Café: Bolsa de Nova York encerra semana com queda de 95 pontos
Os contratos de café na ICE Futures US começaram a semana em alta e recuaram a partir da quarta-feira com a valorização do dólar frente ao real. No mercado internacional os operadores repetem dia após dia, como um mantra, que a oferta abundante de café derruba as cotações. Falam da safra recorde no Brasil para um ano de ciclo baixo e da expectativa de safras mais abundantes na Colômbia e no Vietnã. Muitos analistas citam números maiores que o da CONAB para a atual safra brasileira. Todos estes comentários e boatos vão gerando pessimismo e um ambiente negativo no mercado de café. Bastam dois dias de alta seguida em Nova Iorque para que agências de notícias e o mercado sejam inundados por números e análises negativas, matando no nascedouro a reação das cotações.
Como dissemos em nosso último boletim, em nossa opinião, o Brasil como maior produtor, maior exportador e segundo maior consumidor de café do mundo, precisa repensar toda sua política para o setor. A globalização da economia, as rápidas mudanças nas comunicações e nos sistemas informatizados das bolsas e dos grandes operadores, inviabilizam as políticas tradicionais de sustentação de preço.
No terceiro leilão de contratos de opção de venda de café, realizado hoje pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento foram negociados 8 762 contratos, equivalentes a 876 200 sacas de 60 kgs, 87,62% do total de 10 mil títulos ofertados.
Todos os 7 000 lotes (700 mil sacas) de Minas Gerais foram arrematados a R$ 7,70 por saca, com ágio de 349% sobre o preço de abertura, de R$ 1,7150. Também em São Paulo, todos os 1.400 contratos (140 mil sacas) foram arrematado. O ágio foi de 0,87% sobre o valor de abertura, o que levou o prêmio a R$ 1,7299 por saca.
Dos 700 contratos (70 mil sacas) oferecidos a produtores do Espírito Santo, houve demanda por apenas 84 (12%), ao preço de abertura de R$ 1,715/saca. Na Bahia, dos 400 contratos ofertados, apenas 50 (12,5%) foram arrematados, sem ágio, e no Paraná, dos 500 contratos oferecidos em leilão, houve interesse por 228 (45,6%), também sem ágio.
Conforme informações que o CNC - Conselho Nacional do Café recebeu do Governo Federal, os contratos que não tiveram interesse nos três leilões de opções para café, originários do Espírito Santo, Bahia e Paraná, voltarão a ser ofertados na próxima quarta-feira, 2 de outubro. Ainda não foi informado se serão colocados à disputa para produtores de todos os Estados do País ou apenas direcionados para Minas Gerais e São Paulo.
Até o dia 26, os embarques de agosto estavam em 1.501.319 sacas de café arábica, e 112.396 sacas de café conillon, somando 1.613.715 sacas de café verde, mais 137.061 sacas de café solúvel, totalizando 1.750.776 sacas embarcadas, contra 1.481.334 sacas no mesmo dia de agosto. Até o dia 26, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em setembro totalizavam 2.588.890 sacas, contra 2.277.387 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 20, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 27, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 95 pontos ou US$ 1,26 (R$ 2,85) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 20 a R$ 336,53/saca e hoje, dia 27 a R$ 339,76/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 195 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2013/2014, condição porta de armazém:
R$300/320,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$280/290,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$270/280,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$250/260,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$240/250,00 - RIADOS.
R$220/230,00 - RIO.
R$240/245,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$230/235,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,2590 PARA COMPRA.
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