Desta vez meu comentário é sobre o que disse o Sr. Amado de Oliveira Filho da Famato, artigo postado pelo Sr.Renato Ferreira - Dourados/MS: “Pelo amor de Deus, não plantem!”, em 24/05/2007. <br /><br />Digo o seguinte: Este e o próximo são anos de se plantar soja até em cima do carreador do visinho. Os preços internacionais serão bons. O confisco da renda do produtor através do dolarzinho furado são outros 500 ... coisa de gente mal intencionada em cima do produtor e bem intencionada em favor do consumidor de alimentos ... <br /><br />Nas últimas três safras a soja foi plantada com o dólar mais alto e nas respectivas comercializações as vendas ocorreram com sua cotação, m/m R$ 0,50 mais baixo nas duas primeiras e, R$ 0,20 na última. Agora que ele está no fundo do poço, o perigo que o plantador de soja corre na próxima safra, será vendê-la, desta vez, com o dólar mais caro ou no mínimo, ao nível da cotação desta planta. <br /><br />O que me preocupa no Artigo do Sr. Amado “Pelo amor de Deus não plantem” é que, justamente, as duas próximas safras de soja serão as duas melhores de preços em dólares das cinco próximas, devido à repetição do El Nino em 2008 nos EE.UU. cujo fenômeno rebaixa a produção deles em m/m 20%, nessas ocasiões, com reflexos de preços favoráveis para nós no segundo semestre de 2008 e em cheio na colheita de 2009, mas já em processo de baixa. <br /><br />Além disso, espera-se que os produtores americanos migrem novamente para a produção de milho mais 10% da área de soja, como fizeram neste plantio de 2007. Nesse caso, teríamos aí uma redução na produção de soja deles, em 2008, de m/m 30%, algo em torno de 25 milhões de toneladas de soja, e, na minha opinião, a sua cotação em Chicago, iria desta vez, a mais de US$ 12,50 o bushel, US$ 459,31 por tonelada, US$ 27,50 por saco no Porto, m/m US$ 20,00 dólares nas regiões produtoras. <br /><br />Talvez eu esteja cansando os colegas internautas com comentários repetitivos, neste site, mas eu não me cansarei, estarei o tempo todo tentando alertar os produtores de soja sobre este assunto, o último na semana passada, para que aproveitem as significativas altas que ocorrem aqui no Brasil, como aconteceu no final do ano de 2003 e início de 2.004. <br /><br />Apenas 3 vezes nos últimos 33 anos, a soja ultrapassou US$ 10,50 o bushel, = US$ 387,66 dólares por tonelada, = US$ 23,25 por saco no Porto, como ocorreu no final de 2003/início de 2.004, elevando a soja em algumas regiões a R$ 52,00 e 54,00 a saca, ainda assim, muitos produtores não aproveitaram o pico dessa alta, achando que ela iria a R$ 60,00 e perderam dinheiro, vendendo depois na baixa. Faltou orientação nessa hora. Em 1973 ela atingiu quase US$ 13,00 o bushel e em 1988, US$ 11,00, verificado hoje, quando o Sr. Telmo, por e-mail mandou-me o gráfico da soja de 1972 até 2006, que agradeço e peço a ele publicar neste espaço. <br /><br />Com os estoques mundiais baixos, como vem informando o Sr. Sartóri, aumento do consumo na China, Índia e outros paises, biodiesel, h-bio, e perspectiva de repetição do mencionado fenômeno em 2008, é certo que a era dos preços baixos da soja, em dólares, encerraram. Abaixo de US$ 7,00 por bushel, provavelmente, nunca mais. <br /><br />A sustentação dos atuais preços, US$ 8,13 para julho, com compras dos grandes Fundos e Fundações, talvez já decorram também, da percepção do ano/repeteco do El Nino, na planta deles em 2008 e não de possíveis secas ainda este ano por lá, porque não é de costume. Portanto a previsão de alguém do mercado de que ela poderia alcançar US$ 9,00 por bushel ainda este ano, divulgada pelo Sr. João Batista no programa de ontem é muito difícil de acontecer. <br /><br />Então, Sr. Amado, não acho que é o caso de conclamar a todos para não plantarem. Como o senhor mesmo disse em sua entrevista, os plantadores do Paraná e outros estados, com boa logística em relação aos Portos, certamente plantarão 100% de suas terras. As regiões mais distantes terão que antecipar a entrada na produção do biodiesel. <br /><br />É preciso que a Famato, a Fundação MT, e outras entidades representativas, façam um estudo científico dos custos de produção por regiões de sua área/estado, para que, aquelas que não tenham condições de plantarem soja devido à sua logística desfavorável plantem produtos de consumo interno, tanto alimentar (milho e...) como para agroenergia, (pinhão manso e ...) cotados em reais. Diversifiquem ao máximo suas produções, sugiro uma visita no site www.plantebiodiesel.com.br e outros sobre o assunto. <br /><br />Mas, deixar de plantar não é o caso. Escolher melhor o que plantar, de acordo com cada região, sim, e com muita atenção nos custos. <br />
