Em Goiás, chove bem e lavouras da safrinha de milho se desenvolvem bem; preços têm variado entre R$ 21 e R$ 23/saca
As chuvas no estado de Goiás tem favorecido o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha, mesmo com o atraso no plantio do grão.
Os preços atrativos durante o mês de março, impulsionados pelo dólar, deram confiança aos produtores em investir na cultura do milho de inverno, pois isso algumas lavouras foram cultivadas no inicio de abril - fora da janela ideal de plantio.
Segundo Cristiano Palavro, assessor técnico do sistema Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), a expectativa até o momento é que as lavouras alcancem produtividade de 6.500 kg por hectare, com "70% da área recebendo bom volume de chuvas", ressalta.
Com a confirmação da boa produção da safrinha, os preços devem sofrem pressão de baixa a media que a colheita se aproxime, "mas acreditamos que neste ano teremos patamares de preços melhores que no ano passado", onde foi preciso a intervenção da política do preço mínimo, explica Palavro.
Segundo ele, a referência nas principais praças devem se manter aos R$ 18,00/saca. Atualmente, os preços trabalham no intervalo de preço de R$ 21,00 a R$ 23,00/saca favorecendo o volume de travamentos antecipados, que já alcançou os 40%.
"Com a elevação do dólar os preços se tornaram bastante atrativos e rentáveis para o milho, então os produtores deram extensão ao plantio até um pouco fora do esperado inicialmente. Acreditávamos em uma pequena redução de área para a safrinha, mas o que temos visto é que temos um plantio acima do ano passado, e resta esperar a questão da produtividade", haja vista que houve redução de tecnologias, afirma Palavro.
Soja
Em Goiás, os preços para a saca de soja também são vantajosos e com pouca variação. Segundo Palavro, as vendas acontecem a R$ 59,00/saca e apenas um pequeno volume falta ser comercializado, "que os produtores estão aguardando novos picos de preços para vender".
Um fator que favoreceu as posições vendidas foi o fato da demora na liberação do crédito para pré-custeio. Com isso, muitos produtores tiveram que realizar vendas para conseguir um volume de capital suficiente para investir nos insumos para a safra de inverno e os acertos da safra passada.
"A preocupação é muito grande com relação à liberação do crédito pré-custeio, isso fez com que fizéssemos uma visita ao Ministério da Agricultura há duas semanas para expor a situação dos produtores, e levamos o caso de Goiás com dois anos consecutivos de quebras na produção. Então realmente na compra dos produtos os produtores ficaram descapitalizados e a liberação do crédito ficou ainda mais fundamental", conclui Palavro.
Contudo, a preocupação dos produtores no momento é quando saíra o crédito, e a qual nível de taxa de juros, para então começar seu planejamento.
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