Redução de jornada e salário pode ser mais uma obra do petismo! Parabéns, companheiros!

Publicado em 25/05/2015 15:29
nos Blogs de Reinaldo Azevedo, Felipe Moura Brasil e Lauro Jardim, de veja.com

Turma dos “direitos humanos” não vai lamentar 3 pessoas mortas por traficantes, 3 militares feridos e 1 PM baleada?

Se a polícia tivesse matado um só suspeito na favela (sim, porque nem precisa ser inocente), a turma dos “direitos humanos” já estaria em alvoroço.

Mas, não. A semana começou com pelo menos três notícias – a última delas com um vídeo “estarrecedor” – para as quais a militância politicamente correta não dá a menor pelota:

Drielli

A PM Drielle

1) E a PM baleada do dia é…

A soldado Drielle Lasnor de Moraes, policial militar do 14º BPM (Bangu), foi baleada no rosto durante uma perseguição na Estrada da Água Branca, na Zona Oeste do Rio; e está internada em estado grave no Hospital Estadual Alberto Torres.

Felizmente, os bandidos Gustavo Assunção, de 26 anos, e Rafael Paiva de Oliveira, de 22, foram presos depois que o veículo em que tentavam fugir bateu no muro de uma igreja.

A polícia apreendeu duas pistolas, uma mochila, um rádio transmissor e um caderno com anotações do tráfico, mas um terceiro bandido conseguiu escapar.

Só não sei por que Maria do Rosário ainda não visitou os dois presos. Eles não são uma graça?

Bandidos Drielle

Rafael e Gustavo, presos por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e associação para o tráfico

2) E as pessoas mortas do dia são…

Pelo menos três pessoas morreram e outras três ficaram feridas depois que traficantes do Morro do Chapadão atacaram a vizinha Favela da Quitanda, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Todos os atingidos seriam moradores sem envolvimento com o tráfico, segundo a polícia.

Testemunhas relataram que bandidos da Quitanda (da facção Amigos dos Amigos) roubaram um caminhão de cerveja, que travou na entrada da favela. Com isso, moradores começaram a revirar o veículo, quando rivais do Comando Vermelho (Chapadão) dispararam.

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De quebra, a Divisão de Homicícios encontrou um quarto cadáver na favela, sendo que a vítima teria sido assassinada no domingo num caso sem relação com a guerra desta segunda.

Não há notícias de que o cadáver recebia bolsa do MEC.

3) Até os militares? Pois é.

Três militares das Forças Especiais do Exército Brasileiro foram feridos em confrontos com traficantes que, após mais de um ano de ocupação do Complexo da Maré, continuam a mandar no território.

VEJA divulgou nesta segunda o vídeo de um desses confrontos, ocorrido em 21 de maio.

“Não queria ação? Taí ação!”

PS: Ah sim, eu já ia me esquecendo que o compositor Josué Clementino da Silva foi esfaqueado no braço no domingo, durante uma tentativa de assalto na linha 378 (Marechal Hermes x Castelo), mas é que, com 8 esfaqueados em 8 dias no Rio, já virou rotina mesmo.

Em todo caso, fica a foto do bandido preso, para a apreciação de Maria do Rosário. Quem mais sofre nas mãos dessa gente são os pobres que ela jura defender.

bandido faca

Wanderson Barbosa, detido e levado à 5ª DP (Mem de Sá) (Foto: Gabriel Barreira/ G1)

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

O SAMBA-DA-PRESIDENTE-DOIDA – Dilma muda as cores nacionais mexicanas, inventa uma tal camisa verde da Seleção e faz uma suruba histórico-antropológica das civilizações pré-colombianas. Ah, sim: ela diz que a Petrobras é “a pátria de mãos sujas de óleo”. Concordo!

