É MELHOR RIR PARA NÃO CHORAR!!! - Prof. Clímaco Cezar, sou um grande fã de seus artigos, mas aprendi nesta vida que sempre devemos manifestar nossas opiniões, mesmo que estas sejam contrárias às defendidas pelos grandes mestres como o senhor - pois “no culto aos grandes homens não pode entrar a adulação”. Com relação ao seu comentário ao artigo do Sr. Armando Matielli, intitulado “Retorno à Escravidão”, em que o Sr. afirma ser um ERRO apresentar os cálculos (abaixo) da forma que o Sr. Matielli demonstrou, lamento informar, com todo o respeito, que o ERRO está na falta de informação das pessoas que analisam estes cálculos, e que se tivessem o mínimo de conhecimento sobre o assunto chegariam à conclusão que realmente a nossa situação como produtores de café é a de RIR PARA NÃO CHORAR.
CÁLCULOS (do Matielli):
- 1 saca de café de 60 kg beneficiada = 48 kg de café torrado e moído.
- 1 dose / xícara de café = 6 a 7 grs. de café torrado e moído
- 1 kg de café torrado e moído = mais ou menos 150 doses de café
- 1 xícara de café na Europa = 3,5 Euros ou mais ou menos R$ 10,00.
- 1 kg de café torrado e moído = R$ 1.500,00
- 48 kg de café torrado e moído = R$ 72.000,00 / saca de café
- Preço de venda do café (atual) = R$ 240,00 / saca
- R$ 240,00 em R$ 72.000,00 = 0,3%
Portanto, comércio ficando com 99,7% e o produtor com 0,3%
Em nenhum momento vemos nestes cálculos a demonstração de lucro e custo tanto para o comércio como para o produtor, o que pode ser observado é o poder de transformação produtiva da riqueza feita pela commodity café. Como o sr. mesmo disse, nestes cálculos não estão acrescentados o açúcar, impostos, embalagens, água, grifes, energia e distribuição. Por minha conta ainda acrescento, funcionários (mão de obra), baristas, cremes, propaganda etc...
Para os mais leigos (aqueles que devem estar dando risada) isso tudo citado acima pode ser considerado custo, mas para nós cafeicultores a visão é totalmente diferente:
- Açúcar = Canaviais, usinas e empregos.
- Embalagens = Fábricas e empregos
- Energia = usinas (produtoras de eletricidade) e empregos
-Distribuição = navios, caminhões, ferrovias e empregos
-Grifes = propaganda, meios de comunicação e empregos
E SOMAMOS A TODOS ESTES GANHOS TÉCNOLÓGICOS E SOCIAIS OS GANHOS FINANCEIROS NA FORMA DE IMPÓSTOS RECOLHIDOS PELOS GOVERNOS, CRIANDO RIQUEZAS E DIVISAS PARA OS PAÍSES PRODUTORES E CONSUMIDORES DE CAFÉ!!!!!
Agora se me permite Sr. Climaco, não sou nenhum economista mas como dizem lá de onde eu venho “Eu sou Caipira, mais num sô bobo não”..., então vamos falar de custo e lucro no agronegócio café:
A- PRODUÇÃO: CUSTO.
Adubos – R$900,00 (2008) R$ 1.800,00 (2009)
Herbicidas – R$ 9,00 L(2008) R$ 14,00 L (2009)
Fungicidas – R$ 85,00 L (2008) R$ 125,00 L (2009)
Apenas alguns exemplos da variação de preços do ano de 2008 para 2009 impactando diretamente em nossos custos de produção, não acrescentamos ai energia, mão de obra, oficinas, peças, impostos etc...
Não podemos deixar de explicar que o custo de um ano para o outro não aumenta somente pela alta dos insumos , pois na cafeicultura como em qualquer ramo da agricultura um ano nunca é igual ao outro:
Ex. Normalmente utilizamos fungicidas nas lavouras 2 a 3 vezes por ano. Entretanto, em anos chuvosos chegamos a utilizar mais de 5 vezes.
Não sou nenhum especialista no assunto, mas como disse anteriormente não sou bobo, entendo que estes parceiros do agro negócio café também sofrem com as altas de custo em transporte, energia, mão de obra, impostos, embalagens, propaganda etc..
