Na região de Nova Resende (MG), colheita caminha devagar e grãos estão desuniformes
A colheita do café arábica ainda caminha de maneira devagar na região de Nova Resende (MG). Devido ao clima irregular, os grãos estão desuniformes e miúdos nesta temporada. E, por enquanto, a previsão climática indica chuvas nos próximos dias, o que já começa a ser uma preocupação dos cafeicultores.
Além disso, o produtor rural da região, Alexandre Maroti, destaca que os cafeicultores estão utilizam mais medidas, entre 9 a 10, para fazer uma saca de café beneficiado. “Normalmente, utilizamos entre 7 a 8 medidas. E estamos com catação de 40 a 45, isso atrapalha e perde o valor do produto e a qualidade do grão que está sendo colhida, que está abaixo do registrado em outras safras”, afirma.
Paralelamente, os preços da saca do café, de melhor qualidade, estão próximos de R$ 380,00, entretanto, o produtor ressalta que não cobre os custos de produção. “No café riado o preço é ainda mais baixo, não cobre os custos e, em contrapartida, as despesas aumentaram, temos o óleo diesel, a energia para a secagem dos grãos e os custos com a mão de obra”, explica Maroti. Já os custos de produção giram em torno de R$ 90,00 a R$ 100,00 a saca.
Contudo, mesmo com os valores mais baixos, os produtores têm feito negócios, uma vez que precisam pagar a colheita e outros compromissos. “Não temos muitas opções. Isso sem contar que a situação também já afetou a economia da região. Precisaríamos de cotações de R$ 450,00 a saca para cobrir os custos e deixar uma margem aos produtores”, acredita Maroti.
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