Eu nunca entendi por que diabos a presidente Dilma Rousseff tem a ambição de parecer uma pensadora, uma intelectual, uma estilista. Ela não é nada disso. Ao forçar a mão, acaba dizendo patacoadas estupendas, que concorrem um tanto para ridicularizá-la. Nesse sentido, Lula é mais prudente: transforma a sua ignorância em agressão aos adversários (especialmente FHC) ou em graça. Dilma tem a ambição de ser profunda. Aí as coisas se complicam. Ela concedeu uma entrevista ao jornal mexicano de esquerda “La Jornada”, publicada neste domingo. A transcrição, na íntegra, sem edição, está no site da Presidência (aqui).

Há de tudo lá: algumas parvoíces decorrentes do esforço de parecer sabida, distorções ideológicas as mais detestáveis e humor involuntário. E, claro!, também imposturas. A sua fala sobre o impeachment é, para dizer pouco, imprudente. Já chego lá. Começo pelo humor involuntário.  Prestem atenção a este trecho do diálogo:

Dilma - Teve um teatrólogo brasileiro, que você deve conhecer, Nelson Rodrigues, que, além, disso, foi um colunista de futebol.
Jornalista: Sim, claro.
Dilma: Que, quando se referia à Seleção Brasileira, dizia que a Seleção Brasileira era a pátria de chuteiras, a pátria verde e amarela de chuteiras. Lá, a Seleção Mexicana é a pátria azul, branca e verde…
Jornalista: Não, a camisa é verde, a camisa da Seleção. Sim, é verde.
Dilma: É verde? Então, é a pátria verde de chuteiras. A nossa também às vezes é verde, hein?

Vamos lá, leitor! As cores nacionais do México são verde, vermelho e branco, sem o azul. A Seleção Brasileira já jogou com camiseta branca, amarela, azul e até vermelha — curiosamente, em 1917, ano da Revolução Russa, e 1936, ano seguinte à Intentona Comunista. Mas verde, como disse Dilma, nunca! E a conversa ainda vai avançar para o terreno do surrealismo explícito. Leiam.

Jornalista: Agora deixa eu fazer uma pergunta, uma pergunta…
Dilma: Agora, a Petrobras é tão importante para o Brasil como a Seleção.
Jornalista: Claro.
Dilma: Então, eu sempre disse o seguinte: “Se a Seleção Brasileira é a pátria de chuteiras, a Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo.
Jornalista: Ah, isso é muito bom, presidente, é uma frase muito boa!
Dilma: E vocês têm também a pátria suja de óleo lá, a mão suja de óleo.

É espantoso que, diante do maior escândalo conhecido da história do país, que tem a Petrobras como epicentro, Dilma diga que a “Petrobras é pátria com as mãos sujas de óleo” e transfira, digamos, esse mérito duvidoso também ao México. De resto, a Petrobras é, sim, a pátria de mãos sujas. Mas não de óleo…

Suruba histórico-antropológica
Dilma começa a conversa, se vocês lerem a transcrição, tentando demonstrar a sua expertise em história mexicana. Arma uma lambança dos diabos com os povos pré-colombianos — seu interlocutor não ajuda muito, diga-se — e faz uma defesa do relativismo cultural que chega a flertar com sacrifícios humanos. E eu não estou brincando.

Referindo-se à cidade arqueológica maia de Chichén Itzá, diz a nossa sábia presidente:
Presidente - Eu fui a Chichén Itzá (…). É impressionante Chichén Itzá e também todo o conhecimento astronômico, a precisão do conhecimento astronômico. Para você ter aquela precisão, tem de ter um certo domínio razoável da matemática para aquele tipo de precisão que eles tinham. (…). E o que é destacado de forma bastante simplória para nós? É destacado sacrifícios humanos [ela disse assim, com erro gramatical mesmo], numa visão, eu acho, preconceituosa, contra aquela civilização que tinha um padrão de desenvolvimento e de desempenho que nós não conhecemos. A nossa população indígena não estava nesse nível de desenvolvimento. A mesma coisa o inca, não é? Mas lá é mais, era mais avançada, a mais avançada de todas. E não era asteca, não é? Eles não sabem, eles chamam de Tolteca, Olmeca.
Jornalista: Maia.
Presidenta: A Maia é mais embaixo, é ali na península do Iucatã, não é?

