Pesquisador da Epamig alerta sobre infestação atípica de Bicho Mineiro no Sul de MG
Desde 2014, o intenso calor e a estiagem prolongada têm afetado diretamente as lavouras cafeeiras: comprometimento no enchimento de grãos, baixo crescimento vegetativo e problemas no pegamento de florada. Essas condições atípicas geraram também infestações de Bicho Mineiro (Leucoptera coffeella) acima da média em janeiro de 2014, e o problema voltou a aparecer após o veranico observado em janeiro de 2015, no sul de Minas Gerais.
O alerta é do pesquisador da Epamig, Júlio César Souza, que acompanha a infestação desta praga há 43 anos no Estado. No Sul de Minas, maior região produtora de café do País, as infestações costumam ser leves, devido ao clima ameno e chuvoso. No entanto, as condições adversas trazem preocupações: “Os produtores do Sul de Minas não estavam acostumados com a infestação de Bicho Mineiro em janeiro. Ela veio de forma atípica”, aponta o pesquisador.
Apesar da situação, Júlio César afirma que essa infestação não significa, necessariamente, prejuízos aos cafeicultores. O pesquisador observa, após viagens em lavouras da região e conversas com produtores e técnicos, que as folhas minadas não estão caindo. Elas estão se mantendo graças ao intenso fluxo de seiva na planta e, dessa forma, continuam a realizar a fotossíntese e a contribuir para o crescimento vegetativo.
Com isso, Júlio César sugere aos cafeicultores que façam o monitoramento dos talhões e, se necessário, o controle químico via pulverização com um inseticida eficiente. “Nessa época a planta está vegetando intensamente, as folhas minadas não cairão e as novas folhas serão emitidas sem nenhum ataque de Bicho Mineiro, interiorizando as folhas minadas”, aponta o pesquisador.
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