João Batista, acompanhei com atenção o depoimento do sr. Hermes Pergaminho, de Juina, MT, e também o do nosso amigo Luciano Vacari, da Acrimat, sobre as dificuldades dos frigoríficos em honrar seus pagamentos com os pecuaristas.
Gostaria de deixar meus comentários como simples pecuarista que sou. Há muito tempo estamos vendo a indústria da carne com crescimento assustadoramente rápido e agressivo quanto à modernização de suas indústrias e avanços sobre novos mercados devido a uma série de fatores positivos no setor da carne:
Crescimento mundial da demanda por proteína animal, novos mercados consumidores, crescimento econômico de grandes importadoras de carne, etc, etc.
Só se ouvia falar de ampliação de frigoríficos, construção de novas plantas e investimentos de milhões e milhões de reais, provenientes do nosso BNDES. Algumas indústrias sempre deixaram bem claro em todos os meios de comunicação que o negócio da carne era “interminavelmente” próspero e sólido. Frigoríficos abriram seu capital na bolsa de valores, se expandiram internacionalmente e construíram frigoríficos onde nem boi existia. Parecia até que era uma corrida para ver quem arrancava mais dinheiro do BNDES, tudo teoricamente por um negócio economicamente sustentável.
Esses financiamentos, todos nós sabemos, que muitas vezes são respaldados por “apadrinhamento político”, não cumprindo muitos dos critérios exigidos para liberação de tal.... E muito menos nenhum controle rigoroso de como esse dinheiro era gasto pelos frigoríficos, que muitas vezes usam o recurso do BNDES para comprar fazendas, aviões, vacas milionárias e juntar milhares e milhares de bois em nome de laranjas. E até usam esse dinheiro para especular na bolsa.
E o pior é que nenhum desses empresários do ramo, que usam esses recursos inadequada e irresponsavelmente, arca com algum prejuízo na sua pessoa física. Quebra-se a pessoa jurídica e a física sai imune a tantos prejuízos causados a pecuaristas e fornecedores. Isso é o pior, João Batista, pois não temos como responsabilizá-los. Já se fala no mercado do boi que alguns donos de frigoríficos que deram calote já estão comprando boi à vista.
Então nossa única saída é nos informarmos mais e usarmos este espaço do Notícias Agrícolas para que cada vez mais pessoas saibam que existe bons empresários e também “alguns quadrilheiros”.
Compreendo a importantíssima e útil participação do BNDES para o desenvolvimento do País, porém é obrigação de todos os pecuaristas saber que muitos frigoríficos onde entregamos nossos bois têm dívidas e financiamentos IMPAGÁVEIS, em uma época de escassez de crédito.
João Batista, acompanhei com atenção o depoimento do sr. Hermes Pergaminho, de Juina, MT, e também o do nosso amigo Luciano Vacari, da Acrimat, sobre as dificuldades dos frigoríficos em honrar seus pagamentos com os pecuaristas.
Gostaria de deixar meus comentários como simples pecuarista que sou. Há muito tempo estamos vendo a indústria da carne com crescimento assustadoramente rápido e agressivo quanto à modernização de suas indústrias e avanços sobre novos mercados devido a uma série de fatores positivos no setor da carne:
Crescimento mundial da demanda por proteína animal, novos mercados consumidores, crescimento econômico de grandes importadoras de carne, etc, etc.
Só se ouvia falar de ampliação de frigoríficos, construção de novas plantas e investimentos de milhões e milhões de reais, provenientes do nosso BNDES. Algumas indústrias sempre deixaram bem claro em todos os meios de comunicação que o negócio da carne era “interminavelmente” próspero e sólido. Frigoríficos abriram seu capital na bolsa de valores, se expandiram internacionalmente e construíram frigoríficos onde nem boi existia. Parecia até que era uma corrida para ver quem arrancava mais dinheiro do BNDES, tudo teoricamente por um negócio economicamente sustentável.
Esses financiamentos, todos nós sabemos, que muitas vezes são respaldados por “apadrinhamento político”, não cumprindo muitos dos critérios exigidos para liberação de tal.... E muito menos nenhum controle rigoroso de como esse dinheiro era gasto pelos frigoríficos, que muitas vezes usam o recurso do BNDES para comprar fazendas, aviões, vacas milionárias e juntar milhares e milhares de bois em nome de laranjas. E até usam esse dinheiro para especular na bolsa.
E o pior é que nenhum desses empresários do ramo, que usam esses recursos inadequada e irresponsavelmente, arca com algum prejuízo na sua pessoa física. Quebra-se a pessoa jurídica e a física sai imune a tantos prejuízos causados a pecuaristas e fornecedores. Isso é o pior, João Batista, pois não temos como responsabilizá-los. Já se fala no mercado do boi que alguns donos de frigoríficos que deram calote já estão comprando boi à vista.
Então nossa única saída é nos informarmos mais e usarmos este espaço do Notícias Agrícolas para que cada vez mais pessoas saibam que existe bons empresários e também “alguns quadrilheiros”.
Compreendo a importantíssima e útil participação do BNDES para o desenvolvimento do País, porém é obrigação de todos os pecuaristas saber que muitos frigoríficos onde entregamos nossos bois têm dívidas e financiamentos IMPAGÁVEIS, em uma época de escassez de crédito.
Paulo Mano – Juara/MT