Santo Deus!

Vamos botar ordem na suruba histórico-antropológica pré-colombiana feita por Dilma. Comecemos pelo maior de todos os absurdos. A cultura inca não tem relação nenhuma com o México porque foi uma civilização andina, que se estendeu de um pedacinho do oeste da Colômbia até Chile e Argentina, passando por Equador, Peru — que era o centro irradiador — e Bolívia.

Reparem que, dado o contexto, a presidente sugere que a cidade de Chichén-Itzá não fica no estado de Iucatã, mas fica. Para a presidente brasileira, que deve ter lido apressadamente um resumo feito pela assessoria, Chichén-Itzá não é uma cidade asteca, mas tolteca ou olmeca…  Bem, nem uma coisa, nem outra, nem a terceira. A cidade é maia.

Trata-se de um erro de geografia e de tempo. Os olmecas (vejam o mapa), prestem atenção!, existiram entre 1.500 e 400 ANTES DE CRISTO. Os toltecas, entre os séculos 10 e 12 DEPOIS DE CRISTO e foram dominados por bárbaros, que resultaram no Império Asteca.

mapa méxico

O mais encantador, no entanto, é Dilma sugerir que a gente vê com preconceito os sacrifícios humanos das civilizações pré-colombianas… É, vai ver que sim! Confesso que vejo com preconceito também os atos sacrificiais em massa levados a efeito por Hitler, Stálin, Pol Pot, Mao Tsé-tung. Sabem como é… Cada civilização tem seu jeito de matar…

Há mais besteira.

Num dado momento, ainda tentando se mostrar sábia sobre a cultura mexicana, disse a presidente:
“Eu sei de todas as histórias da relação do México com os Estados Unidos, que, na Revolução de 1910, diziam: ‘Ah, pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos!’. O jornalista, não mais esperto do que a presidente, emenda: “Isso”.

É uma tolice. A dupla trata a frase como se contivesse um conteúdo revolucionário. Mas não! O autor da dita-cuja foi o então presidente Porfírio Dias, que foi derrubado pela… revolução!

Impeachment
Indagada sobre o impeachment, afirmou a presidente:
“Sem base real, porque o impeachment está previsto na Constituição, não é? Ele é um elemento da Constituição, está lá escrito. Agora, o problema do impeachment é sem base real, e não é um processo, e não é algo, vamos dizer assim, institucionalizado, tá? Eu acho que tem um caráter muito mais de luta política, você entende? Ou seja, é muito mais esgrimido como uma arma política, não é? Uma espécie de espada política, mistura de espada de Dâmocles que querem impor ao Brasil. Agora, a mim não atemorizam com isso. Eu não tenho temor disso, eu respondo pelos meus atos. E eu tenho clareza dos meus atos. Então…”

Não sei o que Dilma quis dizer. De fato, o impeachment está na Constituição. O que não está institucionalizado? Eu, por exemplo, acho que a investigação já evidenciou a sua responsabilidade no escândalo do petrolão, mas certamente não há 342 deputados que concordem com isso. Ademais, é evidente que o impeachment é um processo político — essa é, diga-se, a sua natureza. Fazer essa afirmação para tentar descartá-lo é uma estultice. Ademais, convém aguardar o resultado da investigação.

Não por acaso, a presidente brasileira vitupera contra a deposição legal e constitucional de Fernando Lugo no Paraguai, o que lhe deu o ensejo de suspender aquele país do Mercosul e de abrigar a ditadura venezuelana.

A entrevista é uma confusão dos diabos. Dilma precisa ler melhor os briefings que recebe da assessoria e parar com esse negócio de querer recitar dados. Não é a sua praia. Melhor falar pouco e não dar bom-dia a cavalo!

