Soja: Mercado fecha estável em Chicago, mas supera os R$ 74 no porto de Rio Grande
O primeiro pregão desta semana foi de volatilidade para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Com um mercado típico às vésperas da divulgação de novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os preços chegaram a registrar altas de até 11 pontos ao longo da sessão desta segunda-feira (30), no entanto, encerraram o dia com pequenos ganhos que variaram de 0,50 a 1,25 pontos.
No Brasil, o mercado parece ter acompanhado a volatilidade do dólar e fechou o dia com oscilações em quase todas as praças de comercialização no interior do país e nos portos, porém, sem uma direção bem definida.
Em Paranaguá, o preço da soja para abril/15 encerrou o dia com R$ 71,50 e baixa de 2,72%, enquanto isso, em Rio Grande, o produto com entrega maio/15 terminou os negócios com alta de 1,90% e R$ 74,90. A soja disponível, no terminal gaúcho, ficou em R$ 72,00 e a da safra nova, no Porto de Santos, valendo R$ 72,50. No interior, alta de 1,67% para as praças de Ubiratã e Londrina, no Paraná, para R$ 61,00; ganho de 1,82% para R$ 56,00 e em Jataí/GO, de 0,40% para R$ 62,00.
Dólar - Nesta segunda-feira, o dólar registrou uma sessão de volatilidade, chegou a subir mais de 1,5% nos primeiros negócios, porém, encerrou o dia com leve baixa de 0,3% em R$ 3,2317 depois, segundo analistas, de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a presidente Dilma Rousseff adotarem discursos semelhantes.
O mercado vinha trabalhando com rumores de que o dirigente da principal pasta da área econômica e Dilma estavam protagonizando novos atritos, colocando em xeque, até mesmo, a aprovação do pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo federal.
"A fala dele (Levy) e a própria presidente vindo a público acalmaram o mercado", disse o economista-chefe do banco BESI Brasil, Jankiel Santos à agência Reuters.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, o mercado ainda observa os investidores atuando com o objetivo de estarem bem poscionados antes dos números que serão divulgados nesta terça-feira, 31 de março, pelo USDA em dois importantes boletins: o de estoques trimestrais - com a posição dos volumes em 1º de março - e o que traz as primeiras projeções oficiais de área de plantio para a safra 2015/16.
A expectativa é dos traders e analistas de mercado indiquem um aumento de área para a soja na safra 2015/16, apesar de, no Annual Outlook Forum realizado pelo USDA no início do ano, a indicação do órgão foi de que poderia ser registrada uma redução no espaço dedicado à oleaginosa nesta próxima temporada.
Expectativas variam entre uma área de 34,77 milhões de hectares até intervalos entre 35,21 milhões e 35,61 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa. Porém, no fórum do USDA no início de 2015, a projeção do departamento foi de uma redução com a área de soja de 33,87 milhões de hectares da safra 2014/15 para 33,79 milhões.
Para o consultor de mercado Flávio França Jr., da Fraça Jr. Consultoria, esse é um relatório que realmente mexe com o humor do mercado, no entanto, não é definitivo, já que os primeiros boletins de acompanhamento de safras efetivos serão reportados somente em agosto. "No entanto, eles se tornam importantes ao trazerem um norte, ao mostrar um planejamento dos produtores norte-americanos", diz. E as cotações do milho, como explica o consultor, têm ganhado força com essas expectativas de redução da área.
O USDA, nesta terça, traz um outro reporte que é o de estoques trimestrais, porém, para este boletim não há tantas expectativas. Ainda segundo França, "não há grandes surpresas previstas no radar para esse boletim. Os volumes devem vir acima do registrado nesse mesmo período do ano passado e o que se espera agora são os ajustes que serão apresentados, mas não há nada de mais sendo esperado".
Veja como fecharam as cotações nesta segunda-feira:
1 comentário
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salvador reis neto santa teresa do oeste - PR
Eu só queria saber de uma coisa... por que a nossa tao famosa cooperativa de Cascavel deixou a soja fora de mercado hoje, sendo que não houve grandes oscilações significativas do mercado do dolar e muito menos em Chicago (na Bolsa)??, e ainda mais um detalhe: as demais cooperativas trabalharam o dia todo, faturando, e com preço firme.... será que está faltando cafe no bule? que é estranho é... tem acontecido com frequência..., quando não sai fora de mercado, trabalha pagando menos no balcão...