No caso dos produtores as altas nos custos de produção provocaram uma perda constante no repasse da riqueza gerada pela cadeia café como demonstra muito bem o calculo feito pelo Sr. Matielli, chegando ao ponto do produtor estar pagando para produzir.
No caso do Comércio as altas dos custos também podem ter provocado perdas momentâneas em seus lucros, mas estas perdas foram e continuam sendo sanadas retirando do produtor a parte à que ele tem direito na riqueza gerada pelo agro negócio café, como demonstra muito bem os cálculos do Sr. Matielli.
E para aqueles que continuam a rir, a explicação é bem simples para essa situação:
O produtor quando vende seu produto (café) para o comércio, pergunta quanto o mercado paga pelo seu produto??
O consumidor quando compra o café que foi processado pelo comércio, pergunta quanto custa o produto que esta comprando??
ASSIM, QUEM DOMINA O PODER DA MANIPULAR PARA QUE LADO DEVE PENDER A MAIOR PARTE DA RIQUEZA GERADA PELA CADEIA CAFÉ É O ................
DEPOIS DE ANALISAR TUDO ISSO Sr. CLIMACO SE QUISER SE JUNTAR AOS QUE RIEM PARA NÃO CHORAR ESTAMOS AGRADECIDOS E ESPERANDO!!!!!!!
Gostaria de agradecer e dar os parabéns ao nosso amigo cafeicultor Matielli, por nos lembrar de onde viemos, e de nos alertar para onde estamos indo com a nossa cafeicultura.
O prof. Matielli demonstrou em seu artigo que a sua história e de sua família é a mesma de qualquer outro cafeicultor Brasileiro independente de nossas origens, sejam elas: Italianos, Espanhóis, Portugueses, Japoneses etc. Nossos antepassados atravessaram o pacífico e o atlântico para trabalhar nas lavouras de café, construindo riquezas com o cabo da enxada, machado e no lombo dos burros.
Não é possível que nós descendentes diretos destes heróis, entreguemos nossa vida e nossa herança para especuladores de mercado, cujas mãos são hábeis na arte de manipular gráficos de tendência, estatísticas e previsões.
É MELHOR RIR PARA NÃO CHORAR!!! - Prof. Clímaco Cezar, sou um grande fã de seus artigos, mas aprendi nesta vida que sempre devemos manifestar nossas opiniões, mesmo que estas sejam contrárias às defendidas pelos grandes mestres como o senhor - pois “no culto aos grandes homens não pode entrar a adulação”. Com relação ao seu comentário ao artigo do Sr. Armando Matielli, intitulado “Retorno à Escravidão”, em que o Sr. afirma ser um ERRO apresentar os cálculos (abaixo) da forma que o Sr. Matielli demonstrou, lamento informar, com todo o respeito, que o ERRO está na falta de informação das pessoas que analisam estes cálculos, e que se tivessem o mínimo de conhecimento sobre o assunto chegariam à conclusão que realmente a nossa situação como produtores de café é a de RIR PARA NÃO CHORAR.
CÁLCULOS (do Matielli):
- 1 saca de café de 60 kg beneficiada = 48 kg de café torrado e moído.
- 1 dose / xícara de café = 6 a 7 grs. de café torrado e moído
- 1 kg de café torrado e moído = mais ou menos 150 doses de café
- 1 xícara de café na Europa = 3,5 Euros ou mais ou menos R$ 10,00.
- 1 kg de café torrado e moído = R$ 1.500,00
- 48 kg de café torrado e moído = R$ 72.000,00 / saca de café
- Preço de venda do café (atual) = R$ 240,00 / saca
- R$ 240,00 em R$ 72.000,00 = 0,3%
Portanto, comércio ficando com 99,7% e o produtor com 0,3%
Em nenhum momento vemos nestes cálculos a demonstração de lucro e custo tanto para o comércio como para o produtor, o que pode ser observado é o poder de transformação produtiva da riqueza feita pela commodity café. Como o sr. mesmo disse, nestes cálculos não estão acrescentados o açúcar, impostos, embalagens, água, grifes, energia e distribuição. Por minha conta ainda acrescento, funcionários (mão de obra), baristas, cremes, propaganda etc...
Para os mais leigos (aqueles que devem estar dando risada) isso tudo citado acima pode ser considerado custo, mas para nós cafeicultores a visão é totalmente diferente:
- Açúcar = Canaviais, usinas e empregos.
