Em Tangará da Serra (MT), produtores iniciam a colheita da soja com produtividade irregular
Na região de Tangará da Serra (MT), os produtores rurais iniciaram a colheita da soja da safra 2014/15. E, por enquanto, a produtividade das lavouras tem sido irregulares devido ao clima desfavorável. Algumas áreas registraram rendimento médio entre 50 a 55 sacas por hectare, porém, em outras, a produtividade está abaixo de 40 sacas por hectare. Em todo o estado, cerca de 7,7% da área cultivada foi colhida, conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Segundo o delegado da Aprosoja na região, Clóvis Félix de Paula, o clima permanece irregular e continua sendo uma preocupação dos agricultores. Além disso, há uma apreensão por parte dos produtores rurais que, as chuvas que faltaram ao longo do desenvolvimento da cultura, possam retornar à região no momento da colheita do grão.
“Temos previsões a partir do dia 15 de fevereiro, auge da colheita da soja na nossa região, caso sejam confirmadas, poderemos atrasar a colheita da oleaginosa e o próprio plantio do milho safrinha”, explica o delegado da Aprosoja MT.
Pragas
Em relação à sanidade das lavouras, o delegado da Aprosoja destaca que, com o clima mais seco, os produtores conseguiram fazer o controle das pragas. “Nesta temporada, não tivemos grandes problemas com as pragas, a grande preocupação é o clima mesmo”, afirma de Paula.
Comercialização
Diante da recente queda dos preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) e também do dólar, as cotações recuaram na região de Tangará da Serra. Com os valores abaixo de R$ 50,00 a saca, os negócios estão lentos e os produtores aguardam uma melhora nos preços para voltar à comercialização, conforme destaca o delegado.
“Esse patamar não cobre os custos de produção, consequentemente, os agricultores seguram as vendas. Até que os números de produtividade no Brasil reflitam no mercado. Teremos que esperar para que os valores mudem e voltemos aos negócios”, ressalta de Paula.
Até o momento, cerca de 40% da produção da localidade foi negociada antecipadamente, contra 60% registrado no mesmo período do ano anterior.
Milho safrinha
Com a proximidade do plantio da safrinha, se confirma a projeção de redução na área cultivada com o grão em torno de 20%. Cenário decorrente do atraso na semeadura da soja, que estreitou a janela ideal de plantio da segunda safra. Já em relação aos preços, na região, os contratos para a safrinha chegaram até a R$ 16,00 a saca em novembro.
“Porém, em dezembro e janeiro, as cotações recuaram para R$ 14,00 a R$ 14,50, valores que não atraem os produtores a realizarem mais negócios. Mas, ainda assim, os valores são melhores do que os observados no ano passado, quando as cotações estavam abaixo do preço mínimo. Se tivermos a confirmação desse cenário, de redução de área, acredito que possamos continuar com os atuais patamares até o segundo semestre”, diz de Paula.
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