Com previsão de clima favorável nos EUA, grãos recuam nesta 2ª feira
A semana começou com preços em baixa no mercado internacional de grãos. Os futuros da soja, do milho e do trigo encerraram o pregão eletrônico desta segunda-feira (24) do lado negativo da tabela. As principais posições da oleaginosa fecharam a sessão com perdas entre 5,25 e 11 pontos. O milho e trigo registraram quedas entre 13 e 9,25 pontos, respectivamente.
Segundo informações da agência internacional Bloomberg, o recuo dos grãos reflete um movimento dos investidores de mais cautela, à espera do relatório de acompanhamento de safra que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no final do dia de hoje. Segundo analistas, o reporte deverá trazer uma melhora nas lavouras norte-americanas e ainda um avanço do plantio da soja.
Além disso, novas previsões indicam uma melhora nas condições climáticas do Meio -Oeste dos EUA nos próximos dias, com um tempo mais quente e menos chuvas.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira (22):
Apesar de recuo em Chicago, grãos avançam no mercado brasileiro
Os futuros da soja, do milho e do trigo fecharam a sessão desta sexta-feira (21) em queda na Bolsa de Chicago. O mercado internacional de grãos deu continuidade ao recuo registrado na sessão anterior e fechou o dia do lado negativo da tabela ainda sentindo a pressão dos altos patamares do dólar e de mais um dia de nervosismo do mercado financeiro.
Como explicou o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity, o fator de baixa das últimas sessões foi o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sobre a possibilidade da retirada do pacote de estímulos à política monetária nos EUA, o que foi recebido com preocupação pelo mercado, provocando grande nervosismo no financeiro e uma forte alta do dólar.
Assim, no pregão desta sexta-feira, o mercado ainda sente o impacto dessas informações, porém, de forma bem menos intensa. Ainda segundo Pimentel, porém, os preços devem se recuperar o quanto antes, voltando a focar-se nos fundamentos, principalmente nos de oferta e demanda para os vencimentos referentes à safra nova. No longo prazo, volta-se a observar as condições climáticas nos Estados Unidos.
Outro fator que motivou a queda dos grãos na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira foram as favoráveis condições climáticas para a nova safra dos Estados Unidos. A última semana foi de tempo bom, com temperaturas ideais e poucas chuvas, e as previsões indicam que essa cenário deverá se manter para os próximos dias.
O que o mercado espera agora é de que seja registrado um aumento de área de plantio da oleaginosa no país, com produtores migrando do milho depois do atraso no plantio, e de uma safra cheia até esse momento.
Mercado Interno - Apesar das baixas registradas em Chicago, a semana foi positiva para o mercado da soja e do milho no mercado interno brasileiro por conta dessa alta do dólar. "Essa alta está ligada essencialmente ao câmbio. Os preços melhoraram e esse é um momento positivo para os vendedores", diz o consultor associado da Safras & Mercado, Flávio França.
Nesta sexta-feira (21), a soja chegou a ser negociada a R$ 74,00 por saca no porto de Rio Grande e R$ 71,00 no porto de Paranaguá, valores que vieram subindo ao longo da semana. De acordo com França, esses são os melhores preços do ano para a soja no mercado brasileiro.
No mercado do milho, os preços também se valorizaram nessa semana. A alta foi motivada não só pelo avanço do dólar como também pelas chuvas excessivas em importantes regiões produtoras do Brasil.
No Porto de Santos, as sacas foram negociadas entre R$ 29,50 e R$ 30,00. No Porto de Paranaguá os preços ficaram entre R$ 28,00 e R$ 28,50.
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