Fala Produtor - Mensagem

  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 21/04/2009 00:00

    SEM O TESOURO ASSUMIR PARTE DOS RISCOS DAS OPERAÇÕES (COMO FAZIA), OS BANCOS NÃO VÃO LIBERAR OS RECURSOS PARA CAPITAL DE GIRO EMERGENCIAL DO NOVO PLANO DO AGRONEGÓCIO, COMO EXIGE O PRESIDENTE LULA E AS EMPRESAS TANTO PRECISAM. SÓ EQUALIZAR AS TAXAS DE JUROS NÃO BASTA.

    Vejam, a seguir, que a ordem para os recursos para capital de giro emergencial chegarem rápido às agroindústrias foi do Presidente Lula.

    Contudo, penso que sem o Tesouro assumir pelo menos 50% dos riscos das operações (como fazia há uns 10 anos) não haverá como elevar os Limites de créditos das Empresas. Apenas, equalizar as taxas de juros

    não basta.

    A questão atual dos Limites de Crédito das Empresas – e que segundo empresários foram rebaixados automaticamente entre 50% e 70% pelos Bancos, embora não admitam – é o maior problema atual do Agronegócio.

    Os Bancos e alguns consultores desnacionalizados - como o ex-Ministro M.N., aquele campeão em taxas de inflação mensal - acham que o foco tem de ser os lucros crescentes, os acionistas e os investidores, mas

    como estes poderão ter lucro e segurança no futuro se as empresas e os agricultores morrerem hoje, se o desemprego ampliar e se as cidades quebrarem. Situações emergenciais, neste pós-crise, exigem mudanças de rumos emergenciais e imediatas dos gestores e das Instituições responsáveis, inclusive dos Bancos. Para que o País precisaria de Bancos - apenas voltados para lucros dos acionistas, dos investidores

    e para atender determinações de Basiléia e do novo mercado da BOVESPA - e ao tempo que matam seu “povo” ?

    O BACEN, infelizmente, parece que a tudo assiste passivamente, embora

    sua função seja as de coordenar, normatizar, fiscalizar e de autuar os

    Bancos. Depois da crise de setembro de 2008, ele nada editou acerca.

    Parece que sequer sua Resolução 3.499 de 27/09/2007 (01 ano antes da

    crise) vem sendo cumprida pelos Bancos, ou fiscalizada. Ela – segundo

    um diretor do próprio BACEN em depoimento recente no Senado -

    estabeleceu critérios para a reclassificação de operações de Crédito

    Rural renegociadas ou prorrogadas (assim não serve para o caso atual

    que é de novo recursos) e orientou (sic) para que fosse evitado o

    rebaixamento dos riscos individuais. No longínquo 21/12/1999, segundo

    ele, o BACEN editara a Resolução nº 2682 indicando reduções dos

    Limites de Créditos e é nela que os Bancos se baseiam até hoje nas

    situações de crises.

    Assim, para que os Recursos anunciados cheguem, realmente, às

    agroindústrias que tanto delas necessitam, só contando com o “apoio” e

    a “sensibilidade” dos super-Ministros Dilma Roussef, José Múcio,

    Mantega, Paulo Bernardo e Meirelles para que autorizem, de forma

    emergencial, que o Tesouro assuma até 50% dos riscos das operações.

    Prof. Clímaco Cezar

    AGROVISION - Brasília

    www.agrovisions.com.br

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    Lula cobra rapidez na liberação de recursos para empresas

    Brasília, 20 de Abril de 2009 -

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva pediu mais

    celeridade na concessão de crédito. Na sexta-feira Lula promoveu na

    uma reunião com os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do

    Planejamento, Paulo Bernardo, e dirigentes dos bancos federais. A

    ordem de foi uma só: fazer com que os recursos da linha de R$ 10

    bilhões para ajudar a agroindústria anunciada na última quinta-feira

    cheguem rapidamente às empresas. Segundo Stephanes, Lula não quer mais

    reuniões e sim que o dinheiro seja emprestado. A última situação de

    repasse de crédito, com a liberação de R$ 1 bilhão para cooperativas,

    foi marcada por uma série de entraves, com os empréstimos sendo

    concedidos 90 dias depois de anunciado o programa.

    O ministro do Planejamento declarou, ao final da reunião com Lula, que

    reclamações sobre a demora no repasse de crédito agrícola têm chegado

    até o gabinete do Presidente. "Mas não há com o que se preocupar,

    porque agora os bancos vão começar a operar", assegurou Paulo

    Bernardo. O ministro Stephanes fez uma analogia para explicar a

    situação atual. O ministro da agricultura afirmou que "o navio está no

    mar, afundando, e que é preciso agir rápido para evitar que isso

    aconteça". E ainda completou dizendo que "teremos de ser um pouco

    menos ortodoxos e mais agressivos para irrigar a agroindústria

    nacional".

    Na prática, fazer esse novo crédito girar ainda depende de algumas

    decisões dos bancos e da equipe econômica. "Técnicos estarão reunidos

    até esta segunda-feira para elaborarem uma proposta sobre como fazer

    que entre 30 e 60 dias os recursos estejam nas mãos de quem precisa do

    crédito", disse Stephanes. Participaram também da reunião o presidente

    do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do

    Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste e Banco da Amazônia (Basa).

    Recursos do BNDES

    Segundo explicou o ministro da Agricultura, o dinheiro dessa nova

    linha será do BNDES, mas os recursos serão transferidos, sem custos

    para os demais agentes financeiros repassadores, ou seja, para o BB,

    Basa e Banco do Nordeste. Com isso, a taxa em termos reais fica em

    torno de 5% ou 6%. Os novos R$ 10 bilhões para a agricultura serão

    repassados por meio de uma nova linha para formação de capital de giro

    para agroindústrias, indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas e

    cooperativas agropecuárias, com taxa final de 11,25% ao ano. Isso

    representa crédito barato para grandes indústrias e até mesmo para os

    frigoríficos que estão enfrentando dificuldades de caixa, incluindo

    até mesmo as empresas que estão em recuperação judicial.

    Gazeta Mercantil

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