Com apoio do PMDB, Câmara abre sigilo do BNDES
Mesmo com a escolha de Michel Temer para comandar a articulação política de seu governo, a presidente Dilma Rousseff sofreu nova derrota na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), e com o apoio maciço do PMDB -partido presidido por Temer.
Por 298 votos contra 95, o plenário da Casa aprovou uma emenda do PSDB a uma medida provisória derrubando o sigilo nos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), antiga bandeira da oposição. Dos 53 deputados do PMDB que votaram na sessão, 42 se posicionaram contra o governo, que ficou isolado ao lado do PT na tentativa de barrar a emenda tucana. A medida tem que passar ainda pelo Senado e pelo crivo de Dilma, que pode vetá-la.
Temer, que é vice-presidente da República, comanda o PMDB e foi indicado por Dilma na terça para tentar contornar a maior crise de sua gestão com o Congresso, onde sua base de apoio está desmantelada desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) derrotou o governo e o PT e se elegeu presidente da Câmara.
Embora tenha elogiado a escolha de Temer, Cunha deixou claro que não iria alterar sua linha de atuação na Câmara, o que tem incluído a aprovação de uma série de projetos contra o governo.
Nos últimos anos a oposição vem tentando criar uma CPI no Congresso com o objetivo exclusivo de jogar luz sobre as operações de financiamento do BNDES. O foco são os empréstimos ao grupo JBS-Friboi, que nos últimos tempos desbancou empreiteiras e bancos e se tornou o maior financiador das campanhas políticas, principalmente as governistas.
Outro dos focos são operações no exterior, como o repasse revelado pela Folha de S.Paulo da ordem de US$ 5,2 bilhões para a exportação de bens e serviços para Angola.
Na terça, essa comissão de investigação só não foi instalada no Senado porque o governo conseguiu convencer aliados a retirarem suas assinaturas do requerimento de criação. O BNDES sempre negou acesso a essas informações dizendo que a lei não permite que ela quebre o sigilo de seus clientes e que suas operações já são fiscalizados pelo Banco Central.
A emenda tucana determina que “não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras”.
Nesta terça-feira, primeiro dia de Temer à frente da articulação política do governo, Dilma já havia sido derrotada com a aprovação pela Câmara da proposta que libera as empresas e as estatais a terceirizarem qualquer parcela de suas atividades. O Planalto era contra sob o argumento de risco de precarização das condições trabalhistas.
Leia o conteúdo na integra no site Gazeta do Povo.
1 comentário
Ibovespa recua em dia com noticiário carregado; Vale atenua perda
Ações dos EUA fecham em alta após Fed reduzir juros
Dólar fecha estável em dia de ajustes técnicos e ruídos sobre o pacote fiscal
Taxas de juros curtas sobem após Copom e longas caem sob influência dos Treasuries
Resultado de eleições nos EUA não tem impacto sobre política monetária de curto prazo, diz chair do Fed
Milei, da Argentina, se reunirá com Trump na próxima semana nos EUA
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
298 a favor de investigar? Nossa! Pra virar a favor do governo, vão ter que aumentar os Ministérios pra quase 300... Putisgrila!!!