Milho: Frente ao fraco desempenho das exportações semanais, mercado recua pelo 3º dia consecutivo
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram os ganhos e voltaram a trabalhar do lado vermelho da tabela. Por volta das 12h58 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 2,00 e 2,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,94 por bushel.
Pelo terceiro dia consecutivo, as cotações do cereal recuam no mercado internacional. Segundo informações das agências internacionais, os preços do milho refletem o fraco desempenho das vendas para exportação. Conforme boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as vendas ficaram em 387.600 mil toneladas até a semana encerrada no dia 1 de janeiro.
O volume representa um recuo de 57% em relação à semana anterior, na qual, foram exportadas 895 mil toneladas do cereal. Em comparação com a média das últimas quatro semanas, o número representa uma diminuição de 63%. Como principal destino do milho norte-americano está o México, com a aquisição de 251.300 mil toneladas do grão.
Paralelamente, os investidores também observam as projeções para a safra norte-americana do grão nesta temporada. Essa semana, a Informa Economics indicou a produção dos EUA em 366,42 milhões de toneladas do grão, contra 365,97 milhões de toneladas estimadas pelo USDA. O órgão atualiza os números na próxima segunda-feira (12), quando será divulgado o novo boletim de oferta e demanda.
Outro fator que têm a atenção dos investidores é a produção de etanol nos Estados Unidos. Conforme dados da AIE (Administração de Informação de Energia), a produção de etanol recuou mais de 2% até a semana encerrada no dia 2 de janeiro. De acordo com informações do noticiário internacional, os dados mostram que houve uma desaceleração no consumo do biocombustível no país, em meio à queda nos preços do petróleo, que desde outubro já caíram mais de 40%.
Na visão do consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, o que dará suporte ao mercado do milho é o preço da soja. "Se milho continuar caindo e a soja não cair a relação entre as duas commodities ficará pior, então a oleaginosa irá comprar área de milho nos EUA", destaca.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, a quinta-feira é negativa aos preços futuros do milho. Por volta das 12h51 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam desvalorizações entre 0,42% e 0,75%. A posição março/15 era negociada a R$ 28,98 a saca.
Mais uma vez, as cotações são influenciadas pelas perdas observadas no mercado internacional, assim como no dólar. A moeda norte-americana é cotada a R$ 2,687, com queda de 0,63%.
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