Não é que a entrevista não seja engraçada. Dei aqui boas gargalhadas. Mas também se ri de tédio, não é?

Texto publicado originalmente às 4h34

Por Reinaldo Azevedo

 

Redução de jornada e salário pode ser mais uma obra do petismo! Parabéns, companheiros!

O governo estuda, informam Natuza Nery e Cláudia Rolli, na Folha de hoje, propor a redução da jornada de trabalho em 30% e de salários em 15% como forma de conter o desemprego e não afetar a arrecadação. A alternativa conta com o apoio das maiores centrais sindicais do país.

A demissão, obviamente, leva à perda de arrecadação. O mesmo acontece quando as empresas recorrem ao “layoff”, que é a suspensão do contrato por cinco meses — nesse caso, os trabalhadores passam a receber o seguro-desemprego. O governo veria aí também uma saída para se reaproximar dos sindicatos. É… Dos sindicatos, até pode ser. Já dos trabalhadores…

A crise já está batendo forte no emprego, e se sabe que está só no começo. Há quem vislumbre uma taxa de desemprego perto de 12% no auge do aperto. O mercado de trabalho teve o pior abril em 23 anos. Um dos pilares do, vá lá, modelo petista era o consumo. Já ruiu. O outro era o emprego…

Vamos ver. Não basta só negociar com as centrais, não é? É preciso ver se as empresas aceitam. Em tese, a diferença entre redução da jornada (30%) e de salário (15%) seria compensada pela redução de outros custos… Mas só em tese. No período de vigência do acordo, as empresas certamente ficariam proibidas de demitir. É preciso ver se uma camisa de força como essa é compatível com um momento de crise. Não parece.

Mas digamos que se consiga um acordo em escala nacional. Talvez um terceiro pilar do sucesso do petismo tenha sido a frequência com que categorias profissionais negociaram reajustes acima da inflação. É possível que os trabalhadores tenham memória de tempos em que o salário crescia abaixo da taxa inflacionária, o que é perda real de ganho, claro! Mas certamente não se lembram de ver parte do seu salário nominal ser amputada, ainda que eles possam ficar em casa um ou dois dias de papo pro ar ou passem a trabalhar duas horas e meia a menos por dia.

Se isso acontecer, será, sem dúvida, mais uma experiência que o Partido dos Trabalhadores proporcionará aos… trabalhadores. É melhor do que o desemprego? Certamente! Mas é bom? Ah, não é mesmo. Sem contar que um corte de 15% no rendimento dos assalariados não é, assim, um estímulo bom para a economia, né? Colabora para a chamada espiral para baixo e acabará afetando diretamente os setores de comércio e serviços.

Que obra, hein, Dilma? Huuummm… Compatível com quem demonstrou alguma compreensão com os sacrifícios humanos nas civilizações pré-colombianas…

Por Reinaldo Azevedo

 

O chefão da UTC depõe

Ricardo Pessoa: delação, enfim

Ricardo Pessoa: delação

Ricardo Pessoa passará esta semana em Brasília prestando depoimento ao MPF.

Se os procuradores avaliarem que ele disse tudo o que prometeu na negociação do acordo de delação premiada, o passo seguinte será a homologação pelo ministro Teori Zavascki.

Se não falar o que o MPF espera, mais uma série de depoimentos será marcada.

Por Lauro Jardim

 

Lobby do transporte

transporte

Passagens ficarão mais caras com fim da desoneração

Está surtindo efeito um estudo que chegou nas mãos dos deputados na semana sobre o fim da desoneração de impostos no setor de transportes. Realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, o documento afirma que, se isso acontecer, haverá um aumento nas passagens de 15 centavos em todos os transportes do país.

Leonardo Picciani, relator da proposta no Congresso, está prestes a recuar da medida.

