Em Três Passos (RS), caminhoneiros liberam as rodovias e ainda esperam resultado da reunião em Brasília

Publicado em 04/03/2015 10:32
Em Três Passos (RS), caminhoneiros liberam as rodovias e ainda esperam resultado da reunião em Brasília. Chuvas beneficiam lavouras de soja, mas produtores devem estar atentos ao aparecimento da ferrugem asiática. Plantas estão em fase de enchimento de grãos. Saca da oleaginosa é cotada a R$ 58,50 na região. Plantações de milho apresentam boas condições. No caso do trigo, a expectativa é que haja uma redução na área cultivada.

Os caminhoneiros liberaram as rodovias na região de Três Passos (RS) na manhã desta quarta-feira (4). Por enquanto, não há uma solução ao impasse com os manifestantes, que ainda aguardam o resultado da reunião com os representantes do Governo. Depois de duas semanas de protesto, um dos setores mais afetado foi a cadeia produtiva do leite, assim como, o de proteína animal.

O engenheiro agrônomo da localidade, Diego Henrique Uroda, também destaca para a produção agrícola, em alguns lugares faltou os produtos para fazer o controle da ferrugem asiática nas lavouras de soja. “Na última segunda-feira, tivemos que andar mais de 100 km para conseguir encontrar os produtos”, ressalta.

No estado gaúcho, muitas lavouras apresentam o foco da doença, uma vez que o clima está bastante úmido e as chuvas têm aparecido com regularidade. Na região, boa parte das plantações está em fase de enchimento de grãos, com expectativa favorável em relação à produtividade, que deverá atingir entre 45 sacas até 50 sacas de soja por hectare.

“Em algumas lavouras de variedade precoce, a colheita já começou com rendimento de até 65 sacas de soja por hectare. No milho, a produção também foi surpreendente, com produtividade entre 160 sacas a 170 sacas de milho por hectare. As lavouras de milho safrinha também apresentam boas condições, assim como, o milho para a silagem”, afirma Uroda.

Preços

Em Três Passos, a saca da soja é cotada a R$ 58,50, valor abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando as cotações estavam entre R$ 65,00 a R$ 67,00, conforme sinaliza o engenheiro. “Mas temos que considerar que é uma cultura de altos custos, principalmente com insumos. Já no milho, os valores estáveis, ao redor de R$ 22,00 a saca”, explica.

Trigo

Após os prejuízos observados no ano anterior, com o excesso de chuvas, os produtores estão receosos esse ano. “O pessoal não quer fazer investimentos elevados. E os prejuízos do ano passado, também se refletiram na safra de verão, com a perda de capital. Acreditamos em uma redução na área destinada ao trigo na safra de inverno”, finaliza o engenheiro.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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