Café: Mercado em NY avança quase 300 pts nesta 6ª feira e encerra semana atento a colheita do Brasil
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (8) com valorização de quase 300 pontos nos principais contratos e estenderam os ganhos da sessão anterior ainda com recompras técnicas, desta forma importantes resistências foram reconquistadas durante o pregão.
O vencimento maio/15 encerrou a sessão com 132,90 cents/lb e alta de 205 pontos, o julho/15 registrou 134,65 cents/lb e 295 pontos e o setembro/15 teve 137,35 cents/lb com avanço de 285 pontos. O vencimento dezembro/15 fechou o dia com 141,40 cents/lb e 275 pontos de valorização.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, para a semana vindoura é possível que este comportamento persista e desta forma, ao que parece, o campo positivo deverá continuar a prevalecer num horizonte de curto prazo.
Segundo informações de agências internacionais, na sessão de hoje a indústria torradora aproveitou as recentes quedas para entrar de vez no mercado. Na quarta-feira, os contratos com entrega para julho/15 fecharam nos níveis mais baixos em quase dois meses.
Outro fator que também contribuiu para o avanço nas cotações do arábica foi a valorização da moeda brasileira ante o dólar durante o dia.
Segundo informações do Conselho Nacional do Café (CNC), nesta semana, a proximidade da colheita brasileira e a multiplicidade de estimativas de safra sem embasamento de campo, que mostram uma recuperação fora da realidade dos volumes a serem colhidos no País, pressionaram as cotações futuras do café arábica. A retomada do movimento de valorização do dólar ante o real também auxiliou nas perdas dos preços futuros da variedade.
Na segunda-feira, a Volcafe estimou que o País deve ter colheita de 51,9 milhões de sacas de 60 kg. A divisão de café da trading ED&F Man citou que as chuvas em fevereiro e março melhoraram as condições das lavouras do País.
Cafeicultores, por sua vez, acreditam em colheita de no máximo 45 milhões de sacas devido as intempéries climáticas de 2014.
Exportações Cecafé
O mês de abril apresentou uma receita de US$ 500,227 milhões, valor 7,4% menor que o registrado em 2014. Em termos de volume, o total exportado foi de 2.999.431 sacas, 3,8% mais baixo que no ano passado.
Entretanto, no acumulado de janeiro a abril deste ano houve um incremento de 23,8% na recita em relação a 2014, fechando em US$ 2,207 bilhões. Já o volume apresentou alta de 2,6% na mesma base comparativa e é o maior dos últimos 5 anos, destacando-se o incremento de 138% no embarque de café conilon. Foram exportadas 11.910.151 sacas (verde, torrado & moído e solúvel). As informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, se o ritmo das exportações for mantido o país terá novo recorde nas vendas.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil a paradeira é grande. Segundo analistas, os preços continuam ruins e, em alguns casos, não remuneram nem os custos de produção.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nas cidades de Guaxupé-MG e Espírito Santo do Pinhal-SP com saca cotada a R$ 500,00 - estaveis. A variação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas-MG e Varginha-MG com alta de 1,05% e saca cotada a R$ 479,00 na primeira e R$ 480,00 na segunda.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 500,00 a saca - estável. A maior oscilação ocorreu em Franca-SP onde a saca avançou 2,22% para R$ 480,00.
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com R$ 470,00 a saca - estável. A maior variação no dia também foi em Franca-SP onde a saca avançou 2,27% e está cotada a R$ 450,00.
Na quinta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,44% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 421,97.
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