Em Buri/SP, colheita da soja e do milho já se encaminham para a fase final e apresentam bons índices de produtividade
Publicado em 26/03/2015 10:16
Safra 2014/15: Em Buri/SP, colheita da soja e do milho já se encaminham para a fase final e a oleaginosa registra bons níveis de produtividade, com números acima de 70 sacas por hectare. Preços têm remunerado bem os produtores com a alta do dólar, porém, variação do câmbio e instabilidade podem fazer planejamentos para a próxima temporada serem revistos.
Na região de Buri (SP), a colheita da soja e milho já tem quase 100% da sua área colhida. A produtividade da soja ficou em 4.620kg por hectare e no milho 11.400 kg/ha somando as áreas irrigadas e os sequeiros.
Segundo Frederico D'Avila, produtor rural, apesar das altas temperaturas e a falta de chuvas registradas em dezembro e janeiro, a média da produtividade das duas culturas foi satisfatória.
Além disso, muito produtores aproveitaram os picos do dólar nos últimos dias para vender sua produção. "Nós tínhamos travado somente o custo da lavoura de soja, e o excedente ficou livre para comercialização, e aproveitamos essa onda de valorização do dólar nos últimos 30 a 40 dias", explica D'Avila.
Porém, mesmo com bons preços no mercado a valorização do dólar frente ao real prejudicou o custo para a próxima safra. No adubo a alta já chega a 20% e a relação de troca passa a ficar comprometida.
A média de lucros na soja ficou em torno de R$ 59,51, mas como afirma D'Avila, esse valor não é satisfatório se o produtor adicionar os custos da safra 2015/2016.
No milho, a situação é mais preocupante já que o custo por hectare é de R$ 3.800,00 a R$ 4.000,00, com isso a margem de lucratividade na cultura é menor.
Outros custos que prejudicam os produtores são a energia elétrica e o diesel, que tinha proposta da presidente Dilma Rousseff de não subir caso ganhasse as eleições. "Como é que um caminhão que faz 2 km por litro vai arcar com os custos de um combustível que eles pagavam a R$ 1,85 e agora pagam R$ 3,00", ressalta D'Avila.
No entanto, com alerta o produtor, uma confirmação de falta de verba para os créditos rurais será ainda mais impactante no setor do que a greve dos caminhoneiros em fevereiro/março deste ano, haja vista que muitos produtores não têm recurso próprio para bancar suas lavouras.
"Nós tivemos ver manifestações por todo o país, isso se não acontecer também a adesão dos caminhoneiros juntos com os produtores", complementa.
Segundo ele, o governo conduz seu mandato com políticas de poder, acreditando que nunca saíram do governo e agindo de forma imprudente.
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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
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