Indústria já demitiu mais de 50 mil, e a situação vai piorar…, por RODRIGO CONSTANTINO

Publicado em 12/05/2015 17:37
em VEJA.COM

Indústria já demitiu mais de 50 mil, e a situação vai piorar…

Desde o início do ano, uma onda de demissões atinge com força boa parte das indústrias de bens duráveis, principalmente os fabricantes de eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis. Levantamentorealizado pelo GLOBO mostra que pelo menos 50 mil vagas foram fechadas entre janeiro e abril nesses setores. Na Zona Franca de Manaus, que concentra a maior parte da produção nacional de eletroeletrônicos, os cortes de pessoal começaram logo após a Copa do Mundo, no ano passado. De acordo com Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Amazonas (Ciam), de outubro a fevereiro 10 mil trabalhadores haviam sido demitidos — somando-se março e abril, são mais de 15 mil postos cortados.

Os fabricantes de televisores Samsung e LG; a Whilrpool, dona das marcas Brastemp e Consul; e as montadoras de motocicletas foram as empresas que mais demitiram. Na Whilrpool, além da fábrica de Manaus, os cortes atingiram as unidades de Joinville (SC) e Rio Claro (SP). Ao todo, a empresa eliminou três mil vagas.

— Não temos (boas) expectativas para este ano. O consumidor está com medo de perder o emprego e não compra esses produtos mais duráveis. Ele só não deixa de comprar alimentos — avalia Périco, lembrando que muitas empresas do polo industrial estão se preparando para colocar cerca de oito mil trabalhadores em férias coletivas a partir deste mês.

O temor do desemprego, a inflação alta e a queda do consumo diante das incertezas sobre a extensão do ajuste fiscal são fatores citados pelos economistas para o movimento de corte de pessoal na indústria. A difícil situação do emprego no setor de bens de consumo é apenas parte de um quadro de dificuldades muito maior no mercado de trabalho, afirma Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese):

— O nível de desemprego, a persistir esse quadro, deve ficar de dois a três pontos acima do registrado no ano passado. Isso significaria que o desemprego medido pela Pnad Contínua do IBGE, hoje em 7,9%, pode passar de 10% até o fim do ano. No caso da taxa do Dieese, que se situa em 10%, pode chegar a 13%.

O pior está acontecendo: a crise chega ao emprego com força. O grande pilar que sustentou alguma aprovação do governo Dilma e permitiu sua reeleição era justamente a ainda baixa taxa de desemprego. O fenômeno despertou perplexidade em muitos economistas. Mas vários apontaram para a inevitabilidade do aumento do desemprego.

Conforme expliquei aqui, o emprego é o último sintoma a acusar o golpe da crise, especialmente num país como o Brasil, onde é muito caro contratar, treinar e demitir. As leis trabalhistas engessam o mercado de trabalho, e por isso o empresário deixa para o limite a decisão de mandar gente embora. Sabe que isso custa muito caro.

Mas chega um momento em que não dá mais para segurar. A crise bate à porta, as vendas caem, o imposto sobe, a taxa de juros aumenta, a inflação corrói os ganhos reais, e a empresa não consegue mais manter seu quadro de colaboradores na íntegra. É preciso dar férias coletivas, e depois demitir.

Eis o quadro caótico que o PT criou: chegaremos ao final de 2015 provavelmente com uma queda do PIB de quase 2%, uma inflação acima de 8%, e uma taxa de desemprego acima de 10%. É crise aguda, é o Brasil voltando àquela triste realidade de que só consegue experimentar voos de galinha, e depois mergulha novamente no caos social.

Enquanto não abraçarmos reformas estruturais que reduzam o tamanho do estado e deixem a economia mais livre, isso será nossa história: crescimento puxado pelos ventos de fora, farra nos gastos públicos e no crédito, seguido de uma crise severa com recessão e inflação, culminando no aumento do desemprego. O Brasil só tem duas saídas: os aeroportos e o liberalismo!