- Embalagens = Fábricas e empregos
- Energia = usinas (produtoras de eletricidade) e empregos
-Distribuição = navios, caminhões, ferrovias e empregos
-Grifes = propaganda, meios de comunicação e empregos
E SOMAMOS A TODOS ESTES GANHOS TÉCNOLÓGICOS E SOCIAIS OS GANHOS FINANCEIROS NA FORMA DE IMPÓSTOS RECOLHIDOS PELOS GOVERNOS, CRIANDO RIQUEZAS E DIVISAS PARA OS PAÍSES PRODUTORES E CONSUMIDORES DE CAFÉ!!!!!
Agora se me permite Sr. Climaco, não sou nenhum economista mas como dizem lá de onde eu venho “Eu sou Caipira, mais num sô bobo não”..., então vamos falar de custo e lucro no agronegócio café:
A- PRODUÇÃO: CUSTO.
Adubos – R$900,00 (2008) R$ 1.800,00 (2009)
Herbicidas – R$ 9,00 L(2008) R$ 14,00 L (2009)
Fungicidas – R$ 85,00 L (2008) R$ 125,00 L (2009)
Apenas alguns exemplos da variação de preços do ano de 2008 para 2009 impactando diretamente em nossos custos de produção, não acrescentamos ai energia, mão de obra, oficinas, peças, impostos etc...
Não podemos deixar de explicar que o custo de um ano para o outro não aumenta somente pela alta dos insumos , pois na cafeicultura como em qualquer ramo da agricultura um ano nunca é igual ao outro:
Ex. Normalmente utilizamos fungicidas nas lavouras 2 a 3 vezes por ano. Entretanto, em anos chuvosos chegamos a utilizar mais de 5 vezes.
B- COMÉRCIO (EXPORTAÇÕES,TORREFAÇÕES, CAFETERIAS). CUSTOS.
Não sou nenhum especialista no assunto, mas como disse anteriormente não sou bobo, entendo que estes parceiros do agro negócio café também sofrem com as altas de custo em transporte, energia, mão de obra, impostos, embalagens, propaganda etc..
No caso dos produtores as altas nos custos de produção provocaram uma perda constante no repasse da riqueza gerada pela cadeia café como demonstra muito bem o calculo feito pelo Sr. Matielli, chegando ao ponto do produtor estar pagando para produzir.
No caso do Comércio as altas dos custos também podem ter provocado perdas momentâneas em seus lucros, mas estas perdas foram e continuam sendo sanadas retirando do produtor a parte à que ele tem direito na riqueza gerada pelo agro negócio café, como demonstra muito bem os cálculos do Sr. Matielli.
E para aqueles que continuam a rir, a explicação é bem simples para essa situação:
O produtor quando vende seu produto (café) para o comércio, pergunta quanto o mercado paga pelo seu produto??
O consumidor quando compra o café que foi processado pelo comércio, pergunta quanto custa o produto que esta comprando??
ASSIM, QUEM DOMINA O PODER DA MANIPULAR PARA QUE LADO DEVE PENDER A MAIOR PARTE DA RIQUEZA GERADA PELA CADEIA CAFÉ É O ................
DEPOIS DE ANALISAR TUDO ISSO Sr. CLIMACO SE QUISER SE JUNTAR AOS QUE RIEM PARA NÃO CHORAR ESTAMOS AGRADECIDOS E ESPERANDO!!!!!!!
Gostaria de agradecer e dar os parabéns ao nosso amigo cafeicultor Matielli, por nos lembrar de onde viemos, e de nos alertar para onde estamos indo com a nossa cafeicultura.
O prof. Matielli demonstrou em seu artigo que a sua história e de sua família é a mesma de qualquer outro cafeicultor Brasileiro independente de nossas origens, sejam elas: Italianos, Espanhóis, Portugueses, Japoneses etc. Nossos antepassados atravessaram o pacífico e o atlântico para trabalhar nas lavouras de café, construindo riquezas com o cabo da enxada, machado e no lombo dos burros.
Não é possível que nós descendentes diretos destes heróis, entreguemos nossa vida e nossa herança para especuladores de mercado, cujas mãos são hábeis na arte de manipular gráficos de tendência, estatísticas e previsões.
SILVIO MARCOS ALTRAO NISIZAKI
CAFEICULTOR –COROMANDEL -MG