmo intervalo. "Enquanto o calor extremo pode ser um problema para a polinização do milho, uma pausa na chuva será bem-vinda e dará aos campos encharcados a chance de secar", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Temperaturas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo relatório de acompanhamento de safras. No caso do milho, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições foi mantido em 69%. O percentual está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 76%. O órgão ainda manteve o índice de plantações em situação regular em 22% e 9% apresentam condições ruins ou muito ruins.
O departamento também apontou que 55% das lavouras estão em fase de espigamento, contra os 27% observados na semana anterior. Os dados são referentes até o último domingo.
Mercado interno
Nesta terça-feira, a saca do milho para entrega em agosto/15 era cotada a R$ 29,80 no Porto de Paranaguá. Já no terminal de Santos, a saca era cotada a R$ 30,60, para entrega em agosto/15. Os leves ganhos registrados no mercado internacional acabam sendo anulados pela queda do dólar, que era cotado a R$ 3,17, com perda de 0,81%, por volta das 12h40 (horário de Brasília).
Já no mercado interno, as cotações permanecem firmes, de acordo com o boletim da Scot Consultoria. Os preços encontram suporte nas especulações sobre uma possível redução na safra norte-americana e as chuvas no Brasil, que tem atrasado a colheita da segunda safra em muitas localidades.
Inclusive, esse tem sido um dos focos dos participantes do mercado. No Paraná, segundo maior produtor de milho na safrinha, a colheita atingiu pouco mais de 25% da área semeada, segundo dados divulgados pelo Deral (Departamento de Economia Rural). No estado de Mato Grosso do Sul, a colheita da safrinha chegou a 12,4%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o número representa um atraso de 7%.
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