Concordo com voce, Salvador, sou cooperado de outra cooperativa no sudoeste de sao paulo, e quando deposito na cooperativa sempre perco, alem da taxa de recepção, que outras cerealistas e traders nao cobram; neste safra vendi para uma traders multinacional, sao muito mais tranquilos nos descontos.
E simples,aonde ha armazem ha ratos!
No mundo tudo é relativo!
Os desvios na Petrobrás, eram 1% para cada partido e vejam o montante do dinheiro.
Agora imagine 1% sendo cobrado a mais no recebimento de uma safra, ou em duas, ou em 30 safras.
Quando se institucionaliza, nós acostumamos com "as facadas"!!!
Salvador eu sou sócio de uma cerealista as multinacional não faz desconto na recepção do grão porque eles tem que oferece algo de vantagem para produtor nao hora da colheita porque durante ano ele nao fez nada para produtor quando produtor colher produto de baixa qualidade as multinacional apena diz que este produto ele nao tem interesse ai cerealista e cooperativa deveria fazer mesma coisa deixa de receber, sempre um produto vai ter pelo menos 1% de desconto
Desculpa salvador sobre desconto quem comentou foi paulo roberto
Dr. Valmir, o meu comentário sobre as taxas de desconto, devem existir, pois se existe um custo para a padronização do grão, cujo valor de mercado é único, é justo.
A minha colocação é que nem sempre estas taxas são cobradas "éticamente". O senhor é do elo da cadeia (recebimento), deve saber de muitos detalhes que os produtores desconhecem. Longe de eu dizer que A ou B são desonestos, pois alguém tem que pagar o lucro do outro e, segundo John Maynard Keynes:
O ESPIRITO ANIMAL MOVE OS EMPRESÁRIOS A INVESTIR.
Agricultores do meu Brasil, pensem uma coisa cooperativa paga mais impostos que qualquer outra empresa, pois, para não perder o controle sobre seus funcionários e cooperados não sonega impostos, agora as outras empresas só deus sabe o que fazem, tem muito agricultor que só deposita em algumas empresas para sonegar, o que se declara vai para cooperativa ou empresa idônea e o que se sonega vai para aquelas que oferecem tais "vantagens" .....
A imagem é definida na retina e esta transmite para o cérebro a informação, onde vão ser processadas.
A imagem pode ser diferente para diferentes cérebros. Daí surge o diferencial de COOPERATIVA e "cooperativa".
Depois da quebradeira das cooperativas que assolou o país, algumas foram absorvidas por outras cooperativas, muitas fecharam. Surgiram novas cooperativas, inclusive algumas sendo administrada pelo Staff de sua predecessora, usando as mesmas instalações físicas e os "cooperados órfãos" foram facilmente convencidos que surgiram "novos tempos".
Estou aqui, fazendo uma pintura de um quadro que minha "retina" visualiza e, também não é regra geral, pois cada região com suas peculiaridades, algumas com "mais sorte", outras com "menos sorte".
Uma pergunta que não quer calar:
As cooperativas que usam o RECOOP, quais as garantias reais que estão sendo oferecidas, não são as mesmas instalações das cooperativas que quebraram?
A tempos entrego minha soja em uma multinacional, aqui não me cobram taxa de entrega nem taxa administrativa, e a classificação e bem tranquila não a tantos descontos e geralmente se consegue um bônus entre 1.50 e 2 reais na hora da comercialização, ai vão dizer que as cooperativas dão o tal de retorno aquele dinheirinho que distribuem no final do ano, mas que ficam o ano todo trabalhando com ele. mas o que falo e´a diferença de preços praticados entre as próprias cooperativas em uma mesma região de atuação. e´ apenas uma observação de um curioso. e logico que as cooperativas tem o seu valor como instituição de regulação de mercado dando opções de renda e diversificação ao agricultor gerando emprego nas cidades onde atuam com as chamadas agroindústrias isto sem duvida e´ importante aqui no interior longe dos grandes centros.