Por Lauro Jardim

 

Indícios de crimes

Roseana:  indiciada

Roseana: indiciada

A Secretaria de Transparência e Controle do Maranhão concluiu o relatório sobre o caso dos precatórios da Constran, cujo pagamento Alberto Youssef diz ter intermediado. A apuração da secretaria encontrou indícios de ter havido crimes como peculato (roubo praticado por servidor público), corrupção ativa e corrupção passiva.

O relatório concluiu que, sem lei específica para isso, o governo Roseana Sarney não poderia ter feito nenhum tipo de acordo sobre precatórios. A Secretaria de Transparência também afirma que não houve negociação sobre o valor a ser pago pelo Estado do Maranhão à Constran, tendo o governo acatado sem questionar o valor de 113 milhões de reais apresentado pela credora.

O material foi enviado para a Polícia Civil do Maranhão, que conduz um inquérito que investiga a participação de Roseana Sarney na fraude, e para o Ministério Público e a Procuradoria do Estado do Maranhão, para que o acordo com a Constran seja anulado definitivamente.

Por Lauro Jardim

 

Na mira do MP

Raupp: MP quer que caso vá para o STF

Raupp: MP quer que investigação vá para o STF

O Ministério Público do Distrito Federal pediu que a primeira instância da Justiça do DF envie para o STF um inquérito policial que investiga o possível envolvimento de Valdir Raupp em fraudes na Eletronorte e da francesa Alstom.

Conforme VEJA revelou em 2013, grampos telefônicos feitos com autorização judicial mostraram a suposta atuação de um grupo de lobistas com acesso privilegiado a servidores públicos de alto escalão. A suspeita é que o lobby tentasse adiantar débitos que a Eletronorte tinha com a Alstom.

Planilhas apreendidas no escritório de um assessor de Raupp na época, José Roberto Parquier, citam o nome do senador e do diretor de engenharia da Eletronorte, Adhemar Palocci. Parquier é um dos que conversam nos grampos feitos pela PF.

No ofício em que pede à Vara Criminal da Justiça do DF que o caso seja remetido ao STF, devido ao suposto envolvimento de Raupp, o promotor Mauro Faria de Lima coloca em xeque até se os débitos cobrados pela Alstom de fato existiam.

O caso vinha sendo investigado pela Polícia Civil do DF porque cabe às polícias judiciárias nos estados investigar crimes cometidos em sociedades de economia mista como a Eletronorte.

Por Lauro Jardim

 

A BAGUNÇA – Pobre Temer! Ele negocia o apoio às MPs, e os petistas, incluindo Dilma, na prática,  o sabotam. Aí fica difícil…

É claro que se deveria tomar a coisa como piada de mau gosto, mas é verdade. Michel Temer, vice-presidente da República, presidente do PMDB e coordenador político do governo, vai cobrar, imaginem vocês, empenho do PT — que é o partido ao qual pertence a presidente da República — no apoio ao ajuste fiscal. Nesta segunda, antes de Dilma viajar para o México, ele pretende se encontrar com ela para dizer o óbvio: se os petistas ficam sabotando as MPs no Senado, com que força ele busca o apoio dos demais parlamentares da base — sem contar que o próprio presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não é, assim, um entusiasta do pacote, né?

O vice também anda desconfiado, informa a Folha, de que a resistência não se restrinja ao PT e contamine áreas do governo. A presidente, é bem verdade, tem mostrado seu empenho no pacote, mas sabe que, entre outros, Lula, na prática, trabalha contra, embora finja que não. Se o chefão petista mandar, a CUT se desmobiliza, mas ele não vai fazer isso. Da mesma sorte, a direção do partido não move uma palha para conter os rebeldes. Aí as coisas realmente ficam difíceis.

Na sexta, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, arrumou a mais eloquente e silenciosa de todas as gripes. Aos poucos, ele vê o seu plano de austeridade ser descaracterizado, e mais sobressaem os esforços do governo de aumentar impostos do que de cortar gastos.

