Café: Bolsa de Nova York opera no campo misto nesta manhã de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo misto nesta manhã de terça-feira (28) após a forte queda da sessão anterior.
Por volta das 10h17, o contrato maio/15 anotava 136,65 cents/lb com alta de 55 pontos, o julho/15 registrava 136,80 cents/lb com recuo de 25 pontos, o setembro/15 tinha 139,60 cents/lb com 20 pontos negativos e o vencimento dezembro/15 operava com 143,25 cents/lb e 50 pontos de desvalorização.
Na segunda-feira, o mercado caiu com a repercussão de estimativas privadas otimistas para a safra brasileira 2015/16 que começa a ser colhida nos próximos dias, fatores técnicos também pressionaram o mercado.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Arábica desaba 500 pts na Bolsa de Nova York nesta 2ª feira com estimativas de safra otimistas para o Brasil
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciaram esta semana com forte queda, mais de 500 pontos nos principais contratos nesta segunda-feira (27). As estimativas privadas otimistas, segundo analistas, para a safra brasileira 2015/16 que começa a ser colhida nos próximos dias e fatores técnicos pressionaram o mercado.
O contrato maio/15 anotou 136,10 cents/lb com queda de 505 pontos, o julho/15 fechou o dia com 137,05 cents/lb e desvalorização de 510 pontos e o setembro/15 teve 139,80 cents/lb com 500 pontos negativos e o vencimento dezembro/15 registrou 143,75 cents/lb com recuo de 490 pontos.
Para o analista de mercado João Santaella, a forte queda nas cotações do café arábica hoje foi motivada pela repercussão entre os operadores da divulgação de recentes estimativas privadas que apontam bom potencial produtivo das lavouras do Brasil nesta temporada.
Na semana passada, a trading Mercon Coffee, em seu relatório de abril, estimou que a safra brasileira de café do Brasil em 2015/16 será de 50,3 milhões de sacas.
Já a corretora americana Marex Spectron estima que a safra mundial de café registre déficit de cerca de 2,59 milhões de sacas nesta temporada, menos que em 2014/15.
Para a empresa, a oferta mundial da commodity deve ficar em torno de 149 milhões de sacas. Deste total, o Brasil deve ser reponsável por produzir 49 milhões. E estima-se que a demanda gire em torno de 151,6 milhões de sacas.
"Os níveis de produção do Brasil de 2014 e 2015 aparentemente estarão no mais alto patamar das estimativas, enquanto que o mercado refletia exatamente o contrário", disse a Marex que ainda ressalta os bons volumes exportados pelo País nos últimos meses. As informações partem da agência de notícias internacionais Bloomberg.
» Café: Corretora americana estima déficit mundial de 2,6 milhões de sacas em 2015/16
Segundo Santaella, essas previsões de safra destoam completamente da realidade vista nas lavouras do Brasil. "Para mim, eles estão superestimando a safra brasileira, acredito que a colheita deva ficar em torno de 43 a 45 milhões de sacas. No máximo 48 milhões, como apontou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)", explica o analista.
Os cafeicultores no Brasil também relatam que a colheita deve ser de no máximo 45 milhões de sacas uma vez que os cafezais ficaram extremamente debilitados em decorrência das intempéries climáticas de 2014, e que a melhora das condições no início deste ano apenas estancou os problemas.
O Escritório Carvalhaes, em seu informativo mais recente divulgado na sexta-feira passada, relatou a situação complicada para suprir a demanda que o Brasil pode vir a passar ainda nesta temporada devido aos sérios problemas climáticos em 2014 e o bom volume exportado no decorrer deste ano. "O Brasil terá de atender seus compromissos de exportação e consumo interno, cerca de 55 milhões de sacas, com a safra que começamos a colher neste mês de abril", aponta.
Na semana passada, estimativas privadas com números parecidos para a colheita no Brasil entre 49 e 50 milhões de sacas de 60 kg também movimentaram um pouco o mercado e fizeram os futuros registrar intensa volatilidade.
Informações que partem de agências internacionais também informam movimento técnico nesta segunda-feira, com especuladores e fundos liquidando posições. Após o rompimento do nível de US$ 1,40 logo pela manhã vários stops foram acionados, ajudando a ampliar o quadro negativo.
Mercado interno
No Brasil, as praças de comercialização seguiram Nova York e registraram queda ou permaneceram estáveis nesta segunda-feira. Segundo analistas, o setor produtivo não se intimida com as baixas externas e deixa as praças em um grande vazio de ofertas e expectativas, poucos negócios são concretizados.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nas cidades de Espírito Santo do Pinhal-SP e Fraca-SP com saca cotada a R$ 500,00 e estáveis. A maior variação no dia foi em Guaxupé-MG que teve baixa de 5,83% e a saca está cotada a R$ 485,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 485,00 a saca e queda de 6,73%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca-SP, onde a saca recuou 8,00% e vale R$ 460,00.
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com R$ 470,00 a saca e baixa de 2,08%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Guaxupé-MG com recuo de 6,52% e saca valendo R$ 430,00.
Na sexta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,82% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 442,68.
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