Endividamento Rural: Em razão de frustrações de safra por problemas climáticos e também pelo custo de produção elevado na hora do plantio (dólar alto na implantação da lavoura e baixo na venda do produto) e preços aviltantes na comercialização (não cobrindo o custo de produção), foram alongados os custeios das safras 2004/2005 e 2005/2006 em cinco anos, bem como os investimentos para a última parcela. Este ano, em que se propaga super-safra (com preços bons em dólar), o produtor, na verdade, está tendo uma safra normal e os preços estão bons a nível internacional. Mas quando transformados em reais, muitas vezes de acordo com a produtividade não paga nem o custeio do ano. O raciocínio é lógico e simples: se o produtor consegue pagar apenas o custeio da safra 2006/2007 não conseguirá pagar 20% do custeio de duas safras anteriores, mais investimentos e manter-se na atividade. Sem contarmos com os altos juros impostos pelo sistema financeiro e governo. Pagar juros de 8,75% adicionando-se ainda o valor de seguro, taxas, serviços bancários entre outros, eleva o patamar a níveis insuportáveis. Existe a necessidade urgente da classe política brasileira, bem como todas as entidades que representa a agricultura, tomar medidas junto ao governo federal sob pena de haver uma quebradeira geral na agricultura produtora de grãos desse país. Para não nos delongarmos já que a problemática é conhecida de todas, sugerimos: <br /><br />a) Que a CNA e as Federações Estaduais, orientem ao produtor de forma incisiva o que pagar e como proceder, até que os movimentos sensibilizem o governo e seja adotadas medidas de alongamento e redução de juros. Situações previstas no manual de crédito rural. <br /><br />b)Encaminhar pedido de nova securitização englobando investimentos, CPRs, custeios alongados com rebate de 30%, prazos de 20 anos e juros de 3% ao ano. <br /><br />c) Redução dos juros para próximo custeio de 3% e para Pronafianos de 1,5% ao ano. <br /><br />d) Estabelecer data limite para o governo atender o pleito. Caso não venha a ser atendido, fazer um movimento nacional. <br /><br />e) Permitir a importação de insumos e equipamentos dos países do Mercosul, para termos custos de produção equiparados. <br /><br />f) Apoiar e acompanhar o TCU na revisão das contas do PESA, RECOOP e securitização feitas anteriormente. <br /><br />Outros considerandos: 1) Quando a agricultura estava num período de euforia o próprio governo através da Resolução 3.086 de 25/06/2003 elevou a taxa de juros dos investimentos em máquinas para 12,75% ao ano. Como se não bastasse, na Resolução 3.182 de 29/03/2004 estabeleceu para o sistema financeiro cobrar 4% do valor financiado de cada liberação. Nos anos subseqüentes, quando a agricultura passa por dificuldades, o governo está ignorando este passivo. Tendo apenas prorrogado as parcelas. <br /><br />2) Seguro sobre o penhor agrícola , necessidade urgente de extinguir a lei que obriga a contratar o seguro em razão de que ele é sobre a expectativa de colheita e não assegura nada para o produtor, pois suas cláusulas restringem ao amparo apenas do transporte da área de cultura até o armazém de propriedade. Perguntem aos segurados quantas indenizações de lavouras foram pagas nos últimos 5 anos? <br /><br />3) Apenas os produtores com financiamentos até R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), financiaram às safras 2004/2005 e 2005/2006 à 8,75%, mais seguros e taxas. Os demais produtores se obrigaram a financiar dentro dos limites oficiais do Governo para juros subsidiados à juros mixados que vão de 15 a 27% ao ano, sem qualquer justificativa e controle de órgãos oficiais. <br /><br />4) A taxa BB agro e outros bancos cobram a título de liberação das empresas em média 2% que por sua vez cobram dos produtores via preços de insumos. <br /><br />Estas são apenas algumas sugestões e justificativas, às quais teríamos muitas outras, mas em razão da grave situação que o produtor se encontra, tomamos a liberdade de colocar algumas no papel e solicitar urgência no encaminhamento de ações neste segmento. <br />
