Suinocultura do RS já sofre com falta de alimento para os animais por conta da paralisação dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros afetou a suinocultura no RS, prejudicando o fornecimento de insumos e o abate dos animais. Para Valdecir Folador, presidente da ACSURS (Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), caso as paralisação se estenda por muito tempo os produtores não conseguirão fazer o abate e o desmame dos leitões essa semana. “Se você não consegue sair com o animal pronto para o abate, não desocupa a instalação para a chegada de novos leitões.”, explica.
As granjas geralmente trabalham com manejo alimentar, fornecendo alimento 3 vezes ao dia para os animais, dessa forma, o suíno não pode passar mais que 4 horas sem alimento. “Eles tem a mesma necessidade alimentar que nós seres humanos, então não há alternativa para substituir a ração”, comenta Folador.
Para ele, as paralisações prejudicam o fluxo de negócios, considerando que não é possível transportar o produto para o consumidor interno e externo. Porém, esses acontecimentos não devem afetar o preço da ração, haja vista que não há escassez de soja ou milho. Contudo, a remuneração do suinocultor pode ficar comprometida, pois as agroindústrias não possuem capacidade de armazenamento, e o produto precisa seguir o fluxo normal de comercialização para gerar renda ao produtor.
“É uma roda e prejudica desde o produtor, a agroindústria, até o consumidor final com a falta de abastecimento lá na gôndola do supermercado. E por outro lado com o consumidor acompanhando todos essas manifestações, acontece o efeito manada, a população vai até o supermercado se abastecer para não correr o risco de ficar sem alimento”, comenta.
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