Rodrigo Constantino

 

Segundo FMI, o Brasil não cresce e tem pouca credibilidade

Na VEJA.com:


O Brasil está em uma situação difícil. Essa é a primeira frase da avaliação anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia brasileira, o chamado “Artigo IV”. A instituição havia reduzido, semanas atrás, as projeções sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para contração de 1% este ano e crescimento de 0,9% em 2016. No documento apresentado nesta terça-feira, o FMI afirma que o fraco desempenho da atividade reflete o impacto da baixa competitividade, a queda da credibilidade das políticas econômicas e a piora nas condições externas para o país. “Garantir um crescimento forte e sustentável é essencial para consolidar os ganhos impressionantes na inclusão social e requer, entre outras coisas, um reequilíbrio do consumo em direção a um crescimento liderado pelo investimento”, diz o relatório.

A instituição avalia que o crescimento decepcionante também é reflexo das medidas recentes de ajuste fiscal, das altas taxas de juros e dos cortes de investimento na Petrobras provocados pelas investigações da operação Lava Jato. Mesmo assim, o FMI argumenta que uma aplicação bem sucedida das medidas de ajuste deve ajudar a melhorar a atividade mais para frente. “O espaço para políticas de estímulo é limitado e o foco deveria ser, por sua vez, aliviar gargalos na oferta e impulsionar a capacidade produtiva.”

Para o FMI, o crescimento tende a melhorar no médio prazo, mas o potencial depende muito da implementação de reformas estruturais urgentes. “Os riscos para as projeções são significativamente para baixo e incluem ramificações adversas da atual investigação de corrupção envolvendo a Petrobras, a possibilidade de as metas fiscais não serem inteiramente atingidas e de racionamento de água e energia”, explica o documento.

A implementação dos ajustes necessários não vai ser fácil, reconhece o FMI. “Entretanto, qualquer comprometimento no esforço das políticas econômicas pode colocar em risco as projeções de médio prazo, sem gerar nenhum benefício significativo no curto prazo.”

Na parte de recomendações, o FMI sugere que a política monetária permaneça apertada e o câmbio continue como a principal ferramenta de absorção de choques externos. “As intervenções (no câmbio) deveriam se limitar a episódios de excessiva volatilidade.” O Fundo também orienta que a concessão de empréstimos pelos bancos públicos tenha um papel complementar, atuando em mercados que não são atendidos pelas instituições privadas.

O FMI também diz que políticas específicas para fortalecer o sistema financeiro, especialmente um endurecimento das exigências de empréstimos para preservar a qualidade dos ativos dos bancos públicos, são “aconselháveis”. Isso ajudaria a lidar com vulnerabilidades no sistema que possam surgir em um ambiente marcado pelo crescimento baixo, as condições financeiras mais restritivas e um possível aumento do desemprego.

As análises feitas pela equipe econômica do FMI apontam que a baixa taxa de desemprego dos últimos anos “mascaravam” uma deterioração no mercado de trabalho. Segundo a instituição, o desemprego deve crescer em função da atividade econômica fraca e do aumento na taxa de participação.

“As quedas mais recentes nas taxas de desemprego refletem uma contração na força de trabalho, que mascara uma paralisação no crescimento do emprego em meio à desaceleração da atividade econômica”, diz o relatório, apontando que a criação de vagas na indústria e na construção civil tem caído fortemente desde o início de 2014. “Se a taxa de participação voltar para a média de entre 2008 e 2014, de 56,8%, o desemprego pode subir para 6,5%, tudo mais constante”.

O texto aponta ainda que as pressões salariais continuam fortes, com os ganhos reais dos salários subindo acima da produtividade. Isso reflete, em parte, os grandes aumentos do salário mínimo.

Por Reinaldo Azevedo

 

O Brasil cansa – artigo de hoje no GLOBO

Construída artificialmente em cima do pântano, pois não são os recursos naturais que geram riqueza efetiva…

“Mais importante que as riquezas naturais são as riquezas artificiais da educação e tecnologia”, disse Roberto Campos. Estava certo, como em quase tudo mais. O Brasil é um país rico em recursos naturais, mas isso não se reverte em riqueza efetiva para a população, em boa parte porque muitos acham que basta delegar ao governo a gestão desses recursos que tudo será uma maravilha. O petróleo é nosso! Ledo engano.

