Em um documento escrito para analisar as reformas do governo grego apresentadas como condições ao empréstimo de três anos, os membros do ministério alemão disseram que o plano não aborda "soberanas e importantes áreas de reforma" e escreveram: "Nós precisamos de uma solução melhor e mais sustentável".
O documento, lido pela Reuters e reportado inicialmente pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, oferece "dois caminhos": ou estabelecendo condições duras que amarrem o governo grego às suas promessas ou sugerindo uma saída temporária da zona do euro.
O ministro de Finanças alemão Wolfgang Schaeuble disse a seus pares da zona do euro em uma reunião de crise neste sábado que o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras teria que fazer mais para convencer Berlim a abrir negociações para um novo empréstimo, mas várias fontes próximas ao assunto disseram que Schaeuble não trouxe à mesa a opção de saída da Grécia da zona do euro.
O documento do ministério citou três coisas que a Grécia poderia fazer para melhorar sua oferta "rápida e significativamente" com o suporte do parlamento:
Colocar empresas e outros ativos para serem privatizados em um fundo independente criado especialmente para vendê-los e usar os recursos para pagar a dívida pública nacional. Autoridades da zona do euro disseram que Schaeuble colocou esta ideia em pauta no encontro deste sábado.
Reformar a administração pública sob a supervisão da Comissão Europeia.
Legislar a favor de cortes automáticos nos gastos do governo caso as metas do déficit orçamentário não sejam atingidas.
Uma alternativa crível para Atenas, de acordo com os autores do documento, seria: "A Grécia deve receber proposta de negociações rápidas sobre uma saída temporária da zona do euro, com possível reestruturação da dívida, se necessário, feita no formato do Clube de Paris pelo menos pelos próximos cinco anos."
O Clube de Paris é um fórum criado para reestruturar dívidas soberanas. O documento ainda diz que isso iria permitir a redução do valor nominal da dívida pública grega aos olhos dos governos da zona do euro --algo que não é possível enquanto o país também é parte da zona do euro.
A Grécia, segundo o documento, deve permanecer na União Europeia e receber assistência técnica e humanitária de seus membros.
Um funcionário da UE rechaçou a possibilidade de saída temporária da zona do euro como algo que já foi sugerido no passado e dispensado como algo legal e economicamente inviável.
Ministro grego vê controles de capital por mais alguns meses
ATENAS (Reuters) - Os controles de capital impostos aos bancos da Grécia vão continuar por pelo menos mais dois meses, disse neste sábado o ministro da Economia, George Stathakis, enquanto os ministros de Finanças da zona euro se reuniam em Bruxelas para discutir um pedido por Atenas para um novo resgate.
Stathakis disse à Mega TV, da Grécia, que os bancos poderiam reabrir já na próxima semana, se for alcançado um acordo com os credores neste fim de semana, mas outras restrições aos saques e saída de divisas permaneceriam.
"Isso vai ficar em jogo por dois meses ou alguns meses", disse ele.
Ministro grego diz que membros do partido que discordem o do governo deveriam renunciar
ATENAS (Reuters) - O ministro da Economia da Grécia, George Stathakis, disse neste sábado que membros do partido de esquerda Syriza, incluindo parlamentares e ministros, que discordem das políticas do governo de reformas pelo resgate deveriam renunciar.
Em um debate que terminou na madrugada de sábado, dez parlamentares do Syriza se abstiveram ou rejeitaram o programa de reformas que o governo grego estava negociando com os credores internacionais, uma última tentativa por parte da Grécia para evitar a falência.
"Se um parlamentar ou um membro de um partido de esquerda discorda das políticas do governo... eles deveriam seguir as regras e se eles discordam totalmente, renunciar ao mandato", disse o ministro da Economia à Mega TV, da Grécia.
O ministro de Energia, Panagiotis Lafazanis, foi um dos ministros do Syriza que não votou pelas medidas que foram passados com o apoio dos partidos de oposição.
"Se fosse comigo eu iria renunciar", disse Stathakis.
Ministros da zona do euro exigem mais da Grécia para retomada de conversas, dizem fontes
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros de Finanças da zona do euro disseram ao representante grego neste sábado que Atenas deve ir além de um conjunto inicial de propostas por reformas se quiser que eles reabram as negociações sobre um resgate, informaram fontes da zona do euro.
Reunidos em Bruxelas como o Eurogrupo, os ministros fizeram uma pausa de suas discussões plenárias depois de cerca de três horas.
Duas fontes disseram que havia consenso entre os outros 18 ministros em torno da mesa que o governo grego deve tomar mais medidas para convencê-los de que iria honrar quaisquer novas dívidas.
Alemanha considera saída temporária da Grécia da zona do euro, diz jornal
BERLIM (Reuters) - O Ministério de Finanças da Alemanha acredita que as últimas propostas de reformas da Grécia não vão longe o suficiente e sugeriu duas alternativas para Atenas, incluindo uma saída temporária da zona do euro, segundo reportagem do jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
"Essas propostas deixam de fora reformas centrais importantes para modernizar o país e trazer crescimento econômico e desenvolvimento sustentável no longo prazo", escreveu o Ministério, segundo do FAS.
Em vez disso, o Ministério apresentou duas alternativas para a Grécia. Na primeira, Atenas melhoraria suas propostas rapidamente e transferiria ativos avaliados em 50 bilhões de euros para um fundo com o objetivo de pagar suas dívidas.
No segundo cenário, a Grécia sairia da zona do euro por pelo menos cinco anos e reestruturaria sua dívida, enquanto permaneceria membro da União Europeia.
O Ministério de Finanças da Alemanha se recusou a comentar a reportagem do FAS.
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Telmo Heinen Formosa - GO
Um gravíssimo problema é causa e ao mesmo tempo efeito da crise grega. Com a adoção do Euro como moeda, a Grécia adotou talvez involuntariamente ou impensadamente o Câmbio FIXO. Agora está com um problema para o qual uma das soluções seria uma desvalorização cambial que ficou impossivel. É um caso diferente do que podem enfrentar o Panamá, Equador e não sei mais quem que adotaram o dólar americano como moeda oficial -- até porque o sistema financeiro é cada vez mais virtual.
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
Vai sobrar para o BRICs, filial do FMI... Antes, muito antes dos EEUU e CUBA se reconciliarem, garanto que houve a seguinte conversa: Entáo está combinado, vamos reatar as relações e voltaremos com o comércio ativo, depois que o Brasil construir a infraestrutura e os Portos daqui, aliás já dei esta ordem para eles...