Milho: Em Chicago, mercado inicia sessão desta 5ª feira com ligeira perda, próximo da estabilidade

Publicado em 25/06/2015 08:01

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (25) em campo negativo. Por volta das 7h47 (horário de Brasília), os contratos do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 1,50 pontos, próximos da estabilidade. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,65 por bushel.

No dia anterior, as cotações fecharam o pregão próximas da estabilidade. As agências internacionais de notícias destacaram que, o mercado foi pressionado por um movimento maior de venda, por parte dos produtores norte-americanos depois das recentes valorizações. Paralelamente, o comportamento do clima no Meio-Oeste dos EUA continua ser acompanhando de perto pelos investidores.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda e que pode influenciar o andamento das negociações. Na semana anterior, as vendas da safra velha ficaram em 627,1 mil toneladas do grão. Já os números da temporada 2015/16 foram indicados em 200,4 mil toneladas.

Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Com suporte do dólar, preço sobe 5,45% em Paranaguá e saca é cotada a R$ 29,00

A alta do câmbio impulsionou os preços do milho praticados nos portos brasileiros nesta quarta-feira (24). Em Paranaguá, a saca do cereal para entrega em outubro/15 fechou o dia a R$ 29,00, com ganho de 5,45%. Por sua vez, no Porto de Santos, a valorização foi de 4,56% e a saca do milho encerrou a R$ 29,80.

A moeda norte-americana fechou a quarta-feira a R$ 3,10 na venda, com ganho de 0,76%, influenciado pela postura mais cautelosa dos investidores em meio às preocupações com a Grécia e as notícias políticas monetárias do Brasil e do EUA. Além disso, os ganhos registrados ao longo da sessão de hoje no mercado internacional, também contribuíram para o cenário.

Já no mercado interno, o dia foi de preços estáveis, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. O quadro interno ainda não apresenta modificações, uma vez que os principais estados produtores do grão iniciaram os trabalhos de colheita da segunda safra. E a perspectiva é de uma produção acima de 50 milhões de toneladas devido ao alongamento das chuvas, principalmente no Centro-Oeste.

Contudo, o analista de mercado da FCStone, Glauco Monte, destaca que mais de 60% da safrinha já comercializada. "O produtor avançou na comercialização do milho. Com uma safra maior, os preços acabam ficando pressionados, mas os agricultores conseguiram realizar negócios, aproveitando as altas do câmbio que nos deram preços melhores", afirma o analista.

Bolsa de Chicago

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a sessão desta quarta-feira foi de volatilidade aos preços do cereal. Depois de exibir ganhos ao longo do pregão, as principais posições da commodity fecharam o dia com perdas entre 0,50 e 1,00 pontos, próximos da estabiliade. O vencimento julho/15 era negociado a US$ 3,66 por bushel.

De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o mercado foi pressionado por um movimento maior de vendas, por parte dos produtores norte-americanos, após as altas recentes. Outra variável ainda observada pelos investidores é o clima no Meio-Oeste norte-americano.

"O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou na última segunda-feira que a safra foi prejudicada com as condições climáticas adversas, principalmente a chuva e o vento no Meio-Oeste. Indiana e Ohio são os estados mais afetados. Em nível nacional, o órgão reduziu para 71% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.

Contudo, assim como no caso da soja, a previsão climática para os meses de julho e agosto são observadas, pois indicam temperaturas acima da média. Caso o cenário seja confirmado, as lavouras do cereal poderão ser afetadas, uma vez que estarão em fase de florescimento, conforme reportam os analistas.

Enquanto isso, os investidores ainda aguardam o próximo boletim do USDA, que será reportado na terça-feira (30). O relatório irá apresentar importantes números sobre a produção norte-americana, como os estoques e a área cultivada com o grão nesta temporada.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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