Estou morando na Flórida por um tempo, em Weston, uma cidade mais afastada criada do nada, bem ao lado de Everglades. Ou seja, vivo agora no pântano, sem recursos naturais, perto dos crocodilos. Não obstante, há muita riqueza aqui, as coisas funcionam extremamente bem, a ponto de eu me sentir no Truman Show às vezes. Como pode?

Os antiamericanos de plantão repetirão as falácias de sempre: que a riqueza deles veio das guerras, ou da exploração de outros povos, ou de seu governo. Tudo falso. Os Estados Unidos são a potência que são graças ao livre mercado, à mentalidade que enaltece o lucro e o individualismo dentro de certos limites éticos, sem “malandragem” ou “jeitinho”, e sim com amplo respeito ao império das leis. Os empreendedores fizeram esta nação, em um ambiente amigável a eles, e não hostil como no Brasil, que trata o sucesso individual como pecado e adora a vitimização.

Com Obama, as coisas mudaram para pior aqui, mas a cultura capitalista sobrevive. Os americanos nunca olharam para o governo, historicamente falando, como solução para tudo. Na maior parte das vezes, ele era o problema. Liberdade com responsabilidade individual e punição severa para quem descumpre as regras do jogo: eis o modelo que funciona. É por isso que posso deixar meu carro na rua e minha porta de casa destrancada, ou voltar de um jantar às 23h com o vidro do carro aberto sem preocupação.

Leia mais aqui.

É preciso ser intransigente com aumento de impostos. Ou: Ajuste fiscal só é aceitável com corte de gastos

Há um consenso entre os economistas sobre a rigidez dos gastos públicos como um grave problema na hora dos ajustes fiscais necessários. Como boa parte do que se gasta é vinculado a regras rígidas ou programas sociais, o que vemos é o governo gastar muito em época de bonança e, na crise, jogar a fatura nas costas dos pagadores de impostos. O ajuste fiscal de Joaquim Levy não foge à regra.

Em evento ocorrido nesses dias, economistas sérios ligados ao PSDB apontaram novamente para o problema. A necessidade de se flexibilizar os gastos públicos e se adotar reformas estruturais é urgente. Mas creio que esses economistas pecam no excesso da própria flexibilidade, ou seja, são pouco intransigentes com esses governos perdulários e com esse “pacto social” insustentável.

Eles apontam na direção correta, que é a redução dos gastos públicos, mas parecem aceitar com algum grau de fatalismo a imposição de maiores impostos como única saída “realista” em tempos de crise. Por isso alguns deles se recusam a criticar Levy: porque fariam coisas parecidas se estivessem na equipe econômica. Aumentar impostos, já que é a única forma “viável” hoje, passa a ser a saída adotada, mesmo por economistas “acusados” de liberais.

Em reportagem do Estadão podemos ver essa postura. Samuel Pessôa e Mansueto Almeida são bons economistas, críticos severos da gestão petista. Mas parecem aceitar com certa naturalidade o resultado dessas más políticas:

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Em reportagem no Valor, a mesma mensagem:

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Eles estão certos: a rigidez dos gastos é um problema sério, e é fundamental atacar o problema em sua raiz. Dito isso, creio que esses economistas deveriam adotar uma postura intransigente com o aumento de impostos. É simplesmente indecente, imoral e ineficiente subir mais a nossa carga tributária, que já é escandinava apesar dos serviços africanos. Não podemos aceitar de forma negligente que, por conta da rigidez dos gastos, vamos sempre resolver as trapalhadas dos governos perdulários subindo impostos.

Podem me acusar de ser um economista liberal radical, ou de demonstrar pouco pragmatismo diante da situação real que se apresenta. Mas acho que é justamente essa conivência velada dos economistas “liberais” que permitiu até aqui o aumento crescente da carga tributária, sem nada em troca. Até quando vamos engolir “ajustes fiscais” que significam somente mais impostos? Chega!

