Café: Bolsa de Nova York segue em alta nesta 2ª feira, dando continuidade a ganhos da última sessão
Nesta segunda-feira (13), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciaram o dia em alta, após fechar com ganhos no último fechamento, que foi sustentado pela desvalorização do dólar. Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, com o acordo com da União Europeia com a Grécia, o cenário externo deve ser mais calmo e os preços devem buscar sustentação.
Pela manhã, os principais vencimentos chegaram a se aproximar de altas de 300 pontos, mas começa a perder ganhos. Às 12h18, pelo horário de Brasília, o vencimento setembro/15 subia 175 pontos e era cotado a US$ 128,00 cents/lb. O contrato dezembro/15 estava valendo US$ 131,45, com ganhos de 175 pontos. Março/16 subia 165 pontos e seguia cotado a US$ 134,95 cents/lb.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira (10):
Café: Com desvalorização do dólar, Bolsa de Nova York sustenta preços nesta 6ª feira e encerra a semana em campo positivo
Nesta sexta-feira (10), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta, após passar quase todo o pregão em campo positivo. Apesar das oscilações, o mercado trabalhou de forma lenta e a commodity conseguiu sustentar os preços com a desvalorização do dólar, após as baixas consecutivas observadas durante a semana.
Com isso, o vencimento setembro/15 fecha com 100 pontos de alta e cotado a US$ 126,25 cents/lb. O contrato dezembro/15 teve valorização de 95 pontos e encerra a semana a US$ 129,70 cents/lb. Já o março/16 encerrou cotado a US$ 133,30 cents/lb, com ganhos de 100 pontos.
O analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, explica que o mercado repercutiu a queda do dólar, que fechou a R$3,1610 com baixa de 1,71%, trazendo alta aos preços do café. Diante do otimismo em relação a crise na Grécia, a moeda americana sofreu desvalorização diante das principais moedas, após forte alta registrada na semana, o que trouxe sustentação aos preços da commodities. Além disso, com as baixas consecutivas registradas na ICE Futures US, o mercado buscou recuperar as perdas e se acomodar em patamares mais elevados, embora a tendência ainda não seja altista, segundo o analista.
Já de olho nos fatores fundamentais, os atrasos na colheita do Brasil e as incertezas climáticas, com as chuvas registradas fora do período, também trouxe influência aos preços de hoje. Barabach explica que a situação no Brasil ainda não representa uma mudança de tendência, mas o mercado internacional está em sinal de alerta com o andamento da safra no Brasil.
Segundo levantamento da Safras & Mercado, até o dia 7 de julho a colheita da safra 2015/2016 atingiu 52%, abaixo da média dos últimos cinco anos de 55%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiam 66%. Os fatores climáticos são os principais motivos do atraso da colheita brasileira, principalmente para o arábica. Além disso, o tamanho dos grãos está menor, o que pode reduzir o número de sacas de café para safra. Diante deste cenário, Barabach explica que a próxima semana de colheita pode ser determinante para os preços do café em Nova York, visto que o mercado está atento ao volume e qualidade do café brasileiro.
Assista:
Nesta semana, a Cecafé divulgou os números de exportação da safra 2014/2015, que bateu recorde histórico de embarques, com 36.492.298 sacas. Com números positivos para os embarques brasileiros, Barabach explica que a curto prazo traz pressão nas cotações no mercado internacional.
»Volume de café exportado no ano-safra 2014/2015 é recorde histórico, diz CeCafé
Mercado interno
Os negócios ainda seguem lentos no mercado físico, com produtores esperando preços mais atrativos. Além disso, com o mercado entendendo o momento da troca da safra, há a preferência por cafés da safra nova, que chega em volumes menores para a comercialização. Com alta do dólar registrada nesta semana, alguns produtores aproveitaram para realizar negócios, mas apenas aqueles que não puderam segurar as vendas, diferente dos produtores mais capitalizados.
Para o cenário climático, são esperadas chuvas apenas na próxima semana com a chegada de uma frente fria, que deve atingir Paraná e sul de São Paulo. Segundo informações da Somar Meteorologia, as demais regiões cafeeiras devem seguir com o tempo aberto e propício para dar andamento às colheitas.
No levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a semana encerrou positiva para o café cereja descascado. A maior valorização ocorreu em Poços de Caldas (MG), em que a saca encerra cotada a R$ 462,00. Em Varginha (MG), os preços subiram 2,13% e a saca de 60 kg fecha a semana valendo R$ 480,00.
Para o café tipo 6, o cenário foi positivo em grande parte das praças de comercialização, com exceção de Maringá (PR), que teve queda de 0,53%, e em Araguari (MG) e Varginha (MG) que fecharam a semana com estabilidade. A maior alta ocorreu em Marília (SP), de 5,13%, e a saca de 60 kg fecha a semana a R$ 410,00.
Já o café tipo 4 teve valorização de 2,09% em Guaxupé (MG), com a saca de 60 kg sendo negociada a R$ 488,00. Já em Franca (SP), o cenário foi oposto, após a desvalorização de 2,22%, em que a saca passa a ser cotada a R$ 440,00.
0 comentário
Preocupações com oferta impulsionam mercado e futuros do café acumulam valorização de 11% ao longo da semana
Conheça o grande campeão do Especialíssimo 2024
Conheça quem garantiu o 2° lugar no Especialíssimo 2024
Conheça o terceiro colocado na premiação Especialíssimo 2024
Projeto pioneiro busca promover a descarbonização da cadeia produtiva do café
Café especial de Campestre (MG) é o grande campeão do Especialíssimo 2024