Mesmo com o facão anunciado de R$ 69,9 bilhões no Orçamento de 2015, prevê-se gastar neste ano mais do que no ano passado — isso para uma economia que terá uma recessão, segundo a estimativa oficial, de 1,2%. É evidente que, com a ausência, Levy quis deixar claro que não precisa do governo para sobreviver. Não é um político da base. Já o governo, tudo indica, depende dele para não experimentar uma turbulência de consequências incertas.

Dilma, ademais, pressionada por Lula, faz a coisa errada. Na sexta, ela se reuniu com o antecessor. Os dois falaram sobre eventuais concessões ao petismo. Ora, por que o coordenador político não estava numa reunião como essa? Quer dizer que Temer negocia o apoio às MPs como elas estão, e Dilma negocia mudanças com Lula, que o vice ignora? Aí é sacanagem, né?

Por que isso acontece? Porque o governo Dilma, a rigor, não existe. É uma peça de ficção. Ela se elegeu com um discurso, governa com outro; conquistou o segundo mandato com uma penca de promessas; não poderá cumprir nenhuma delas; franjas do petismo que apoiam a sua gestão e lhe dão alguma sustentação popular, bem pequena, não podem defender o ajuste porque vai contra suas bandeiras — é o caso da CUT, por exemplo, que, há pouco de mais de um mês, marchou contra o que chamou de “golpismo” e em apoio à presidente e, agora, lota as galerias do Congresso contra as Medidas Provisórias.

O governo Dilma é, em suma, uma equação que, depois do sinal de igual, tem um enorme conjunto vazio. É um troço sem conteúdo e sem identidade. Nem pode falar em nome de uma austeridade que combata os desmandos de antes — porque, afinal, não é um governo de oposição àquele de antes — nem pode fazer a defesa da continuidade porque continuidade não há. Então se tem esse enorme nada!

É por isso que Dilma se sente mais à vontade falando sandices sobre as civilizações pré-colombianas em entrevista a um jornalista do México… O Brasil é coisa complicada demais pra ela, coitada!

Por Reinaldo Azevedo

 

Ministério da Educação do PT pagou bolsa para 47 mortos? É a Pátria Educadora de defuntos!

dilma

Dilma apresenta o projeto a uma plateia viva

Festa no cemitério. O bolsa-defunto está em alta no desgoverno de Dilma Rousseff.

Um mês após a revelação de que o Ministério da Pesca pagou o bolsa-pesca até para mortos, uma auditoria da Controladoria-Geral da União aponta que o MEC pagou bolsa do Programa Universidade para Todos para pessoas que já haviam batido as botas também.

Segundo a CGU, 47 mortos apareciam como “em utilização-Bolsista Matriculado” no sistema falho do Prouni, que concede bolsas de 50% ou 100% em faculdades particulares supostamente a estudantes de baixa renda.

O mais grave, segundo o UOL, é que uma delas morreu antes mesmo de se tornar bolsista.

Mas tem mais. Também recebiam bolsa:

- 4.421 alunos cuja renda per capita não atende aos critérios do programa (ou seja: o PT também pagou bolsa para alunos de alta renda, embora não haja informação de que o Lulinha estava matriculado);

- 58 alunos não brasileiros e não naturalizados, o que é proibido pelas regras do Prouni;

- 5 alunos que já haviam concluído o curso.

Outras irregularidades também foram encontradas, tais como:

- 402 casos de CPFs com divergência de titularidade;

- 15% dos analisados sem pelo menos um dos documentos que comprovam a elegibilidade para recebimento da bolsa.

Mas nada se compara com a Pátria Educadora de defuntos, vulgo Cemitério da Educação.

Quando Dilma Rousseff sancionou a lei do feminicídio, a minha ilustríssima personagem Gilma Rou7 explicou assim a coisa para as mulheres:

“Isso quer dizer o quê?

