Santos deixa de exportar 400 mil t de soja e farelo por impacto de incêndio, diz Abiove
SÃO PAULO (Reuters) - O porto de Santos deixou de exportar 400 mil toneladas de soja e farelo de soja devido a restrições à entrada de caminhões pela margem direita, em função do incêndio em tanques de combustíveis nas proximidades da área portuária que ocorre há uma semana, afirmaram nesta quinta-feira dirigentes da Abiove, a associação que representa as indústrias de soja no país.
As restrições para levar soja até os terminais portuários ocorrem no momento do pico de escoamento de uma safra recorde de soja do Brasil.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, o maior porto do país e o mais importante para embarques de soja deveria exportar cerca de 3 milhões de toneladas em abril, uma boa parte do volume projetado para o ano todo.
Diante das restrições, a Abiove pediu autorização à Prefeitura de Santos para que a multinacional norte-americana ADM tenha autorização para receber caminhões durante o dia, em função das maiores dificuldade da companhia, pelo fato de seu terminal estar no final do porto.
"A performance do porto de Santos está prejudicada", disse o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, em entrevista à Reuters.
A soja está sendo levada para a margem direita em comboios de caminhões durante a noite, com o objetivo de minimizar perdas.
Segunda a autoridade portuária de Santos, a Codesp, os comboios da última madrugada zeraram a espera de caminhões.
(Por Josephine Mason, Caroline Stauffer e Roberto Samora)
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