Alvo de inquérito criminal, Lula vira destaque na mídia internacional. Dólar sobe após MPF abrir investigação
Alvo de inquérito criminal, Lula recorre a texto motivacional de Gregório Duvivier, o garoto do Banco do Brasil
Da notícia histórica sobre a abertura de investigação criminal contra Lula por tráfico de influência em favor da Odebrecht, não sei qual é a parte mais comovente.
1) Se é o fato de que, antes de abrir oficialmente o procedimento, a Procuradoria da República do Distrito Federal deu prazo de quinze dias para que Lula se explicasse – e, mesmo assim, abriu o procedimento;
2) Se é a possibilidade de o Ministério Público pedir a adoção de medidas invasivas contra Lula, como quebras de sigilo do petista e buscas e apreensões, se houver evidências de que ele tenha praticado o crime junto a agentes políticos internacionais para influenciar a contratação da empreiteira;
3) Se são as manchetes internacionais, tais como:
Wall Street Journal: Brazil Probes Ex-Leader da Silva in Criminal Matter;
New York Times: Prosecutors Investigate Brasil’s Former President;
Bloomberg: Brazilian Stocks Drop With Real as Lula Faces Corruption Probe;
CNBC: Prosecutors investigate Brazil’s former President Lula da Silva over allegations of influence peddling;
Financial Times: Lula probe deepens Brazil’s political crisis;
Le Monde: Une enquête ouverte pour trafic d’influence contre l’ex-président brésilien Lula;
France-Presse: Brazil opens corruption probe against ex-president Lula;
TVE: La Fiscalía abre una investigación penal a Lula por supuesto tráfico de influencias;
Público: Procuradoria de Brasília abre investigação formal a Lula da Silva;
Agerpres: Brazilia: Fostul președinte Lula, anchetat pentru trafic de influență.
4) Ou se é o post do Facebook do PT, compartilhado neste mesmo dia por Lula, com uma citação do garoto-propaganda de Dilma Rousseff que ganhou uma boquinha no Banco do Brasil, Gregório Duvivier.
Lula, de fato, escolheu “o caminho da [sic] lutas pela melhoria permanente da vida” de brasileiros como Marcelo Odebrecht, José Dirceu, Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Eike Batista e Fernando Collor de Mello.
Se a procuradoria e o Ministério Público provarem que ao menos uma “da lutas” foi feita de forma criminosa, Lula terá tempo de sobra na cadeia para ler as obras completas de Gregório, incluindo seus versos decassílabos capengas, e finalmente buscar motivação para mudar o seu mundo – no caso, o sistema prisional brasileiro.
Se muito ajuda quem não atrapalha, prometemos ajudar, não atrapalhando a leitura.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Dólar sobe com Lula
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta em relação ao real, com investidores buscando proteção na segurança da moeda norte-americana após o Ministério Público abrir investigação sobre suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para favorecer a construtora Odebrecht.
O dólar avançou 0,71 por cento, a 3,1582 reais na venda, após atingir 3,1625 reais na máxima do dia e 3,1280 na mínima.
(Por Bruno Federowski)
Blog de Josias de Souza (UOL): "Inquérito contra Lula é decorrência da empáfia"
Noutros tempos, era difícil distinguir o que é legítimo do que não é em matéria de lobby. Lula tornou esse debate desnecessário. Fora da presidência, passou a atuar como um político de negócios. Fez isso às claras, aproveitando as cascas, sem esquecer das gemas.
Lula passou a voar em jatinho de empreiteita com a naturalidade de quem toma um táxi ou um ônibus na esquina. Voou para o estrangeiro nas asas da Odebrecht. Participou de conversas que desaguaram em negócios. Alguns deles financiados pelo bom e velho BNDES.
As empreitadas internacionais de Lula já haviam frequentado as manchetes. Mas o ex-soberano sempre deu de ombros. Dizia orgulhar-se de vender o Brasil no exterior. Resultado: o morubixaba do PT tornou-se protagonista de um inquérito da Procuradoria da República. Será investigado por suspeita de tráfico de influência.
Dessa vez, Lula não poderá dizer apenas “eu não sabia”. A empáfia enfiou-o dentro de um inquérito. Para sair dele, talvez tenha de explicar porque desperdiça pedaços de sua ex-presidência com palestras ocultas e encontros esquisitos.
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