Quer dizer que, enquanto ocês vivem, eu garanto a ocês inflação em alta, aumento de impostos, luz e gasolina caras, índice elevado de desemprego, queda do PIB, nenhuma credibilidade internacional, perda de confiança de investidores e consumidores, além de interromper a programação de domingo na TV chamando ocês de ‘minhas iguais’.

Maaaaaaaaaaaaaaaaasssss…

…se alguém matar ocês, ah, aí ocês podem ficar tranquilas. Ocês não se preocupem.

Eu man-do in-ves-ti-gar. Eu mando prender o assassino d’ocês por crime hediondo. Nem 10% dos homicídios no Brasil são solucionados, mas eu garanto que o de ocês vai sê, porque eu não admito o… como é mesmo?… femi… fenimi… femini… feminicídio! Isso.

(…) Então ocês deixam comigo. Depois da morte d’ocês, eu cuido de tudo, tá bão? (…)”

Agora, a Gilma poderia até acrescentar:

“Dou até bolsa. Ocês escolhe a marca: tem Vitor Hugo, Gucci, Prada, Fendi, Marc Jacobs, Prouni… “

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

Petistas disfarçados de juristas entram com um ridículo pedido de impeachment contra Richa. Ou: Imprensa usa governador para desafogar as suas culpas por ter de dar notícias contra o PT

Vejam estas fotos. Volto em seguida.

 Violin com lula II
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O PT não brinca em serviço. O partido decidiu que é preciso derrubar o governador Beto Richa (PSDB-PR) custe o que custar. Se os petistas estão enrolados na Operação Lava-Jato — cujo epicentro de apuração, diga-se, é Curitiba —, cumpre, então, criar o “outro lado”, o contrapeso. Algo culpada por ser obrigada pelos fatos a sistematicamente dar notícias contra os petistas, a imprensa nacional, ora deslocada para a capital do Paraná, aproveita para operar a lógica da compensação.

A notícia da hora é um ridículo pedido de impeachment contra o governador, que foi protocolado na Assembleia. Acusação: Richa teria cometido crime de responsabilidade no caso do confronto entre policiais militares e militantes sindicais, ocorrido no dia 29 de abril, que deixou dezenas de feridos. Na petição, acompanhada de oito mil assinaturas, o episódio é chamado de “massacre”. Leio aqui e ali que o dito-cujo é assinado por “juristas” e “professores universitários”. Como, senhores jornalistas? Juristas e professores universitários? Tenham paciência!

Quem encabeça a iniciativa é o advogado Tarso Cabral Violin, autor de um blog que expressa, para ser ameno, ódio ao governador do Estado. Se vocês querem saber como anda a imprensa do Paraná — ou parte dela — e também a nacional, basta verificar o documento encaminhado à Assembleia, recheado de textos e imagens de jornais, sites e blogs em que a Polícia Militar e o governo do Estado são demonizados. Em sua página, Violin, digamos assim, se orgulha da capacidade que tem o grupo de ver noticiadas coisas que são do seu agrado.

Outro dos signatários do pedido, apresentado apenas como “professor e advogado”, é o ex-vereador petista André Passos, que é filho do ex-deputado, também do PT, Edésio Passos, nomeado pelo governo federal diretor administrativo da Itaipu Binacional. O que parece ser apenas uma ação de cidadãos preocupados e de “juristas” é obra claramente partidária.

O próprio Violin, note-se, já foi diretor jurídico da Celepar (estatal de informática do Paraná) quando o governador era Roberto Requião (PMDB). No Estado, ficou famoso o número de ações trabalhistas protocoladas contra a empresa nesse período. Curiosamente, quem costumava patrocinar as ditas-cujas, quase sempre perdidas pela Celepar, era André Passos. De adversários naquelas causas — se bem que quem acabava pagando o pato era a estatal —, Violin e Passos são parceiros agora no pedido de impeachment.

