Há pouco tempo li um artigo do Senador Cristovam Buarque intitulado APARÊNCIAS ESCOLHIDAS que dizia “Há alguns anos, em um sinal de trânsito, às duas da tarde, em Manaus, o motorista mostrou-me o fusquinha ao lado e disse: “Ele fecha os vidros para dar a aparência que seu carro tem ar-condicionado.” Na hora, percebi que aquele era um retrato do Brasil. Não importava sentir calor, mas sim aparentar ter ar-condicionado.”
Vejo que na agricultura está ocorrendo à mesma coisa, como se ela fosse um navio lotado de soja, milho, trigo, café, arroz, feijão, carnes, etc. que de tão lotado está começando a afundar, enquanto isso no salão de festas deste grande navio, muitos produtores e muitos dos nossos representantes, tanto políticos quanto classistas estão num grande baile regado a muita champanhe e pratos finos, fazendo acordos paliativos e mantendo as aparências como se nada estivesse acontecendo, mas no navio a água já está entrando e as saídas cada vez mais difíceis. Com evitar o naufrágio?
Creio que a primeira coisa a ser feito é os nossos verdadeiros lideres começarem a ouvir os “sons da floresta”, cabe aqui uma explicação, em um curso de liderança aprendi que o bom líder só conseguirá corresponder às expectativas e procurar resolver os problemas de seus liderados se conseguir ouvir e entender suas necessidades e anseios, os “sons da floresta”, percebo que existe uma distância muito grande entre nossos representantes e a base, parecendo que a falta de renda e o endividamento não são tão grave assim. Vejo muita acomodação.
A segunda coisa a ser feito é deflagrar imediatamente uma campanha para diminuirmos nossa produção para ter aumento de preços e diminuição de custos, vejo que a melhor maneira para fazer isto seria deixando 25% a cada ano, num ciclo de quatro anos, da nossa área de plantio em descanso para recuperação do solo. (Quando o governo tomar as medidas necessárias citadas a seguir cancelaríamos esta ação).
A terceira, nós temos que exigir do governo imediatamente a solução do endividamento, com alongamento e carência para pagamento, pois está claro que esta solução ainda não ocorreu por problemas ideológicos, que só serão superados com muita pressão dos agricultores.
A quarta, nós temos que lutar para a implantação de uma política agrícola séria com preocupação por parte do governo com a segurança alimentar da população, viabilizando um seguro agrícola que garanta renda, preços mínimos que cubra todos os custos de produção, investimento em infra-estrutura de estradas, portos e armazenagem, um código florestal justo, o direito de propriedade garantido e uma política macroeconômica blindando o setor agrícola da alta carga tributária, dos juros altos e da valorização cambial, que nos tira a renda.
A quinta, realização de um planejamento de produção para só produzirmos dentro do que for determinado, seguindo o padrão europeu, para evitar os excessos de produção, como esta ocorrendo agora com o milho, ou falta. Nós agricultores temos que saber o quanto produzir, a nação tem que garantir o que produzimos, quer que produzamos 200 milhões de toneladas, vamos buscar produzir isso, mas desde que garanta a renda, caso contrário vamos produzir o que podemos vender com lucro.
Vamos lutar para salvar este navio de afundar, acorda homem do campo, mobilize-se, saia da comodidade e letargia, se não, a maioria perderá o seu patrimônio ou sofrerá ainda por muitos anos.
Há pouco tempo li um artigo do Senador Cristovam Buarque intitulado APARÊNCIAS ESCOLHIDAS que dizia “Há alguns anos, em um sinal de trânsito, às duas da tarde, em Manaus, o motorista mostrou-me o fusquinha ao lado e disse: “Ele fecha os vidros para dar a aparência que seu carro tem ar-condicionado.” Na hora, percebi que aquele era um retrato do Brasil. Não importava sentir calor, mas sim aparentar ter ar-condicionado.”
Vejo que na agricultura está ocorrendo à mesma coisa, como se ela fosse um navio lotado de soja, milho, trigo, café, arroz, feijão, carnes, etc. que de tão lotado está começando a afundar, enquanto isso no salão de festas deste grande navio, muitos produtores e muitos dos nossos representantes, tanto políticos quanto classistas estão num grande baile regado a muita champanhe e pratos finos, fazendo acordos paliativos e mantendo as aparências como se nada estivesse acontecendo, mas no navio a água já está entrando e as saídas cada vez mais difíceis. Com evitar o naufrágio?
Creio que a primeira coisa a ser feito é os nossos verdadeiros lideres começarem a ouvir os “sons da floresta”, cabe aqui uma explicação, em um curso de liderança aprendi que o bom líder só conseguirá corresponder às expectativas e procurar resolver os problemas de seus liderados se conseguir ouvir e entender suas necessidades e anseios, os “sons da floresta”, percebo que existe uma distância muito grande entre nossos representantes e a base, parecendo que a falta de renda e o endividamento não são tão grave assim. Vejo muita acomodação.
A segunda coisa a ser feito é deflagrar imediatamente uma campanha para diminuirmos nossa produção para ter aumento de preços e diminuição de custos, vejo que a melhor maneira para fazer isto seria deixando 25% a cada ano, num ciclo de quatro anos, da nossa área de plantio em descanso para recuperação do solo. (Quando o governo tomar as medidas necessárias citadas a seguir cancelaríamos esta ação).
A terceira, nós temos que exigir do governo imediatamente a solução do endividamento, com alongamento e carência para pagamento, pois está claro que esta solução ainda não ocorreu por problemas ideológicos, que só serão superados com muita pressão dos agricultores.
A quarta, nós temos que lutar para a implantação de uma política agrícola séria com preocupação por parte do governo com a segurança alimentar da população, viabilizando um seguro agrícola que garanta renda, preços mínimos que cubra todos os custos de produção, investimento em infra-estrutura de estradas, portos e armazenagem, um código florestal justo, o direito de propriedade garantido e uma política macroeconômica blindando o setor agrícola da alta carga tributária, dos juros altos e da valorização cambial, que nos tira a renda.
A quinta, realização de um planejamento de produção para só produzirmos dentro do que for determinado, seguindo o padrão europeu, para evitar os excessos de produção, como esta ocorrendo agora com o milho, ou falta. Nós agricultores temos que saber o quanto produzir, a nação tem que garantir o que produzimos, quer que produzamos 200 milhões de toneladas, vamos buscar produzir isso, mas desde que garanta a renda, caso contrário vamos produzir o que podemos vender com lucro.
Vamos lutar para salvar este navio de afundar, acorda homem do campo, mobilize-se, saia da comodidade e letargia, se não, a maioria perderá o seu patrimônio ou sofrerá ainda por muitos anos.