Fala Produtor - Mensagem

  • Luis Augusto Albertoni Erechim - RS 21/05/2007 00:00

    Endividamento Rural: Em raz&atilde;o de frustra&ccedil;&otilde;es de safra por problemas clim&aacute;ticos e tamb&eacute;m pelo custo de produ&ccedil;&atilde;o elevado na hora do plantio (d&oacute;lar alto na implanta&ccedil;&atilde;o da lavoura e baixo na venda do produto) e pre&ccedil;os aviltantes na comercializa&ccedil;&atilde;o (n&atilde;o cobrindo o custo de produ&ccedil;&atilde;o), foram alongados os custeios das safras 2004/2005 e 2005/2006 em cinco anos, bem como os investimentos para a &uacute;ltima parcela. Este ano, em que se propaga super-safra (com pre&ccedil;os bons em d&oacute;lar), o produtor, na verdade, est&aacute; tendo uma safra normal e os pre&ccedil;os est&atilde;o bons a n&iacute;vel internacional. Mas quando transformados em reais, muitas vezes de acordo com a produtividade n&atilde;o paga nem o custeio do ano. O racioc&iacute;nio &eacute; l&oacute;gico e simples: se o produtor consegue pagar apenas o custeio da safra 2006/2007 n&atilde;o conseguir&aacute; pagar 20% do custeio de duas safras anteriores, mais investimentos e manter-se na atividade. Sem contarmos com os altos juros impostos pelo sistema financeiro e governo. Pagar juros de 8,75% adicionando-se ainda o valor de seguro, taxas, servi&ccedil;os banc&aacute;rios entre outros, eleva o patamar a n&iacute;veis insuport&aacute;veis. Existe a necessidade urgente da classe pol&iacute;tica brasileira, bem como todas as entidades que representa a agricultura, tomar medidas junto ao governo federal sob pena de haver uma quebradeira geral na agricultura produtora de gr&atilde;os desse pa&iacute;s. Para n&atilde;o nos delongarmos j&aacute; que a problem&aacute;tica &eacute; conhecida de todas, sugerimos: <br /><br />a) Que a CNA e as Federa&ccedil;&otilde;es Estaduais, orientem ao produtor de forma incisiva o que pagar e como proceder, at&eacute; que os movimentos sensibilizem o governo e seja adotadas medidas de alongamento e redu&ccedil;&atilde;o de juros. Situa&ccedil;&otilde;es previstas no manual de cr&eacute;dito rural. <br /><br />b)Encaminhar pedido de nova securitiza&ccedil;&atilde;o englobando investimentos, CPRs, custeios alongados com rebate de 30%, prazos de 20 anos e juros de 3% ao ano. <br /><br />c) Redu&ccedil;&atilde;o dos juros para pr&oacute;ximo custeio de 3% e para Pronafianos de 1,5% ao ano. <br /><br />d) Estabelecer data limite para o governo atender o pleito. Caso n&atilde;o venha a ser atendido, fazer um movimento nacional. <br /><br />e) Permitir a importa&ccedil;&atilde;o de insumos e equipamentos dos pa&iacute;ses do Mercosul, para termos custos de produ&ccedil;&atilde;o equiparados. <br /><br />f) Apoiar e acompanhar o TCU na revis&atilde;o das contas do PESA, RECOOP e securitiza&ccedil;&atilde;o feitas anteriormente. <br /><br />Outros considerandos: 1) Quando a agricultura estava num per&iacute;odo de euforia o pr&oacute;prio governo atrav&eacute;s da Resolu&ccedil;&atilde;o 3.086 de 25/06/2003 elevou a taxa de juros dos investimentos em m&aacute;quinas para 12,75% ao ano. Como se n&atilde;o bastasse, na Resolu&ccedil;&atilde;o 3.182 de 29/03/2004 estabeleceu para o sistema financeiro cobrar 4% do valor financiado de cada libera&ccedil;&atilde;o. Nos anos subseq&uuml;entes, quando a agricultura passa por dificuldades, o governo est&aacute; ignorando este passivo. Tendo apenas prorrogado as parcelas. <br /><br />2) Seguro sobre o penhor agr&iacute;cola , necessidade urgente de extinguir a lei que obriga a contratar o seguro em raz&atilde;o de que ele &eacute; sobre a expectativa de colheita e n&atilde;o assegura nada para o produtor, pois suas cl&aacute;usulas restringem ao amparo apenas do transporte da &aacute;rea de cultura at&eacute; o armaz&eacute;m de propriedade. Perguntem aos segurados quantas indeniza&ccedil;&otilde;es de lavouras foram pagas nos &uacute;ltimos 5 anos? <br /><br />3) Apenas os produtores com financiamentos at&eacute; R$ 50.000,00 (cinq&uuml;enta mil reais), financiaram &agrave;s safras 2004/2005 e 2005/2006 &agrave; 8,75%, mais seguros e taxas. Os demais produtores se obrigaram a financiar dentro dos limites oficiais do Governo para juros subsidiados &agrave; juros mixados que v&atilde;o de 15 a 27% ao ano, sem qualquer justificativa e controle de &oacute;rg&atilde;os oficiais. <br /><br />4) A taxa BB agro e outros bancos cobram a t&iacute;tulo de libera&ccedil;&atilde;o das empresas em m&eacute;dia 2% que por sua vez cobram dos produtores via pre&ccedil;os de insumos. <br /><br />Estas s&atilde;o apenas algumas sugest&otilde;es e justificativas, &agrave;s quais ter&iacute;amos muitas outras, mas em raz&atilde;o da grave situa&ccedil;&atilde;o que o produtor se encontra, tomamos a liberdade de colocar algumas no papel e solicitar urg&ecirc;ncia no encaminhamento de a&ccedil;&otilde;es neste segmento. <br />

    0