Uma rápida pesquisa nas redes sociais permite que se saiba com clareza com quem estão, as, como direi?, afinidades eletivas de Violin. Vejam, lá no alto, fotos suas ao lado de Lula, Dilma e Gleisi Hoffmann. Com o crachá do PT no peito. É claro que ele tem o direito de ser petista e de votar em quem bem entender. A IMPRENSA É QUE NÃO TEM O DIREITO, A MENOS QUE QUEIRA ENGANAR O PÚBLICO, DE CHAMAR UMA ARMAÇÃO POLÍTICA DE UM PARTIDO DE PEDIDO DE IMPEACHAMENT ASSINADO POR ADVOGADOS E JURISTAS.

O centro da ação contra o governador é o sindicato dos professores da rede oficial de ensino do Paraná, mero aparelho da CUT. O Estado paga um dos melhores salários do país à categoria. Nos últimos quatro anos, para uma inflação de 26%, a turma teve um reajuste de 62%. Mesmo assim, a entidade lidera uma greve desde fevereiro, opondo-se a uma mudança na aposentadoria que não acarreta prejuízo a ninguém. No dia 29 de abril, e está tudo documentado — quando se faz um levantamento isento —, vândalos tentaram desrespeitar uma ordem judicial e invadir a Assembleia Legislativa para impedir o funcionamento normal do Parlamento estadual. É coisa de fascistas.

Há uma investigação em curso no Paraná. O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, em depoimento prestado dentro de um acordo de delação premiada, diz ter participado de um esquema de arrecadação ilegal de recursos que teriam sido repassados à campanha à reeleição de Richa. Que se investigue tudo! Mas vamos devagar! Há uma ânsia de massacre em setores da imprensa local e nacional que não tem paralelo na cobertura do petrolão, por exemplo — e olhem que são coisas brutalmente distintas. Uma das figuras ligadas ao caso dos auditores também teria relação com uma rede de prostituição de menores. E já há textos aqui e ali tratando desse outro episódio que aproveitam para citar o nome do governador. Raramente vi algo assim.

Vamos Lá:

a: acusar o governador de crime de responsabilidade na ação policial é um delírio ridículo;
b: os chamados “juristas e advogados” são, em boa parte dos casos, militantes petistas;
c: pessoas envolvidas com a campanha contra Richa se orgulham de sua capacidade de pautar a imprensa;
d: o PT aproveita a presença da imprensa nacional em Curitiba para fazer de Richa o contraponto ao noticiário negativo para o partido;
e: a greve liderada pelo sindicato no Paraná é escancaradamente política;
f: vídeos e fotos evidenciam que foram militantes, alguns deles mascarados, que optaram pela violência;
g: que se investigue a fundo, e com isenção, se houve esquema para doação irregular de campanha;
h: que se apurem eventuais excessos da polícia.

Não! Eu não endosso o uso desnecessário da força nem sou leniente com a corrupção desde ou daquele. MAS ME NEGO A SER INOCENTE ÚTIL DO PETISMO E DESAFOGAR EM RICHA AS MINHAS CULPAS POR DAR NOTÍCIAS CONTRA PETISTAS.

Até porque eu não me sinto culpado por fazer o meu trabalho. Quem deve estar feliz com o comportamento de setores da imprensa, muito especialmente da do Paraná, é a senadora Gleisi Hoffmann (PT), né? No ato de crucificação de Beto Richa, sugiro que ela seja canonizada.

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
veja.com

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1 comentário

  • JUSTINO CORREIA FILHO Bela Vista do Paraíso - PR

    Michel Temer na articulação politica??!! Bom para o PT, pois, assim a petezada vai transferir a culpa do estelionato eleitoral para o PMDB. Na verdade os dois partidos se merecem! Ao povo brasileiro (que trabalha e produz) fica a fatura para pagar dessa irresponsabilidade politica -- com toda roubalheira atrelada, que já dura longos 12 anos.

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