Mercados das commodities caem com expectativa de menor crescimento global
Por Claire Milhench
LONDRES (Reuters) - O cobre e outros metais básicos foram atingidos por grandes vendas nesta quarta-feira, num dia em que os preços do petróleo e do minério de ferro também estão pressionados, após o Banco Mundial reduzir sua previsão de crescimento global devido a perspectivas econômicas decepcionantes na Europa e na Ásia.
O contrato futuro referencial do cobre, muitas vezes visto como um barômetro da saúde industrial, caiu mais de 6 por cento para menos de 5,5 mil dólares a tonelada --nível visto pela última vez em 2009.
"Parece ser um movimento exagerado", disse o gerente do fundo Prim Commodities, notando que o cobre está sendo particularmente afetado porque é uma das commodities mais sensíveis ao crescimento econômico.
As vendas também afetaram outros metais, como o chumbo, que atingiu mínimas de 30 meses, enquanto o zinco e o alumínio recuaram para mínimas de nove e de oito meses, respectivamente.
Os preços do petróleo Brent também permanecem sob pressão, atingindo na mínima do dia 45,59 dólares por barril, uma queda de quase 60 por cento desde junho passado. A commodity tinha um dia volátil nesta quarta-feira.
Nos mercados de carvão, os contratos europeus mais curtos caíram cerca de 25 por cento nas últimas oito semanas, para 57,70 dólares a tonelada, com o excesso de oferta e a desaceleração da demanda.
O Banco Mundial cortou sua previsão de crescimento global para 2015 para 3 por cento, ante 3,4 por cento, e sua previsão de 2016 para 3,3 por cento, ante 3,5 por cento.
A instituição citou as perspectivas econômicas decepcionantes na zona do euro, Ásia e algumas das principais economias emergentes, como Brasil e Rússia.
O preço do minério de ferro também caiu levemente nesta quarta-feira no mercado à vista da China, para 67,80 dólares por tonelada, operando um pouco acima da mínima de mais de cinco anos de 65,60 dólares por tonelada, registrada em 23 de dezembro.
O Citigroup cortou sua previsão para o preço do minério de ferro em 2015 para 58 dólares a tonelada, ante 65 dólares, citando um declínio em custos de produção. O banco também reduziu a projeção para 2016, a 62 dólares, ante 65 dólares.
(Com reportagem de Manolo Serapio Jr, em Cingapura)
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