Taxa básica de juros se aproxima de 14% ao ano: onde estão os eleitores de Dilma?

Publicado em 04/06/2015 19:00
por RODRIGO CONSTANTINO, de veja.com (+ blogs)

Taxa básica de juros se aproxima de 14% ao ano: onde estão os eleitores de Dilma?

Alguém lembra da época em que a presidente Dilma foi às redes de televisão e rádio conclamar os bancos privados a reduzirem as taxas de juros para acompanharem a queda na taxa Selic? Não? Mas nós estamos aqui para refrescar a memória do leitor. Sim, Dilma bancou a “corajosa presidenta” que finalmente enfrentava os gananciosos banqueiros para colocar nossa taxa de juros em patamar civilizado. Afinal, faltava apenas “vontade política” para tanto. Ou assim rezava o credo esquerdista. Vejam uma das ocasiões em que Dilma falou de juros na TV:

O vídeo mostra o discurso dela com a realidade de 2014. Mas o tempo não para, como diz a música. E ele continua cruel, cada vez mais cruel para aqueles que mentem ou são ignorantes em economia. A queda na taxa Selic, tão celebrada pelos adeptos da “nova matriz macroeconômica”, mostrou-se insustentável, pois artificial. Esse foi o alerta feito pelos economistas sérios, pelos liberais. Eu mesmo cansei de apontar para o grave equívoco do governo. E onde chegamos com esse voluntarismo todo, com essa marretada artificial da taxa de juros? Eis a resposta:

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Diante desse quadro, ainda tem gente que nega o evidente estelionato eleitoral em curso? Será que o humorista Jô Soares pretende continuar alegando que Dilma não enganou seus eleitores? Trata-se de uma piada muito sem graça. No fundo, os eleitores de Dilma estão tão envergonhados com o papelão de otários que até sumiram. Quase não se vê mais pelas redes sociais aquela turma engajada de “intelectuais” que votariam nela porque têm mais “consciência social” e são mais “sensíveis” em relação aos pobres. Eles desapareceram! Eis a última foto que tiraram de um grupo desses reunido:

Pois é: a gente tem que rir que é para não chorar. Afinal, a turma alienada votou na Dilma, mas quem paga o pato somos nós, que não tivemos nada a ver com esse ato ensandecido…

Rodrigo Constantino

 

De olho em Mariel

Porto de Mariel: empréstimo sob investigação

Porto de Mariel: empréstimo sob investigação

A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu que Armando Monteiro envie a minuta do Protocolo de Cooperação Econômica e Comercial entre Brasil e Cuba, assinado em 2008, e que deveria ter servido de base para nortear alguns empréstimos à ilha dos Castro.

Os procuradores suspeitam de que o empréstimo do BNDES ao Porto de Mariel não tenha cumprido alguns requisitos previstos no documento.

A propósito, o inquérito que investiga o financiamento do Porto de Mariel foi prorrogado por mais um ano.

Por Lauro Jardim

 

Transparência parcial

BNDES:  sigilo sobre Mariel

BNDES: sigilo sobre Mariel

Apesar de ter anunciado com pompa que agora divulga mais dados sobre seus financiamentos dentro e fora do Brasil, o BNDES ainda está longe de fazer o dever de casa como deveria.

Alguns documentos públicos sobre o empréstimo para as obras de ampliação do Porto de Mariel, em Cuba, continuam guardados a sete-chaves: os relatórios de acompanhamento sobre a contratação de bens e serviços brasileiros para a obra.

Os relatórios estão previstos no contrato de empréstimo como uma exigência do BNDES para autorizar os repasses do dinheiro para a obra.

Afinal, em tese, o BNDES só empresta dinheiro para obras no exterior se isso gerar empregos no Brasil e ou aumentar a exportação de bens brasileiros.

Cada uma das cinco parcelas do empréstimo de 682 milhões de reais só pode ser liberada mediante a comprovação, feita por meio desses relatórios, de que a Odebrecht de fato está contratando serviços e usando produtos brasileiros na obra.

Por Lauro Jardim

 

Hora de se refinanciar

Refinancoamento da dívida

Refinanciamento da dívida

grupo Globo refinanciou na segunda-feira 350 milhões de dólares de sua dívida, parcela que vencia naquele dia. Lançou bonds de dez anos com juros de 4,84%. No mesmo dia, a Embraer captou a 4,86%, a BRF, a 5,06% e a encrencada Petrobras, a 8,45%.

Por Lauro Jardim

 

José Nêumanne: “Bola suja” poderá salvar Lava Jato?

Publicado no Estadão

JOSÉ NÊUMANNE

Só quem não prestou atenção total ao debate sobre os escândalos de corrupção no Brasil pode ter-se surpreendido com a espetacular prisão pelo americano Federal Bureau of Investigation (FBI) de sete “cartolas” da Fifa, entre os quais o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, em Zurique, na Suíça. Afinal, um dos melhores e mais bem informados especialistas na área do Direito que lida com esse tipo de fraudes no Brasil, Modesto Carvalhosa, vem há algum tempo advertindo para a possibilidade de intervenções remotas da Justiça americana, no exterior. Em artigos nesta página e entrevistas à imprensa e às emissoras de rádio e televisão, ele tem advertido que, sendo o Brasil signatário de um pacto internacional anticorrupção, acusados de fraude que não tenham sido justiçados aqui poderão sê-lo em qualquer outro país lesado, entre eles os Estados Unidos.

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Luiz Antonio: ‘Somos um circo mambembe’

O desabafo do comentarista Luiz Antonio merece ser reproduzido na seção Opinião.(AN) 

É comparando a situação na FIFA com a do brasil (com b minúsculo) que vemos o real estágio de podridão alcançado pela nossa republiqueta de bananas. Enquanto lá fora a polícia investiga e dirigentes importantes vão para a cadeia (sem habeas corpus, sem prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica, sem delação premiada) e aguardam em celas comuns as decisões da Justiça, por aqui a farsa prossegue.

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