Desta vez meu comentário é sobre o que disse o Sr. Amado de Oliveira Filho da Famato, artigo postado pelo Sr.Renato Ferreira - Dourados/MS: “Pelo amor de Deus, não plantem!”, em 24/05/2007. <br /><br />Digo o seguinte: Este e o próximo são anos de se plantar soja até em cima do carreador do visinho. Os preços internacionais serão bons. O confisco da renda do produtor através do dolarzinho furado são outros 500 ... coisa de gente mal intencionada em cima do produtor e bem intencionada em favor do consumidor de alimentos ... <br /><br />Nas últimas três safras a soja foi plantada com o dólar mais alto e nas respectivas comercializações as vendas ocorreram com sua cotação, m/m R$ 0,50 mais baixo nas duas primeiras e, R$ 0,20 na última. Agora que ele está no fundo do poço, o perigo que o plantador de soja corre na próxima safra, será vendê-la, desta vez, com o dólar mais caro ou no mínimo, ao nível da cotação desta planta. <br /><br />O que me preocupa no Artigo do Sr. Amado “Pelo amor de Deus não plantem” é que, justamente, as duas próximas safras de soja serão as duas melhores de preços em dólares das cinco próximas, devido à repetição do El Nino em 2008 nos EE.UU. cujo fenômeno rebaixa a produção deles em m/m 20%, nessas ocasiões, com reflexos de preços favoráveis para nós no segundo semestre de 2008 e em cheio na colheita de 2009, mas já em processo de baixa. <br /><br />Além disso, espera-se que os produtores americanos migrem novamente para a produção de milho mais 10% da área de soja, como fizeram neste plantio de 2007. Nesse caso, teríamos aí uma redução na produção de soja deles, em 2008, de m/m 30%, algo em torno de 25 milhões de toneladas de soja, e, na minha opinião, a sua cotação em Chicago, iria desta vez, a mais de US$ 12,50 o bushel, US$ 459,31 por tonelada, US$ 27,50 por saco no Porto, m/m US$ 20,00 dólares nas regiões produtoras. <br /><br />Talvez eu esteja cansando os colegas internautas com comentários repetitivos, neste site, mas eu não me cansarei, estarei o tempo todo tentando alertar os produtores de soja sobre este assunto, o último na semana passada, para que aproveitem as significativas altas que ocorrem aqui no Brasil, como aconteceu no final do ano de 2003 e início de 2.004. <br /><br />Apenas 3 vezes nos últimos 33 anos, a soja ultrapassou US$ 10,50 o bushel, = US$ 387,66 dólares por tonelada, = US$ 23,25 por saco no Porto, como ocorreu no final de 2003/início de 2.004, elevando a soja em algumas regiões a R$ 52,00 e 54,00 a saca, ainda assim, muitos produtores não aproveitaram o pico dessa alta, achando que ela iria a R$ 60,00 e perderam dinheiro, vendendo depois na baixa. Faltou orientação nessa hora. Em 1973 ela atingiu quase US$ 13,00 o bushel e em 1988, US$ 11,00, verificado hoje, quando o Sr. Telmo, por e-mail mandou-me o gráfico da soja de 1972 até 2006, que agradeço e peço a ele publicar neste espaço. <br /><br />Com os estoques mundiais baixos, como vem informando o Sr. Sartóri, aumento do consumo na China, Índia e outros paises, biodiesel, h-bio, e perspectiva de repetição do mencionado fenômeno em 2008, é certo que a era dos preços baixos da soja, em dólares, encerraram. Abaixo de US$ 7,00 por bushel, provavelmente, nunca mais. <br /><br />A sustentação dos atuais preços, US$ 8,13 para julho, com compras dos grandes Fundos e Fundações, talvez já decorram também, da percepção do ano/repeteco do El Nino, na planta deles em 2008 e não de possíveis secas ainda este ano por lá, porque não é de costume. Portanto a previsão de alguém do mercado de que ela poderia alcançar US$ 9,00 por bushel ainda este ano, divulgada pelo Sr. João Batista no programa de ontem é muito difícil de acontecer. <br /><br />Então, Sr. Amado, não acho que é o caso de conclamar a todos para não plantarem. Como o senhor mesmo disse em sua entrevista, os plantadores do Paraná e outros estados, com boa logística em relação aos Portos, certamente plantarão 100% de suas terras. As regiões mais distantes terão que antecipar a entrada na produção do biodiesel. <br /><br />É preciso que a Famato, a Fundação MT, e outras entidades representativas, façam um estudo científico dos custos de produção por regiões de sua área/estado, para que, aquelas que não tenham condições de plantarem soja devido à sua logística desfavorável plantem produtos de consumo interno, tanto alimentar (milho e...) como para agroenergia, (pinhão manso e ...) cotados em reais. Diversifiquem ao máximo suas produções, sugiro uma visita no site www.plantebiodiesel.com.br e outros sobre o assunto. <br /><br />Mas, deixar de plantar não é o caso. Escolher melhor o que plantar, de acordo com cada região, sim, e com muita atenção nos custos. <br />