Fornecedores independentes de cana-de-açúcar respondem por 7% da produção de MS
A produção de cana-de-açúcar deve atingir 48,7 milhões de toneladas na safra 2014/15 em Mato Grosso do Sul, segundo o primeiro levantamento de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Deste total, 7,2%, ou 3,5 milhões de toneladas, será produzido por fornecedores independentes, ou seja, produtores que cultivam e vendem diretamente às usinas sucroenergéticas, sem arrendar suas terras. A informação é do presidente da Associação dos Fornecedores de Cana Sul-Mato-Grossense (Sulcanas), Paulo Junqueira Filho.
Com objetivo de analisar os custos de produção e competitividade da cana-de-açúcar, a Sulcanas e a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) apresentam, na próxima segunda-feira (6), os dados da Consultoria Datagro, sobre a evolução do mercado da cana-de-açúcar.
O evento, que será realizado as 15 horas, na sede da Famasul, terá participação do presidente da empresa, Plínio Nastari, que abordará o diferencial entre a realidade de Mato Grosso do Sul em relação a outras praças produtoras.
"A finalidade do evento é quebrar alguns paradigmas, entre eles o mito de que o nosso custo de produção é inferior aos dos outros Estados produtores", salienta Paulo Junqueira, opinião que é compartilhada pelo presidente da Comissão de Agroenergia da Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes, ao ressaltar que a apresentação da Datagro abordará também a perda da competitividade no cenário nacional por parte dos produtores de Mato Grosso do Sul. "Em relação a outras regiões, nossa produção está em desvantagem comercial, principalmente em comparação ao Centro-Oeste", afirma Novaes.
Segundo o dirigente, ao contrário dos arrendatários que recebem um valor fixo os fornecedores sul-mato-grossenses são remunerados pelo seu desempenho, pela produtividade e pelas oscilações do mercado. "O Estado possui 31 produtores independentes associados a Sulcanas, entidade responsável por fornecer suporte técnico e político", afirma.
De acordo com o presidente, o cultivo de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul enfrenta obstáculos como chuvas irregulares, geadas e poucas pesquisas regionais. "Precisamos adaptar o pacote tecnológico desenvolvido para os produtores de São Paulo, região onde o clima e o solo são muito diferentes dos nossos".
Para o presidente da Sulcanas, Paulo Junqueira Filho, a projeção para 2015 é que o setor registrará recuperação tanto no mercado do açúcar como do etanol. "O Brasil terá quebra de safra e a Índia não vai conseguir segurar os estoque mundiais de açúcar. Em relação ao etanol, o Governo Federal não conseguirá manter o preço baixo da gasolina por muito tempo".
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