Soja: Mercado reflete falta de chuvas nos EUA e fecha o dia em alta
A soja fechou o pregão regular desta terça-feira em alta na Bolsa de Chicago. O mercado operou durante toda a sessão com boas altas e encerrou o dia subindo entre 11,50 e 30,25 pontos nos principais vencimentos. No pregão noturno, porém, o mercado chegou a registrar altas de mais de 40 pontos. Porém, os investidores devolveram parte dos ganhos em um movimento de correção técnica por parte dos fundos.
A falta de chuvas nos Estados Unidos continua sendo o principal fator de alta para os preços da oleaginosa no mercado internacional. Não chove há mais de três semanas no Meio-Oeste norte-americano, principal região produtora de grãos do país, e as estimativas para a nova safra norte-americana já começam a ser revistas para baixo.
Além da situação atual de clima adverso, a previsão para as próximas semanas ainda apontam para dias muito quentes e sem precipitações consideravelmente boas. E isso acontece em um momento crucial para a produção, principalmente, de soja. "A soja está enchendo o grão agora e por isso precisa de água agora. Por isso, o mercado apresenta essas agressividades de alta, e salvo aconteça alguma chuva muito expressivo, a tendência de alta do mercado é muito firme", afirma o consultor em agronegócio Ênio Fernandes.
De agora em diante, se o clima continuar seco e nos EUA e se houver uma elevação das temperaturas, a safra de soja norte-americana terá perdas irreversíveis, já que as plantas estão perdendo vagem e tamanho de grão. Por outro lado, o milho não perde as espigas, com isso, se chover um pouco no país, os grãos ainda poderão ter um enchimento melhor, segundo explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Ao mesmo tempo, a forte demanda também oferece estímulo ao avanço das cotações, uma vez que, mesmo frente a essa seca, as vendas dos Estados Unidos para exportação da safra nova continuam acontecendo em ritmo acelerado. Cerca de 20 milhões de toneladas das 37,7 milhões estimadas para exportação já foram vendidas. "Há uma insegurança na oferta e uma demanda tentando antecipar esses problemas", diz o consultor.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta terça-feira (3):
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