Se o preço a se pagar for uma “crise aguda”, que paguemos esse preço, pois quem sabe assim se compreenderá de uma vez por todas que é preciso flexibilizar e cortar drasticamente os gastos públicos, aprovar reformas estruturais e rever o “pacto social” desse modelo inchado de estado?

Rodrigo Constantino

 

Prende e solta: Rio precisa de Tolerância Zero aos pequenos delitos!

Aterro do Flamengo dominado por vagabundos e marginais. Fonte: GLOBO

Muitos sociólogos querem tratar o crime só como uma questão social, como se a pobreza levasse automaticamente o sujeito a uma arma para ameaçar a vida alheia. As soluções propostas são sempre amenas e parecem tratar o bandido como a vítima. Com prisões cheias e um governo corrupto e incompetente que não investe o suficiente nisso, a saída é prender menos, adotar penas alternativas, tornar o galalau inimputável. O resultado é mais criminalidade.

O caso do Aterro do Flamengo, que ganhou os jornais esses dias, merece menção. Vários marginais que assaltavam no Centro iam para lá, e ficavam com tranquilidade, à luz do dia, por ali. A indignação da população local foi tanta que a polícia teve de agir. Prendeu quase 40, mas só um continua preso. É o prende e solta, reconhecido pelas próprias autoridades: não adianta chamar a polícia que eles logo estarão de volta às ruas, após debocharem do próprio policial que os prendeu.

Ao comentar na segunda-feira o fato de integrantes da gangue do Aterro terem sido soltos, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que o problema envolve questões legais e sociais, porque moradores de rua e usuários de droga também ocupam o parque.

— É pega e solta, pega e solta. Esses caras têm faca. Tudo bem. Não tem problema nenhum. Ele vai numa ferragem aqui na esquina e compra uma faca muito boa. Se isso não é condição para ele responder perante o estado, de uma maneira exemplar, então, pensem bem antes de chamar a polícia — disse. — Em determinados horários, há uma verdadeira legião de pessoas que se acomodam ali, para dormir ou se drogar. Quando acordam, têm fome e buscam uma solução para o seu problema.

E tudo isso é visto com a maior naturalidade! Eis o nosso grande problema. Aqui na Flórida, especialmente em Weston, uma cidade pacata, já cruzei com a polícia algumas vezes. Os carros circulam pelas ruas, mas no geral ficam na deles. Não há Lei Seca, você pode tomar seu vinho em paz e voltar para casa dirigindo, como deveria ser em qualquer país civilizado. Mas ai de você se demonstrar alguma atitude suspeita…

A polícia brota do nada, vários carros! A sensação é de segurança justamente porque os pequenos delitos não são tolerados. Não se vê marginais nas ruas, “craquentos” dormindo na praça pública com porretes ou facas. Isso seria impensável aqui. Um Fernando Haddad que quisesse tratá-los como cidadãos dignos jamais seria eleito.

Nem sempre foi assim. Na Nova York dos anos 1980, por exemplo, ninguém podia pegar o metrô de noite ou caminhar pelo Central Park em paz. O clima era de medo, insegurança. Mas Rudolph Giuliani encampou a teoria da “janela quebrada”, ou seja, a tese de que os pequenos delitos precisam ser severamente punidos ou impedidos, para não permitir uma bola de neve que leva ao ambiente de anomia, de terra sem lei.

A teoria da “janela quebrada” foi desenvolvida por James Wilson e George Kelling. Eles argumentaram que o crime é um resultado inevitável da desordem, e que se uma janela é quebrada propositalmente e deixada desta forma, as pessoas irão concluir que ninguém liga e ninguém está no comando. Em breve, mais janelas estarão sendo quebradas, até se instalar um senso de anarquia, enviando um sinal perigoso aos potenciais vândalos. Pequenos atos levariam a resultados de grande proporção.

Para a sorte dos ianques, os responsáveis pela segurança da cidade acreditaram neste tese, e iniciaram um programa radical de limpeza do crime. O foco não estava em amplos programas, abstratos e ineficientes, mas sim nos pequenos delitos. Começaram os trabalhos pelo metrô, num árduo esforço de manter os vagões livres do grafitismo. O resultado foi excelente, e em poucos anos as taxas de criminalidade já tinham caído abruptamente.

