Caminhoneiros voltam a bloquear rodovias do RS, PR, MT, SC e SP nesta quinta-feira (23)
Protestos interrompem fluxo de caminhões em 14 pontos de rodovias no país
SÃO PAULO (Reuters) - Protestos interrompem o fluxo de caminhões em 14 pontos de rodovias federais no Brasil, todos eles em Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, informou a Polícia Rodoviária Federal em relatório.
Os motoristas pedem o tabelamento do preço do frete, em meio a um excesso de oferta de caminhões que reduziu os valores pagos pelo transporte nos últimos meses.
(Por Gustavo Bonato)
Na Reuters: Protestos bloqueiam tráfego de caminhões em rodovias do país
SÃO PAULO (Reuters) - Protestos de caminhoneiros bloqueiam o fluxo de caminhões em diversos pontos de rodovias do país nesta quinta-feira, após uma reunião entre representantes da categoria e o governo federal terminar sem acordo na quarta-feira.
Os motoristas pedem o tabelamento do preço do frete, em meio a um excesso de oferta de caminhões que reduziu os valores pagos pelo transporte nos últimos meses.
Na BR 163, em Mato Grosso, importante rota de escoamento de grãos da principal região produtora do país, havia três bloqueios no início desta manhã, um em Lucas do Rio Verde e dois em Rondonópolis.
Apenas veículos de passeio, ambulâncias e caminhões com cargas vivas podem passar livremente. Não há previsão para liberação da via, informou a concessionária Rota do Oeste.
No Paraná há quatro pontos de bloqueio para caminhões: na BR 277 em Medianeira e em Laranjeiras do Sul, na BR 376 em Marialva e na BR 163 em Capitão Leônidas Marques. Os veículos de carga estão sendo forçados pelos manifestantes a sair da rodovia e estacionar em postos de combustíveis, informou a Polícia Rodoviária Federal.
No Rio Grande do Sul, onde a colheita da soja está na fase final e onde o escoamento da safra é intenso, há cinco pontos de bloqueios. Os municípios afetados são Ijuí (BR 285), Três Cachoeiras (BR 101), Soledade (BR 386), Veranópolis (BR 470) e Frederico Westphalen (BR 386).
Houve registro de apedrejamento de caminhões que tentaram furar os bloqueios, informou a Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul.
Protestos de caminhoneiros em fevereiro e início de março paralisaram dezenas de rodovias, afetando exportações brasileiras e a movimentação de cargas no país, com reflexos negativos para a economia.
Aqueles protestos geraram prejuízo de cerca de 700 milhões de reais para a indústria de carnes de aves e suínos, com os bloqueios de rodovias paralisando abates e afetando o transporte de insumos e produtos.
"Os representantes do governo disseram que há empecilhos jurídicos para uma tabela impositiva (de frete), e a categoria não quer uma tabela apenas referencial", disse na quarta-feira o representante dos caminhoneiros autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, após reunião em Brasília.
As indústrias que contratam frete, especialmente aquelas que trabalham com produtos agrícolas, são contrárias a um tabelamento e sugeriram a criação de uma bolsa de fretes para dar transparência ao setor.
As empresas que precisam transportar cargas defendem que o tabelamento de fretes, além de ser inconstitucional, contraria a livre concorrência e a livre iniciativa, e poderia elevar a inflação.
(Por Gustavo Bonato)
No G1 RS: Caminhoneiros voltam a bloquear rodovias do RS
Os caminhoneiros retomaram na manhã desta quinta-feira (23) os protestos em estradas do Rio Grande do Sul. De acordo com as polícias rodoviárias, ao menos seis rodovias tinham sete trechos com manifestações até as 10h15. Destas, cinco são federais e uma estadual (veja a lista abaixo).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios ocorrem na BR-386, em Soledade, na BR-101, em Três Cachoeiras, na BR-470, em Veranópolis, na BR-285, em Ijuí, na BR-472, em Santa Rosa, e ainda na BR-386, em Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) informou um ponto de manifestação na ERSC-287, em Venâncio Aires.
Motoristas de carga estão sendo obrigados a parar pelos manifestantes em todos os pontos de protestos. No bloqueio de Soledade, no km 243 da BR-386, mais de 20 caminhões que tentaram furar o bloqueio foram apedrejados, segundo a PRF. O policiamento está sendo reforçado nos locais onde há manifestação para negociar a liberação das rodovias.
Leia a notícia na íntegra no site do G1.
