Fala Produtor - Mensagem

  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR 17/02/2009 00:00

    Ontem uma noticia me tirou o sono e a paciência. Assisti estarrecido a uma reportagem no Jornal da Band, na qual se destacou muito bem, o seguinte: Agricultores estão sendo tratados como bandidos em Minas Gerais. Fazendas e propriedades rurais que estão há mais de 100 anos em atividade, estão sendo interditadas pela policia ambiental, que aplicam multas e, pior, cerceam seus proprietários da liberdade! Os mesmos não podem deixar a cidade por mais de oito dias, não podem ficar fora de suas casas depois das 22 horas, só podem sair com autorização da Justiça ou serão presos...

    Vejam ao absurdo que chegamos! Um senhor de 85 anos lamentava, não pelo valor da multa, mas sim pela perda da liberdade, liberdade de ir e vir, liberdade de fazer o que sabe e só sabe produzir riquezas e alimentos para um Brasil manipulado por interesses obscuros, de pessoas mal preparadas que tomam suas decisões no conforto de salas climatizadas, longe do sol escaldante que queima e marca a pele dos agricultores todos os dias.

    Querem proibir de se produzir café em morros, uva em encostas e arroz em varzea etc! O que pensam? Para quem estão fazendo essa reserva de mercado? Onde está o bom senso? É burra, inconsequente e muito suspeita as medidas que estão sendo tomadas com a desculpa de defender o meio ambiente!

    Temos um presidente morno, que só faz aparecer e falar abobrinha na midia. Não temos vergonha na cara, pois se tivessemos, estariamos parando de produzir em apoio a nossos irmãos de profissão, que estão sendo ridicularizados e criminalizados!

    Uma vez, num desses movimentos de protesto, isso há mais de 20 anos, uma autoridade do governo disse que o agricultor brasileiro não aguentaria mais que 20 dias parados, pois se o fizesse certamente passaria fome! Será que ele estava certo? Parece que sim! Falta em nossas veias um pouco de sangue dos nosso vizinhos argentinos! Lá sim se faz pressão, lá se tem coragem e união! E nós o que fazemos? Baixamos a cabeça e pegamos o caminho da roça, como burros que não sabem da força que tem, se soubessem duvido que alguém o dominaria. Não podemos aceitar, como cordeiros, a faca que está a ponto de nos sangrar o pescoço! Ou pulamos agora, ou aceitemos a cela e continuemos como verdadeiros burros, que andam pelos campos de cabeça baixa e com medo do chicote. Quem come, precisa do agricultor! Apesar de que tem uns politicos e seus seguidores por ai que precisam de um bom pasto e uma carroça para puxarem!

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