Endividamento Rural: Em razão de frustrações de safra por problemas climáticos e também pelo custo de produção elevado na hora do plantio (dólar alto na implantação da lavoura e baixo na venda do produto) e preços aviltantes na comercialização (não cobrindo o custo de produção), foram alongados os custeios das safras 2004/2005 e 2005/2006 em cinco anos, bem como os investimentos para a última parcela. Este ano, em que se propaga super-safra (com preços bons em dólar), o produtor, na verdade, está tendo uma safra normal e os preços estão bons a nível internacional. Mas quando transformados em reais, muitas vezes de acordo com a produtividade não paga nem o custeio do ano. O raciocínio é lógico e simples: se o produtor consegue pagar apenas o custeio da safra 2006/2007 não conseguirá pagar 20% do custeio de duas safras anteriores, mais investimentos e manter-se na atividade. Sem contarmos com os altos juros impostos pelo sistema financeiro e governo. Pagar juros de 8,75% adicionando-se ainda o valor de seguro, taxas, serviços bancários entre outros, eleva o patamar a níveis insuportáveis. Existe a necessidade urgente da classe política brasileira, bem como todas as entidades que representa a agricultura, tomar medidas junto ao governo federal sob pena de haver uma quebradeira geral na agricultura produtora de grãos desse país. Para não nos delongarmos já que a problemática é conhecida de todas, sugerimos: <br /><br />a) Que a CNA e as Federações Estaduais, orientem ao produtor de forma incisiva o que pagar e como proceder, até que os movimentos sensibilizem o governo e seja adotadas medidas de alongamento e redução de juros. Situações previstas no manual de crédito rural. <br /><br />b)Encaminhar pedido de nova securitização englobando investimentos, CPRs, custeios alongados com rebate de 30%, prazos de 20 anos e juros de 3% ao ano. <br /><br />c) Redução dos juros para próximo custeio de 3% e para Pronafianos de 1,5% ao ano. <br /><br />d) Estabelecer data limite para o governo atender o pleito. Caso não venha a ser atendido, fazer um movimento nacional. <br /><br />e) Permitir a importação de insumos e equipamentos dos países do Mercosul, para termos custos de produção equiparados. <br /><br />f) Apoiar e acompanhar o TCU na revisão das contas do PESA, RECOOP e securitização feitas anteriormente. <br /><br />Outros considerandos: 1) Quando a agricultura estava num período de euforia o próprio governo através da Resolução 3.086 de 25/06/2003 elevou a taxa de juros dos investimentos em máquinas para 12,75% ao ano. Como se não bastasse, na Resolução 3.182 de 29/03/2004 estabeleceu para o sistema financeiro cobrar 4% do valor financiado de cada liberação. Nos anos subseqüentes, quando a agricultura passa por dificuldades, o governo está ignorando este passivo. Tendo apenas prorrogado as parcelas. <br /><br />2) Seguro sobre o penhor agrícola , necessidade urgente de extinguir a lei que obriga a contratar o seguro em razão de que ele é sobre a expectativa de colheita e não assegura nada para o produtor, pois suas cláusulas restringem ao amparo apenas do transporte da área de cultura até o armazém de propriedade. Perguntem aos segurados quantas indenizações de lavouras foram pagas nos últimos 5 anos? <br /><br />3) Apenas os produtores com financiamentos até R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), financiaram às safras 2004/2005 e 2005/2006 à 8,75%, mais seguros e taxas. Os demais produtores se obrigaram a financiar dentro dos limites oficiais do Governo para juros subsidiados à juros mixados que vão de 15 a 27% ao ano, sem qualquer justificativa e controle de órgãos oficiais. <br /><br />4) A taxa BB agro e outros bancos cobram a título de liberação das empresas em média 2% que por sua vez cobram dos produtores via preços de insumos. <br /><br />Estas são apenas algumas sugestões e justificativas, às quais teríamos muitas outras, mas em razão da grave situação que o produtor se encontra, tomamos a liberdade de colocar algumas no papel e solicitar urgência no encaminhamento de ações neste segmento. <br />