No G1 PR: Caminhoneiros protestam no Paraná para exigir valor mínimo de fretes
Caminhoneiros causam lentidão em pelo menos duas rodovias do Paraná desde a madrugada desta quinta-feira (23) para exigir a fixação de um valor mínimo de fretes para a categoria. Os protestos também são realizados em outros estados brasileiros e ocorrem após uma reunião para discutir o assunto em Brasília com representantes dos caminhoneiros e do governo federal e que terminou sem acordo, na quarta (22). De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, o tabelamento é impraticável devido a diferenças na qualidade das estradas e nos tipos de cargas transportadas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os pontos de protestos até as 6h40 eram na BR-277 em Medianeira, no oeste, e na BR-376, em Marialva, no norte do estado. Os bloqueios são parciais e os demais veículos estão sendo liberados. Os caminhoneiros estacionaram os veículos no acostamento das rodovias e protestam com faixas e cartazes. Em Medianeira, são cerca de 50 caminhões parados.
Na BR-277, Em Irati, na região centro-sul do estado, também houve bloqueio durante a madrugada. Contudo, segundo a PRF, a chuva fez com que os manifestantes de dispersassem.
Leia a notícia na íntegra no site do G1 PR.
No G1 MT: Caminhoneiros voltam a bloquear trechos de rodovias em Mato Grosso
Caminhoneiros voltaram a bloquear três trechos de duas rodovias de Mato Grosso nesta quinta-feira (23) em Rondonópolis e Lucas do Rio Verde. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é permitida a passagem apenas de carros de passeio, ônibus, ambulâncias e veículos oficiais. De acordo com a PRF, o primeiro bloqueio começou ainda na madrugada na região de Lucas do Rio Verde, na BR-163 no km 686.
Os outros dois bloqueios são registrados no entroncamento da BR-364/BR-163 (km 120/ km 200) em Rondonópolis e no km 206 da BR-364 na saída de Rondonópolis para Cuiabá. A manifestação segue tranquila e não há informação de congestionamentos nesses trechos.
A decisão partiu após reunião da categoria com o Governo Federal nesta quarta-feira (22). Os representantes dos caminhoneiros não concordaram com a proposta do governo, apresentada pelo ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, de criar uma tabela referencial, que apenas sugira o preço do frete, ao invés de uma tabela impositiva, que determine o preço mínimo do frete.
Leia a notícia na íntegra no site do G1 MT
No G1 SC: Caminhoneiros se concentram às margens de rodovias em SC
Caminhoneiros estão desde a madrugada desta quinta-feira (23) às margens de rodovias no Oeste de Santa Catarina para protestar após categoria não chegar a um acordo com o governo federal sobre o valor do preço mínimo do frete no país. Esta foi uma das principais reivindicações do movimento de caminhoneiros que tomou conta do país em fevereiro deste ano, bloqueando estradas e causando, inclusive, desabastecimento em algumas regiões.
A primeira concentração registrada foi em São Miguel do Oeste, por volta da 0h. Um grupo de pessoas ligadas aos movimento chegou a solicitar a adesão de motoristas de caminhão, interceptando veículos, mas a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) impediu.
"Nós faremos um trabalho de garantia da legislação de trânsito. Mesmo nos acostamentos, o estacionamento é proibido. Os veículos devem ter seu direito de ir e vir garantido. Eles [caminhoneiros] têm o direito de manifestar, desde que não haja bloqueios nas rodovias", disse o comandante Laerte Bieger.
Veja a notícia na íntegra no site do G1 SC
SP: Caminhoneiros esperam em Ribeirão por frete que compense volta pra casa
Caminhoneiros estão parados em postos e estradas da região de Ribeirão Preto (SP) aguardando uma maneira de voltar para casa sem ficar no prejuízo. Eles reclamam que, além da baixa oferta de fretes, as propostas que aparecem não pagam o suficiente para compensar os gastos com a viagem de retorno.
Além da incerteza sobre quando vão voltar para casa, os motoristas dizem estar economizando com itens de primeira necessidade devido ao acúmulo de despesas causado pela espera.
"Difícil até para ficar estacionado, porque se tu não paga o estacionamento não fica. Hoje, por exemplo, se tu não paga ou não colocar uma cota de óleo de abastecimento no seu caminhão tu não tem onde ficar, tu não tem onde tomar banho de graça", afirma o caminhoneiro Joel Corrêa.
Confira a notícia na íntegra no site do G1 Ribeirão e Franca
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