Com chuvas de mais de 400 mm nos últimos dias, milho safrinha registra perdas na qualidade em Guaíra (PR)
As chuvas permanecem estacionadas no Sul do Brasil nesta quinta-feira (16). Na região de Guaíra (PR), chove há três semanas e o volume acumulado está próximo de 400 mm. Consequentemente, a colheita do milho safrinha está parada na localidade e já há perdas na qualidade do grão. Até o momento, apenas 30% da safra foi colhida.
O presidente do Sindicato Rural do município, Silvanir Rosset, destaca que a perda é garantida, principalmente porque há milho brotando e espigas no chão devido ao vento forte. “Ainda não sabemos o percentual, pois não conseguimos entrar na lavoura para fazer a colheita, mas a perda é garantida”, ratifica o presidente.
A produtividade das lavouras do cereal também pode ficar abaixo da média e do esperado pelo produtor em função das intempéries climáticas. “Especialmente o milho tardio que sofre com o ataque de doenças, já que o clima úmido favorece o aparecimento de doenças. Assim que sair o sol, teremos que entrar nas áreas para fazer a colheita”, explica Rosset.
Paralelamente, a concentração da colheita também pode acarretar em problemas logísticos aos produtores. “É um gargalo, não teremos como absorver toda a produção de uma vez. Sem contar que, poderemos filas nas cooperativas para a secagem do milho. No início, as cooperativas recebiam grão com até 30% de umidade, porém como leva mais tempo para secar, houve um tabelamento e agora só aceitam com percentual abaixo de 25% de umidade”, ressalta o presidente.
Em meio a esse cenário, Rosset orienta que os produtores tenham calma e paciência no momento da entrega do produto. Atualmente, a saca do cereal é cotada a R$ 20,80 em Guaíra.
Seguro agrícola
Já em relação ao seguro, o presidente sinaliza que muitos produtores já têm acionado o seguro devido ao tombamento das lavouras em algumas áreas. “Os agricultores estão preocupados com o irão colher, que pode não ser o suficiente para cobrir os custos de produção. O seguro sempre fica a desejar, geralmente não cobre os custos de toda a lavoura”, acredita o presidente.
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