Os sociólogos de esquerda estão errados. Precisam parar de tratar com condescendência os marginais que, além de estragarem suas próprias vidas, querem estragar a dos outros, cidadãos ordeiros e trabalhadores. Precisam parar de defender esmolas estatais para vagabundos. Precisam incentivar e enaltecer o comportamento adequado, não o marginal. E precisam entender que a vista grossa de hoje é paga com o sangue de amanhã. Quem poupa o lobo mata as ovelhas, sabia Victor Hugo.

Se desejamos um clima de maior segurança no Rio e no Brasil como um todo, então é fundamental punir os pequenos delitos. Prender bandido e logo depois soltá-lo é um convite ao crime. A sensação que fica é de impotência, de impunidade, de anomia. O cidadão correto vai se retraindo, se aprisionando em sua própria casa, enquanto as ruas vão sendo tomadas pelos marginais. Até quando vamos permitir isso? Até quando vamos dar ouvidos a esses sociólogos que parecem se identificar mais com o algoz do que com a vítima?

Rodrigo Constantino

 

 

Empreendedorismo muda mais vidas do que educação

Esse seria um excelente lema para o governo

Por Bernardo Santoro, publicado noInstituto Liberal

Uma importantíssima reportagem do Jornal O Globo passou despercebida, ou não teve a ênfase que merecia, muito porque de certa forma desconstrói um dogma muito arraigado no Brasil.

De acordo com pesquisa realizada pelo IPEA, ter talento, empreender, achar um nicho de mercado ou inventar um novo produto são qualidades mais importantes que a educação formal propriamente dita. E o estudo aprofunda essa questão, ao afirmar que educação voltada para si própria, como mestrados e doutorados focados em área acadêmica, são tão importantes no enriquecimento quanto terminar o ensino médio.

Se formos analisar criticamente o debate político nacional, podemos afirmar sem medo de errar que os professores ganharam o debate político sobre a educação como meio de ascensão social. Não há voz, seja na direita ou na esquerda, que discorde desse posicionamento ou apresente alguma outra luz sobre o tema.

E o que é pior: a educação no Brasil se tornou um paradigma sobre como essa atividade pode ser apenas um fim em si mesmo, e não um meio para se qualificar para o mercado e para maximizar os dons do educado para empreender junto à sociedade.

O que mais se vê é a compra do discurso de que “educação não é mercadoria”, ou “educação deve ter pensamento crítico”, e o pior de todos, “educação não é pra treinar mão-de-obra para o capital”. Na verdade, educação é o contrário do que esse discurso tosco de esquerda tenta impor sem contraponto.

Educação é mercadoria sim, que deve ser comprada e vendida na maior quantidade possível pelo maior número de ofertantes, para que esse educação seja de qualidade e acessível a todos, ainda que subsidiada pelo Governo através de vales-educação.

Educação não deve ter conteúdo ideológico, devendo ser transmitido ao aluno o conhecimento com a maior depuração possível e apresentando-se todas as teorias acerca de determinado fato histórico, filosófico ou científico.

Educação é pra treinar mão-de-obra sim, seja como empregado, seja como empregador, especialmente educação básica, pois educação foi feita para garantir ao educado um meio de sobrevivência e autossubsistência.

Está na hora de empreendedorismo e educação se reencontrarem, com o currículo educacional se preocupando primariamente com a independência do educado, e garantindo a ele a expertise para se adequar ao mercado de trabalho, seja como empreendedor, gerando empregos, tributos e lucros, seja como empregado, provendo na ponta da atividades os bens e serviços necessários para toda a população crescer economicamente e ser mais feliz. E que haja ainda a liberdade educacional para, caso assim a pessoa deseje e possa bancar, focar na educação como um fim em si mesmo, mas sem dinheiro público envolvido em lavagem cerebral política de larga escala, como ocorre hoje nos colégios e universidades do Brasil.

(Por Bernardo Santoro)

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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