Dilma se reúne com CEO da Petrobras; expectativa de saída de Graça impulsiona ações
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente da República Dilma Rousseff estava reunida com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, na tarde desta terça-feira, num encontro que dava margem a rumores sobre a troca no comando da estatal e impulsionava suas ações.
A alteração no topo da diretoria da Petrobras, no centro de um escândalo bilionário de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos, é esperada há meses, mas Dilma tem defendido a manutenção de Graça, de quem é amiga pessoal.
Mais cedo nesta terça, o site do jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sem citar fontes afirmando que Graça já teria sido informada pelo Palácio do Planalto que será substituída.
Segundo a Folha, Dilma estaria convencida de que a posição da executiva é "insustentável", após a divulgação na semana passada do balanço não auditado da companhia no terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.
A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto negou a saída da presidente da Petrobras no começo da tarde, mas isso não foi suficiente para desacelerar os ganhos registrados pelas ações da estatal na Bovespa.
Ainda de acordo com a assessoria do Planalto, Dilma e Graça estavam reunidas no fim desta tarde, mas o tema do encontro não foi revelado.
Perto do fechamento da bolsa paulista, as ações preferenciais da Petrobras disparavam mais de 14 por cento, para 9,90 reais, encostadas na máxima da sessão. O Ibovespa, que reúne os principais papéis do mercado acionário brasileiro, subia 2,72 por cento às 16h55.
(Por Jeferson Ribeiro; Reportagem adicional de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)
Planalto informou Graça que ela sairá da Petrobras, diz Folha; governo nega
(Reuters) - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi informada pelo Palácio do Planalto que será substituída, disse nesta terça-feira o site do jornal Folha de S.Paulo, sem citar fontes.
Segundo a publicação, a presidente Dilma Rousseff está convencida de que a posição da executiva é "insustentável", depois da divulgação na semana passada do balanço não auditado da companhia no terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.
O Palácio do Planalto negou a saída da presidente da Petrobras, segundo a sua Secretaria de Imprensa.
Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente a informação.
As ações da Petrobras ampliaram a alta nesta terça-feira após a notícia, chegando a subir mais cedo quase 10 por cento, no caso das preferenciais.
Às 12h21, o papel PN operava com ganhos de 8,3 por cento, cotadas a 9,38 reais, enquanto as ações ordinárias avançavam 7,7 por cento, a 9,23 reais.
No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,8 por cento.
(Por Gustavo Bonato, em São Paulo, com reportagem adicional de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro, e Jeferson Ribeiro, em Brasília)
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