Dificuldade na liberação de crédito para a próxima safra paralisa e atrasa comercialização de insumos
Publicado em 26/03/2015 10:42
Dificuldade na liberação de crédito para a safra 2015/16 paralisa e atrasa a comercialização de insumos, segundo a ANDAV. Recursos, que deverão ser mais limitados, estão travados e há incertezas sobre as taxas de juros do novo Plano Safra e a direção do dólar. Fertilizantes, sementes e defensivos devem ser os itens a pesarem mais no bolso do produtor. Produção de grãos deve ser a mais afetada.
A ANDAV (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários), já percebe uma redução nas comercializações dos insumos agrícolas, devido à dificuldade na liberação de crédito para a safra 2015/16, consequência da crise econômica do Brasil.
Segundo Henrique Mazotini, presidente executivo da Andav, neste período do ano a comercialização dos insumos deveria ser maior, haja vista que "nesta época do ano já havia liberação, do pré-custeio, por parte de alguns bancos", explica o presidente.
Ainda assim, os bancos já deveriam ter recebido orientações quando a porcentagem de juros que será aplicado no plano safra 2015/2016. No entanto, a expectativa é que esses juros sejam corrigidos para cima.
"Nós temos a informação do Banco do Brasil que está fazendo uma estratégia de colocar um período mínimo sobre juros. Período esse que se inicia em julho, mas não temos garantia do período e a influência que o dólar vai causar nessa situação", explica Mazotini.
No entanto, a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que não faltam recursos nos créditos agrícolas, e não faltará no plano safra 2015/2016. "Ela está afirmando que existe essa sobra, mas nós vamos aguardar a realidade", completa Mazotini.
Além disso, a Andav incentiva a campanha do seguro rural, que depende da liberação de recursos prometidos desde 2014, e espera ainda "a liberação de mais 300 milhões para o seguro rural que também não aconteceu", ressalta o presidente.
Segundo ele, o setor produtivo da Brasil é que controla a balança comercial do país, sendo assim, as políticas de incentivo precisariam ser realizadas de acordo com a importância do setor.
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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
1 comentário
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Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
Seguro rural no Brasil é estelionato puro, como em uma propriedade que nos ultimos 15 anos a menor produtividade media de soja foi de 39 sacas por ha em uma ocasião, em 2005/06, tem cobertura máxima de 27 sacos por ha?
Isso é uma piada, esse modelo de seguro tem de acabar, só prejudica o produtor, pois o Banco do Brasil condiciona a liberação do custeio de safra a fazer isso alem de outros aplicações como ourocap. Era melhor nem existir, nunca vi seguro agrícola cobrir nada.Guilherme Lamb, seguro rural é excelente negócio!!!! .........
PARA AS SEGURADORAS E PARA O BB.
Ocorre que as seguradoras são empresas do setor financeiro da economia. Vocês acham que eles erram nas contas? Se houver erro pra quem fica o prejuizo?
Não precisam responder, mas. o que voces acham de o setor agricola, exigir um seguro sobre a renda do produtor.
Está na hora do setor negociar de igual para igual. Esta modalidade de seguro não é normal, mas pode ser viabilizada e ser aplicada.
Afinal somos o celeiro do mundo, não é? Vamos exigir ferramentas para que possamos continuar na atividade.
As seguradoras são empresas como qualquer outra e visam LUCRO. Só asseguram lavouras com no mínimo três anos de cultivo, ou seja, o risco é menor. Somente onde a precipitação for a cima de 1200mm abaixo disso não fazem. Fui no BB e eles me disseram que só asseguravam quem eles financiavam, quem planta por conta não fazemos seguro, ou seja, só protegem o dinheiro deles. Seguro é bom negócio somente para eles!
Cácio, exatamente, é um bom negocio para eles, pois o seguro é meramente juros com outro nome. Pois você paga e nunca vai ter retorno desse serviço.
Sr. Paulo Roberto Rensi, o problema do Brasil é justamente que esse é mais um dos setores que não sabemos exatamente onde começa e onde termina a parte estatal e o setor privado (mais uma vitima do crony capitalism).
O que falta é livre mercado, o problema que temos é fruto da bola de neve causada pela interferencia estatal em tudo, criando problemas para vender soluções, isso tudo é repassado ao mercado.
"Exigir" ou obrigar a criação de um seguro de renda também não vai funcionar, pois quem sera reponsavel por impor isso ao mercado? o Estado, que é a causa dos nossos problemas.
Nos precisamos é de menos estado e mais livre mercado, onde as seguradoras tenham liberdade para atuar de acordo com as leis de oferta e demanda.